Desaparecidas

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Kol

(No outro dia)

Esperei as coisas se acalmarem mais para poder falar com alguém sobre o que aconteceu, como Nik e Elijah haviam saído para procurar esconderijos ou coisas do tipo que as Vankuks poderiam estar, fui até o quarto de Rebekah.

— Bekah...

— Oi... - Ela disse ao me ver.

— Aconteceu uma coisa...

— Com a Davina? Ela tá bem? - Ela se levantou da cama.

— Na verdade, sim. Ontem eu estava no quarto e ela acabou mexendo a mão... mas só isso.

— Kol! Isso é ótimo! - Ela disse animada. — Quer dizer que ela pode se comunicar com a gente de algum jeito... quem sabe se com o tempo ela não consiga sair do feitiço por conta própria?!

— Pensando assim, parece mesmo uma coisa boa... - Sorrio de leve. — Nik e Elijah ainda não chegaram?

— Não...

— E onde está a Hayley?

— No quarto. Ela não está nada bem com o sumiço da Hope.

— Acho que ninguém está bem... se houvesse um jeito... - Disse pensativo. — Freya.

— O que?

— A Freya. Ela pode nos ajudar a acordar a Davina e a achar a Hope.

— Verdade... mas provavelmente ela está longe.

— Vamos ligar pra ela. - Pego meu celular e disco o número da Freya.

- Kol? Aconteceu alguma coisa? - Ela disse ao atender.

- Você nem imagina... precisamos da sua ajuda.

- Com o que?

- Digamos que para dois feitiços, um de localização e outro... bem, não sabemos ainda.

- Me explica exatamente o que aconteceu.

- Hope foi levada pelo clã e Davina não acorda.

- Eu tô voltando, vocês deveriam ter me falado isso antes. - Ela realmente estava preocupada.

- Estamos te esperando. - Ela desliga então olho pra Rebekah.

— O milagre foi ela não surtar. - Disse ela.

— Verdade... - Escuto alguns barulho vindo da sala. — Acho que eles chegaram. - Saio do quarto e Rebekah me segue, desço as escadas e vejo Klaus e Elijah.

— Alguma novidade? - Pergunta Rebekah.

— Nenhuma. Parece que as malditas fizeram o trabalho direitinho! - Disse Klaus furioso.

— Falamos com a Freya, ela está voltando.

— Vocês contaram pra ela? - Perguntou Elijah.

— Era o único jeito. - Respondi.

— Ótimo. - Disse Klaus.

— Ela podia fazer um feitiço, né? Ia andar mais rápido. - Disse Rebekah.

— Provavelmente é isso que ela vai fazer, irmã. - Disse a olhando. O celular de Rebekah tocou, ela atendeu e ficou com um olhar confuso.

— Algo aconteceu com ela. - Ela disse aflita.

— O que? - Perguntei sem entender.

— Não entendi nada, mas era a Freya, ela disse meu nome e depois eu escutei uns barulhos e a ligação caiu. Foram as bruxas, não foram?!

— Claro que sim... - Disse Klaus. — O que mais elas querem? Já tem Hope, Davina em um feitiço e agora Freya!

— Provavelmente acabar com todas as famílias?! - Disse como se fosse óbvio.

— Não me diga, Kol?! - Ele disse sarcástico e revirou os olhos.

— Da pra vocês pararem?! Todos aqui estamos preocupados! Todos estamos com problemas, não precisam discutirem. - Disse Rebekah.

— Vou ver como a Hayley está. - Disse Elijah e subiu as escadas.

— Klaus! - Olhei pra entrada e vi Marcel. Ele andou até nós. — Onde ela está? - Provavelmente ele estava se referindo a Davina.

— Lá em cima. - Respondeu meu irmão. - Marcel focou seus olhos em Rebekah e depois subiu as escadas.

— Preciso tomar um ar... - Comentou minha irmã e saiu.

— Eles ainda não se resolveram? - Disse Klaus me olhando.

— Parece que não... não sei porque, ela gosta dele. - Disse e Klaus riu sem humor. — O que foi?

— Você não pode opinar, irmão. Sabemos que ainda gosta da bruxinha, e mesmo assim não se resolvem.

— É complicado, eu menti pra ela.

— Entendo. Mas a vida é assim, se gosta mesmo dela, vai lá e reconquiste-a. Não pode ficar esperando que o tempo faça isso por você.

— As vezes você não é tão idiota, Nik. - Disse brincando e ele balançou a cabeça em negação e revirou os olhos.

— Vou fingir que você não disse isso. - Comentou e logo saiu.

Fiquei ali esperando que Marcel saísse, eu queria subir para ver Davina.

— Como ela está? - Perguntei ao ver ele descer as escadas.

— Parece bem...

— Ela se mexeu ontem. - Ele parecia surpreso. — Achei que deveria saber.

— Obrigado por dizer. - Fiquei calado. — Kol, eu nunca quis que você e Davina ficassem juntos. - Não estava surpreso, ele não gosta de mim, e eu não gostava dele. — Mas ela parece gostar de você, e você parece sentir o mesmo, e você parece querer o bem dela, e sabemos que quando quer algo, não desiste. Então... por mim tudo bem.

— Acho que é tarde.

— Mesmo?! - Ele disse e saiu.

Subi as escadas e entrei no quarto de Davina, sentei na cama e olhei pra ela. Passei a mão pelo seu rosto e o acariciei.

— Você precisa acordar... preciso de você. Sei que pode estar difícil. - Disse olhando ela. — Mas você é forte, e sei que não vai parar de lutar. Você é a pessoa mais determinada que eu conheço. - Segurei em sua mão. — Mais inteligente, e uma das mais fortes... você é perfeita do seu jeito. E é por isso que eu amo você. Você me salvou, quando eu estava vazio por dentro, você me amou, e isso me fez ser alguém melhor, por você... é mesmo que eu tenha mentido, nunca foi pra te magoar. Eu nunca magoaria você... - Deixo uma lágrima car é limpo. — É meio impossível magoar alguém que se ama demais. - Pude ver ela respirar fundo e se sentar na cama com a respiração ofegante.

Girl Back To New Orleans: "The Vankuks" [2]Where stories live. Discover now