Estava tudo bem

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                         SÁBADO 2:04

- Então ele começou a brigada com você porque não queria que você conversasse com a ex dele? - ele assentiu e eu gargalhei - Acho que ele é um pouco possessivo...
- Um pouco? - gargalhamos. Os dois já tinham tomado uma garrafa e meia de vodka, estávamos jogados na sua cama. Eu com seu moletom, e só. E ele... Só ele. - Acho que eu atraio problema.
- Ou garotas... - ele sorriu e se aproximou, engatinhando, de mim. Perto. Muito perto. Bafo de vodka. Olhei nos seus olhos castanhos, as rugas ao lado deles denunciavam um sorriso. Sorri também. Eu estava sentindo. Eu podia empurrar ele é me afastar, como fiz muitas vezes. Não queria isso agora. Só eu e ele. Ali. Me aproximei. Devagar. Ele se aproximou. Ainda tinha espaço entre nós? No momento em que eu ia puxar ele para mim, fuckboy me deu um beijinho no meu nariz e se afastou com a garrafa de vodka em mãos. Eu ri. Garrafa. Na cabeceira. Ao meu lado. Bobinha. Mordi meus lábios e comecei a brincar com minhas unhas. - Você mora sozinha? - demorei um pouco para entender.
- Moro com minha mãe...
- É que você sempre tá sozinha.
- Ok... Você pode perguntar coisas sobre mim e eu não posso saber nada sobre você? - cruzei meus braços e encarei ele. Sorrisinho. Passou a língua nos lábios e abriu a boca. Fechou. Abriu de novo. Se frustou. Resmungou alguma coisa e se virou para ficar de barriga para cima. Nós realmente estávamos bêbados, mas eu nunca consegui ficar como hoje: totalmente fora, mas séria ao mesmo tempo.
- Chata... - ele falou baixinho. Eu ouvi. Pulei para cima dele, minhas pernas separadas e seu corpo no meio. Me apoiei com as mãos, uma de cada lado do seu rosto com bochechas rosadas. Nossos rostos estavam longe, mas o olhar era intenso. Sem querer meu cabelo cai perto do seu rosto e ele tenta arrumá-lo para trás da minha orelha. - Você é sexy. - para, para, sem ficar vermelha.
- A gente estava falando sobre outra coisa! - ele desliza a mão da minha orelha até meu pescoço. Cócegas. Tranquei sua mão com meu próprio pescoço. Olhei sério.
- Não tem nada demais na minha vida. Você já está na minha casa. Não está bom? - revirei os olhos. Não! Não estava bom. Eu não sabia nada sobre ele. Apenas seu nome, sua paixão.?. por mim e seu jeito bipolar. - Você já transou na minha cozinha...
- Que isso? - exclamei e tampei sua boca com a minha mão. - Não fizemos nada lá! - ele lutou uma batalha muito fácil contra minha mão.
- Meus dedos fizeram. - calei sua boca de novo. Ele afastou de novo. - Só está a gente aqui Eva... - tampei sua boca de novo e comecei a rir. Ele viu a minha diversão e estreitou os lábios. De repente eu estava em baixo e ele em cima. O maluco ficou me encarando.
- O que você vai fazer? - por que eu sussurrava quando as coisas subiam de nível? Seus lábios se entreabriram, seus olhos estavam atentos a cada movimento meu e sua bochecha rosa, estava mais rosa ainda. Ele moveu a cabeça devagar. Um sinal de negação. Sorriu sem mostrar os dentes. Acho que eu tentei sorrir, mas não deu muito certo. Eu estava em alerta. Ele se aproximou. Vi seus olhos se fechando lentamente. Vi seus lábios fazendo um bico lentamente. De repente: enjoo. Afastei ele o mais rápido possível, corri desengonçada até o banheiro e expulsei tudo que tinha no meu estômago na privada. 1. 2. 3. Meu corpo realmente não gostava de vodka. Meu abdômen já não aguentava mais fazer força. Dei descarga e sentei na tampa da privada. Apoiei minha cabeça na parede e respirei fundo.
- Tudo bem? - olhei com um olho para ele, encostado na porta e com uma bermuda. Fechei meu olho com força e suspirei.
- Não vem aqui! - estiquei minha mão aberta para ele parar. - Volta pra lá.
- Eva... - quando eu abri os olhos de novo, ele estava de cócoras na minha frente. Arrastou suas mãos em minhas coxas, até minhas mãos. Arrepios. Ele afastou minhas mãos do meu rosto e as deixou uma em cada coxa. Sua mão por cima. Muito romântico. Por que comigo? - Já vi você pior.
