Capítulo 5

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Feliz Aniversário Gilsiana Rodrigues, muitos sonhos realizados. Seja muito feliz. Parabéns!!!

Parabéns Silmara Nascimento. Feliz Aniversário. Toda sorte do mundo. Felicidades! Que seus sonhos todos se realizem. 

Para Núbia Rolino, Lilica, Anna Odette, Letícia, Priscila Dias, Luana Silva, Carolina Oliveira, Claudia, Denise Reis, Cris Leal, Simone Marília, obrigada. Vocês são demais.



   Matteo

Ela me intriga, gosto do sotaque, do jeito espalhafatoso e engraçado, ao mesmo tempo doce e leve. Da maneira como olha para tudo em torno, até do jeito firme e distante que me tratou quando me confundiu com o Leo. Isso diz muito sobre ela. Não escondi meu interesse, nem costumo fazer isso, ela me manteve distante e agora que entendo a razão, acho que ela agiu muito bem.

A loja de produtos Brasileiros tem muito do que ela precisa. Nunca soube dessa loja, quase não sei nada da cultura do seu pais, apenas que eles tem a melhor seleção de futebol do mundo, com mais títulos que nós, ainda mudamos isso. Que o carnaval é uma festa de encher os olhos, com muita música e mulheres bonitas, além de uma culinária incrível, mas que nunca provei. Até hoje e aquele doce maravilhoso.

─ Tem o que precisa para aquele doce? Como é o nome? – Sorrio, eu adoro quando diz algo em sua língua.

─ Brigadeiro, você é meio surdo ou tem pouca memória.

─ Ou você tem um jeito bem interessante de dizer essas coisas. – Sorrimos lado a lado no balcão para pagar as comprar, perto demais eu diria. Maria Clara não parece ter problemas com isso. Brasileiros são calorosos como nós e acho que proximidade física não é problema. Uma vez saí com uma americana e ela pareceu estranhar muito meu jeito. O jeito de todos nós na verdade.

─ Quanto? – Ela pergunta a atendente que repete o valor. – Égua, eu demoro ainda um pouco com isso de dinheiro. Fico querendo colocar tudo de acordo com o dinheiro do Brasil, real, mas aí...

─ Quer que eu...

─ Não. – Ela me corta. – Cuido disso, estou trabalhando e gosto de aprender. – Ela abre o envelope com o dinheiro que minha tia deu a ela e conta notas. Depois entrega a moça que reconta. Finalmente elas trocam um sorriso de entendimento e posso erguer as sacolas.

─ Vamos?

─ Devia ter uma brasileira atendendo na loja, alguém que pudesse nos representar e que conhecesse melhor nossos produtos, ela nem sabia direito o que eu estava procurando. Não tem quase nada do meu Pará.

─ Pará! – Repito. Gosto do som.

─ Estive em Portugal numas férias com meus pais. – Ela me observa. – Eu sei que não tem nada a ver, mas a língua é parecida.

─ Sim, tem muito turista português na minha terra. Italianos também. – Ela conta enquanto atravessamos a rua e indico um pequeno restaurante. – O que estamos fazendo aqui?

─ Jantar, depois te deixo em casa, no hotel. – Me corrijo.

─ Em casa, aí é lá na "caixa prego". – Ela brinca enquanto escolhemos uma mesa perto da vidraça. – Essa, assim vejo a rua. Gosto de ver as pessoas passando.

Nos sentamos, deixo as sacolas ao lado, podia ter deixado no carro. O garçom se aproxima e ela pega o menu, faço o mesmo, ficamos escolhendo, Maria Clara pergunta muitas coisas, depois dos pedidos, ficamos sozinhos.

─ Finjo que estou curiosa sobre o que vai na comida, mas é só para aprender e roubar receitar. Sou dessas! – Ela diz baixinho e gosto da expressão, do sussurro e do rosto. Essa boca dela tem parece que um imã me convidando. Como se tivesse sido desenhada para beijos.

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⏰ Last updated: Dec 12, 2017 ⏰

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Série Família De Marttino - Doce do Amor (Degustação)Where stories live. Discover now