Capítulo 3

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Para Ana Paula (dos Audios) que também estava no encontro resplandecente e excêntrico, te amoooooo um capítulo para você minha linda. 

Para Lola que acaba de receber Manoela e lê enquanto amamenta, Bem-Vinda Manoela. Todo sorte e saúde. 

Para Thaty Tenório, pela amizade e capa linda, Talvez a mais linda de todas, ainda não tenho certeza. Por que ela sempre se supera.  Para Hilana, eu sei que ela adora um barraco!!!!

   Angel

Ele fica me olhando, não se mexe, não se atreve a rebater, calado com a coisa mais preciosa da minha vida em seu pescoço. Ladrãozinho turco. Meu corpo todo treme de raiva, ao mesmo tempo que sinto um alivio sem descrição.

Minha mãe, um pouquinho dela de volta para mim, tocar meu peito e sentir meu amuleto.

─ Ficou muito visado na Turquia? Resolver tentar a sorte em Florença? Mas deu azar. Ouviu? Azar. Encontrei você ladrãozinho turco.

As pessoas diminuem o passo para ouvirem a gritaria, dane-se, é a Itália, todo mundo grita, todo mundo briga, é esperte nacional.

─ Devolva! Vai ficar aí parado? Acha que não chamo a polícia? Acha que vai escapar? – Ele mantém os olhos em mim e odeio que está calmo, até parece achar graça. Se não fosse tão alto, se não parece tão mais forte que eu, juro que esmurrava esse idiota. – Anda? Meu colar, ladrãozinho turco.

─ Turco? Por que acha que sou turco? – Ele diz para minha completa surpresa num italiano natural que deixa claro sua descendência. Abro e fecho a boca. Acabo de descobrir o ladrão do meu colar, ameaço com polícia, faço um escândalo e tudo que ele grava é que o chamei de turco?

─Qual seu problema? Acha que te devo explicações? Devolve meu colar.

Tento tocar o colar, ela dá uns passos para trás, segura o colar num tipo de proteção. Meu sangue ferve e nada nunca me causou tanta fúria.

─ Opa! Quem me garante que é a dona do colar?

─ O que? Como se atreve? Seu turco...

─ Tem preconceito com turcos? – A voz dele soa calma enquanto pareço ter um leve ataque, ele parece estar apreciando o pôr do sol.

─ Claro que não. A Turquia é um país lindo onde.... não quero conversar com você. Roubou meu colar e tem um minuto para devolver ou vai enfrentar os tribunais.

─ Sempre quis dizer algo dramático assim. – Dou mais um passo em sua direção no ápice da minha irritação e ele dá mais um passo para trás. O segurança da empresa do meu pai para em alerta na porta.

─ Meu colar! – Grito. Ele fecha os olhos em meio a uma careta como se tivesse ferido sua audição. A descoberta me anima ainda mais. – Me devolve! – O grito chama atenção ainda mais das pessoas, dois homens param na esquina para ver, um casal se encosta na parede abraçados, é um espetáculo, em breve até meu pai vai estar na calçada gritando meu nome completo e ameaçando minha curta existência.

─ Você grita demais. Irrita um pouco. – Ele diz baixo e despreocupado.

─ E você rouba, isso irrita muito mais. – Aviso e ganho um sorriso. Quero esmaga-lo.

─ Ele fica comigo até provar que pertence a você. O ladrãozinho turco aqui não vai entregar nada para uma lunática desconhecida. – Que raiva, que ódio. Tremo demais. Não quero chorar na frente desse idiota provocador, cara de pau.

─ Chega, vou chamar a polícia! – Aviso para assusta-lo.

─ Por favor, assim resolvemos isso. Me lembro de esbarrar em uma garota de cabelos coloridos muito mau educada que nem mesmo se desculpou, nesse ponto, ela realmente pode ser você. Quando a mal-educada sumiu. Encontrei o colar preso ao zíper da minha mochila. Pode apostar que vou entrega-lo a dona quando a encontrar.

Série Família De Marttino - Enigma Do Amor (Degustação)Where stories live. Discover now