- Ahn? - meus devaneios me deixaram perdida.
- Aquela vez que você ficou super bêbada... - revirei os olhos.
- Ata.
- Ou você vomitou agora, porque eu ia te beijar. - fiz uma careta. Eu não acreditava que ele havia pensado isso. Me aproximei dele.
- Você tá maluco, só pode. - minha mão em seu pescoço. Me aproximei. Seu dedo em minha boca.
- Não vou beijar essa boca vomitada. - ele disse irônico. E sorriu.
- Então não beija. - me encostei de novo na parede e cruzei os braços. Enquanto eu encarava o nada, ele me surpreendeu. Me pegou no colo. Não demorei para abraçar seu pescoço, não queria cair. Ele me largou no granito gelado da pia. Gemi sem querer. Ele riu e eu fiquei o encarando. Pegou uma escova e a encheu de pasta de dente. Ofereci minha mão para pegá-la, ele negou com a cabeça. Aproximou a escova da minha boca. Eu me afastei.
- Então você escova meus dentes, mas eu não posso escovar os seus?
- Você tava todo quebrado!
- Você tá toda bêbada! - eu nem estava tanto. Mas me calei. Eu acho que não estava. De alguma forma, ele escovando meus dentes fazia cócegas no meu céu da boca. Tentei não rir enquanto ele estava todo concentrado. Olhei de relance para o lado e vi sua escova. Logo eu estava escovando seus dentes também. Ríamos com a situação. Na realidade os dois estavam "mais pra lá do que pra cá".  Sua mão, que acariciava minha lombar/bunda, subiu até meus seios. Massagem. Tortura. Ele não iria ficar intacto. Minha mão livre deslizou do ombro, atravessou sua barriga arrepiada, até sua virilha. Desci sua bermuda e descobri que ele estava sem cueca. Por dentro, alcancei seu membro. A massagem/tortura nos peitos cessaram e eu vi ele revirar os olhos. Desejo. Com meus pés, desci toda sua bermuda. Ri quando ele ficou indignado com minha manobra. Ele tentava escovar meus dentes enquanto eu massageava ele, mas era impossível. Eu já tinha desistido dos seus dentes. Subia e descia. Dava atenção na ponta. Descia. Apertei um pouco e ele gemeu. Olhei para ele, que estava com os olhos semicerrados. Ele estava duro. Sem perceber, suas duas mãos já estavam no meus seios. Acabou a escovação. Quando eu ia cuspir na pia, ele me pegou no colo de novo. Me virei para ele que estava sorrindo. Enquanto ele me levava até o chuveiro. Seu membro esbarrava em mim. Fechei os olhos. Meu deus. A água do chuveiro caia em uma banheira, e enquanto ela caia e enchia a banheira, ele me beijava por tudo quanto é lugar. Eu estava igual uma estátua em pé e ele, como meu fã, me beijando. Seus beijos na minha coxa interna era... era... sensível demais. Puxei-o pelos cabelos e devorei sua boca. Eu queria. Estava faminta. Gosto de pasta de dente. Beijos, mordidas no seu pescoço, rosto, orelha. Na hora em que sentei nele, ele gemeu. Seus olhos abriram e eu vi fogo. Vi vontade. Paixão? Esquece. Alonguei meu pescoço para ser devorado. Eu queria ser a presa. A água seguia nosso ritmo. Marolas. Eu continha meus gemidos. Sua boca em meu seio. Chupando. Swell bom. Rebolei e sentei. Ele enlouquecia. - Poha Eva! - de novo. De novo. De novo. Swell Hawaii. Ele começou a fazer movimentos também. Ele mal saía de mim e já voltava. Olhei pra cima. Tentava conter meus gemidos. Swell Figi. Meu corpo pedia. Rápido. Rápido. Rápido. Não sentia mais minhas coxas, não importava. Queria mais. Alerta. Ele mordeu minha orelha. - Vem pra mim, eu tô pronto. - sussurrou/me fez revirar os olhos/me deixou mais excitada/ambulâncias. Por favor. Por favor. Tsunami. Abafei meu som grotesco em seu pescoço. Fiquei ali. Me recuperando. A água ainda caía enchendo a banheira. Ele me puxou um pouco para frente, mas eu reclamei. Ele riu. - Tudo bem, você merece. Fez um bom trabalho. - bateu nas minhas costas. Um tapinha de parabéns. Me afastei e cerrei os olhos para ele. Gargalhou.
- Acho que não sentimos a mesma coisa então... - ele me roubou um selinho.
- Tenho certeza do que eu senti. - esperei ele continuar. Mas ele não continuou. Começou a me beijar de novo e para mim estava tudo bem.

Fuck the Shame - SKAM (*CONCLUÍDA*)Where stories live. Discover now