Capítulo 30 - Eu confio em ti, Papá!

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POV Harry

Estou a entrar em desespero, algo no meu coração diz-me que a Bela não está bem. Eu ainda não consegui entrar em contato com ela e isso deixa-me ainda pior. Eu estava a conduzir que nem um doido para chegar o mais rápido possível ao colégio da Mel.

Finalmente consegui chegar ao colégio e saí a correr do carro entrando logo no recinto que aquela hora estava sem ninguém. Comecei a correr pelos corredores e quando estava perto da sala da Mel já podia ouvir os soluços profundos da minha filha. 

Não hesitei e abri logo a porta e a Mel estava abraçada à monitora que tentava acalma-la de todas as formas.

- Princesa! – Eu falei e a Mel olhou logo para mim.

- Papá! – Ela saiu do colo da monitora e correu até mim e eu peguei-a logo ao colo abraçando-a com força. 

- Pronto! O Papá já está aqui, vai ficar tudo bem, amor! – Eu falei enquanto ela me abraçava e chorava. – Não chores, Mel! – Eu pedia-lhe baixinho enquanto lhe dava alguns carinhos nas costas. 

- Eu quero a mamã!– Ela pediu pela Bela e eu suspirei.

- Eu sei, linda! Eu sei.

- Há alguma coisa em que eu possa ajudar? – A Monitora da Mel, que até agora estava calada, perguntou.

- Não, muito obrigado! - Eu sorri ligeiramente para a senhora. - Aliás, diga-me só uma coisa, foi a Bela que trouxe a Mel hoje ao colégio? – Eu perguntei-lhe.

- Sim, foi a própria! – A monitora confirmou e eu assenti enquanto deitada a cabeça da Mel no meu ombro. – Está tudo bem com a D. Bela? – Ela perguntou-me e a Mel levantou logo a cabeça e olhou para mim com os olhinhos cheios de água. O que é que eu vou dizer! Não posso assustar a Mel. 

- Claro que está! Ela provavelmente está em alguma reunião na loja e não conseguiu avisar! Eu peço imensa desculpa pela demora em virmos buscar a Mel! Isto não se irá repetir. – Eu tentei explicar falando a primeira coisa que me veio à cabeça, a monitora assentiu mas ainda olhava para mim com um olhar desconfiado.

- Muito bem! Se eu puder ajudar em alguma coisa, por favor, ligue-nos! O colégio está à sua disposição. – A monitora falou e eu sorri ligeiramente.

- Muito obrigado! - Eu agradeci. - Vamos embora, bebé? – Eu perguntei à Mel que apenas assentiu. Ela já não chorava mas continuava a agarrar-me com muita força.

- Adeus, Melzinha! Vais ver que a mamã já está em casa à tua espera. – A monitora falou e eu dei um sorriso fraco. Como era bom que isso fosse verdade.

Saí da sala e caminhei até ao carro com a Mel ainda no meu colo. Eu abri a porta do carro e ia colocar a Mel na cadeirinha dela, mas assim que tentei ela começou a chorar e não me soltava de jeito nenhum.

- Deixa o papá te por na cadeirinha, filha. – Eu pedi mas ela continuava a chorar.

- Eu não quero ir sozinha! – Ela falou entre o choro e o meu coração apertou.

- O papá está aqui, amor! Mas nós temos que ir para casa e para isso tens que ir na cadeirinha, filha. - Eu tentei explicar mas mesmo assim ela não me largava por nada.

- Eu quero a mamã! – Se a Mel está neste estado então o mais provável é a Bela não estar bem. Eu suspirei e optei por fazer algo não muito certo, mas nem quero saber. Não consigo pensar nesta altura.

- Só peço a Deus para não encontrarmos a polícia pelo caminho. – Eu falei mais para mim e caminhei até ao lugar do condutor.

Eu sentei-me com a Mel no meu colo e ela mantinha o rosto escondido no meu peito enquanto continuava a chorar. Coloquei o sinto de segurança sobre nós e liguei o carro. Sim, sim! Estou a conduzir com a minha filha no colo.

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