A DOR DA HUMANIDADE (PARTE 1)

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#pratodosverem | Descrição da imagem: mais um cenário de destruição

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#pratodosverem | Descrição da imagem: mais um cenário de destruição. Veem-se a sombra de pessoas correndo em meio a uma floresta em chamas.

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APÓS O EMBATE ENTRE LADEL E GYEN, BASTARAM POUCOS DIAS PARA O MUNDO COMEÇAR A CAIR. Quando Déa, guardiã da primavera, apareceu morta, o Ciclo das Estações se quebrou: o volume dos rios diminuiu, os ventos pararam de soprar em alguns lugares enquanto em outros, devastaram regiões inteiras; nevascas gigantescas passaram a dizimar cidades e muitos viram suas pastagens e plantações serem tomadas por flores, com plantas por todos os cantos. Em consequência disso, a quantidade de insetos aumentou e começaram as infestações.

A foice do destino, porém, parecia muito mais mortal em Arcéh.

A euforia pela chegada do verão dera lugar a noites de combate aos incêndios. Pelas ruas, muitos choravam a perda e sentiam como se uma velha cicatriz fosse aberta. Grupos se juntaram para apagar os incêndios e fazer um trabalho de prevenção, sem resultados: em dias, os bosques secaram e parte da ilha ganhou tons entre o cinza e o preto.

Colunas de fumaça tomavam o ceu e passeavam pelas ruas da cidade como se brincassem de névoa; nas praias, cada onda mais forte trazia centenas de peixes mortos enquanto lá em cima, em um riso de escárnio frente ao caos, o sol parecia cada vez mais brilhante e severo. O auge do desespero veio quando as casas também começaram a sofrer com o fogo e nem as estufas foram capazes de trazer alguma esperança. Quanto mais os problemas aumentavam, mais os arcéh se reuniam na ponte em súplica por ajuda, na esperança de que, diferente das velhas histórias, desta vez a Nyrill os atendessem.

Contudo, mesmo que quisesse, ela não os ajudaria.

Estava mais longe dos humanos como jamais estivera em toda a sua existência...

Estava mais longe dos humanos como jamais estivera em toda a sua existência

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CONVOCADO PARA O CONSELHO DOS TRÊS ANCIÃOS, GYEN VIAJOU DURANTE DIAS. Passou por muitos lugares e presenciou o caos imposto ao mundo. Tentava amenizar a situação como podia, as vezes quase ao ponto de se revelar para poder ajudar as pessoas. Corria com eles, passava-se por humano, organizava-os para encontrarem uma solução para abrandar os problemas... Seus esforços não surtiram muito efeito. Eram tão úteis quanto os esforços de qualquer outro ser humano na mesma situação. Desde a conversa com o irmão era como se sua magia diminuísse a cada hora. Por mais que ainda conseguisse domar a neve e causar tempestades, notava que o gelo não parecia mais tão firme e trincava ao menor toque, o frio estava mais ameno e até as nevascas duravam menos tempo.

O Bailarino de ArcéhOnde histórias criam vida. Descubra agora