You are my life! - Michael Jackson

34 - Fingir✔

[ Narrado por Samantha ]

Acordei às 6:30pm da manhã, fui ao banheiro escovar os dentes e depois desci pro café, ainda de pijama, na cozinha não tinha ninguém além da srta.Helena acho que acordei muito cedo, sentei a mesa e ela logo puxou assunto como sempre faz

— Ora,ora, Bom dia senhorita— Ela sorri pra mim.

— Bom dia... — Sorrio pra ela.

— Vejo que acordou cedo hoje, está com fome? — Pergunta enquanto prepara o café.

— Sim — Respondo meio cabisbaixa.

— Está tudo bem Sammy? – Pergunta.

— Sim — Sorrio pra ela.

Eu fiquei pensando se contava a ela sobre oque eu ouvi mas ao mesmo tempo tive medo que ela contasse ao papai, eu estou tentando agir o mais normal possível, mas eu to me sentindo triste demais

Fiquei na mesa de cabeça apoiada no queixo em cima do braço olhando a mesa meio pensativa, resolvi perguntar oque ela achava sobre

— Se tivesse descobrido algo muito triste sobre alguém que você ama algo que ela lhe escondeu e não tivesse coragem de dizer a essa pessoa sobre isso, oque faria? — Digo tudo de uma vez.

— Eu contaria a verdade oras.. — Ela olha para mim.

— Mas e se- — Parei de falar ao notar a presença dos meus pais atrás de mim.

— Oque descobriu Liz? — Meu pai pergunta.

— Nada — Me levanto da mesa em direção a porta da cozinha, nem falo com minha mãe.

— Elizabeth! isso são modos? sua mãe está bem aqui, ao menos dê bom dia — Meu pai me repreendeu.

Olhei para minha mãe que sorria fraco pra mim

— Desculpe... Bom dia mamãe — Me aproximo dela e a abraço forte.

— Bom dia Sammy — Ela sorri para mim como sempre faz e me da um beijo.

Subo para o meu quarto, antes de entrar no mesmo, percebo que meus irmãos acordaram, caminho até o quarto de Paris, ela está sentada de frente ao espelho penteando seus cabelos.

— Paris.. — Abro a porta devagar e falo já quase chorando.

— Bom dia Sammy, oque houve? — Ela sorri para mim.

Passo as mãos nos olhos e sinto as lágrimas escorrerem, caminho até ela e a abraço desmoronando em lágrimas.

— Oque houve? — Ela me abraça forte afundando minha cabeça em seu peito.

Demorei alguns minutos para me acalmar e finalmente abri a boca

— P-paris.. E-eu D-d-d — Gaguejo tudo

— Calma, respira fundo e conta até três — Ela me afasta um pouco e enxuga minhas lágrimas.

Eu faço como ela me diz e repito umas 3 vezes até finalmente me acalmar.

— Ontem de noite... Eu descobri que a mamãe está... está... morrendo.

Ela ficou calada, acho que não sabia oque dizer em um momento como aquele, apenas me abraçou forte e começou a chorar também

Paris não era filha da minha mãe, não tinha nenhuma ligação sanguínea com ela, mas considerava muito a mamãe, ela a achava forte, determinada, uma mulher sem medo de enfrentar o desconhecido, sei que saber disso a deixou abalada, porque eu sei que a mamãe era a mãe que ela queria ter, minha mãe cuidava dos meus irmãos como se eles fossem filhos dela também, ela trata eles bem, ajuda no que for preciso, eles a consideram uma melhor amiga, porque ela conversa com todos, brinca com todos, antes de eu nascer, ela ajudou muito o papai com a Paris e o Prince, e quando Blanket nasceu também.

Ficamos ali alguns minutos, depois conversamos, contei como descobri tudo, ela ficou sem acreditar, depois ela desceu pro café e eu fui para o meu quarto, fiquei deitada na cama olhando pro teto, acabei dormindo de novo, quando acordei o relógio estava marcando 10:30 quando olhei para o lado, vi meu pai numa cadeira ao lado da minha cama

— Bom dia mais uma vez  — Ele sorri para mim e passa a mão em meus cabelos.

— Bom dia papai..

— Eu queria conversar com você – Ele diz.

— Está bem..

— Então...

Ele começou a conversar, não sei se aquilo era um sermão, ele conversou,conversou até chegar onde queria, ele me perguntou sobre a mamãe..

— Papai, eu já sei a verdade, a mamãe vai morrer não vai? — Meus olhos  se encheram de lágrimas.

— Liz, me perdoe por não ter te contado a verdade, por ter escondido isso de você, não queria que você tivesse descobrido dessa forma, me perdoe — Meu pai começou a chorar também.

— Papai...

— Eu sei que é egoísmo pedir isso a você mas poderia continuar sendo a mesma Sammy? Eu não quero que a mamãe vá embora achando que  é um fardo então por favor...– Ele me abraçava forte

Eu não entendia oque ele falava, não entendi o significado daquelas palavras, pelo menos não naquele momento

Conversamos e depois ele saiu, eu me levantei, tomei banho, me troquei e fui até minha mãe, eu iria aproveitar pelo menos aqueles últimos momentos com ela, eu estava triste sim mas não quero passar isso pra mamãe, ela não merece.

Passamos o dia juntas, fazendo coisas  divertidas, tocamos piano juntas, apesar da mamãe  não estar mais andando, nada me impediu de ter um dia feliz com ela, acho que aquele foi o dia mais feliz da minha vida, mais feliz e único...

[ Fim da narração  ]