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P.o.v Holly

--Eu acho que você deveria ir a uma festa comigo-- Nate fala com a boca cheia e eu dou risada.

--Minha mãe não deixaria-- falo indiferente tomando um gole de meu refrigerante.

--Eu posso convencer ela-- Nate fala como se fosse simples.

--Ela não deixaria você entrar na minha casa-- falo e o garoto se faz de ofendido.

--Por acaso ela é da polícia ?-- Nate pergunta e eu dou risada de sua conclusão.

--Não, mas é quase isso-- falo relaxando na cadeira.

Nunca pensei que falar com Nate seria tão fácil como está sendo, para falar a verdade eu pensei que estaria morrendo só por cumprimentar ele.

--Eu posso tentar-- ele diz com um sorriso cúmplice nos lábios e eu reviro meus olhos.

--Claro que pode, só não vai conseguir-- digo pessimista e ele cerra seus olhos para mim.

--Está duvidando de mim, Holly Simpson ?-- Nate pergunta com um tom sedutor em voz.

--Nunca, Nate Maloley-- falo da mesma forma que ele, provavelmente mais ridícula.

Nate leva o canudo ate seu lábios e logo puxa um pouco de refrigerante sem tirar os olhos de mim. Está fazendo um jogo comigo garoto ?.

--Por que não foi na festa do Nash ?-- Nate pergunta de repente.

--Minha mãe não gostou da ideia de me ter dentro de uma casa cheia de "marginais"-- falo fazendo aspas e o garoto da risada.

--Tem certeza que sua mãe não é uma policial ?-- Nate insisti na pergunta e eu nego com a cabeça --Por que não fugiu ?.

--Porque eu não sou louca-- falo óbvia.

--Você é certinha demais-- Nate reclama e eu arqueio minhas sobrancelhas para ele.

--Isso é um problema ?-- pergunto e assim que o garoto cola nossos olhares e eu desvio o meu, estava envergonhada.

--Só vai ser um problema se você não quiser me beijar-- Nate diz e eu sinto minhas bochechas corarem.

--Se eu não quiser te beijar não vai ser porque eu sou certinha e sim porque eu não quero-- falo e Nate levanta as mãos em forma de rendição.

--Depois desse fora eu deveria te deixar pagar a conta-- Nate fala se fingindo de ofendido.

--Que falta de respeito-- falo colocando as mãos no coração.

Nate pisca para mim e logo chama o garçom pedindo a conta.

--Quer mais alguma coisa ?-- ele pergunta dirigindo seu olhar para mim e eu apenas nego com a cabeça.

Nate paga a conta e logo seu celular começa a tocar desesperadamente. Um silêncio se instala entre nós e ele logo me olha pedindo permissão para atender e eu assinto na hora.

--Não posso ir aí agora-- Nate fala mexendo no guardanapo da mesa --Foda-se Sammy, não posso ir.

Procuro alguém conhecido pelo local mas me lembro do quão anti social eu era. Volto meu olhar para Nate e ele parecia bravo.

--Sammy qual parte do "não posso ir" você não entendeu ?-- Nate pergunta quase em um grito e eu me assusto --Dá um jeito porra, tchau.

Nate desliga o celular e me olha com as sobrancelhas arqueadas.

--O que foi ?-- pergunta o garoto rude e eu me encolho.

--Nada-- falo lhe dando um meio sorriso e ele levanta da mesa --Onde vai ?.

--Embora-- ele diz óbvio e vem até mim depositando um beijo em minha bochecha.

O garoto dá as costas e logo vai embora me deixando sozinha em um lugar que eu nem ao menos conhecia. Sinto meus olhos lacrimejarem e logo me repreendo por estar assim apenas porque Nate me deixou sozinha.

Acabo chegando em casa de táxi e mamãe me esperava com os braços cruzados.

--Estava com quem ?-- pergunta a mulher com a voz alterada e eu me encolho.

--Com as meninas-- minto e a mulher da risada.

--Não foi isso que chegou aos meus ouvidos-- mamãe fala e meu coração acelera --Já te falei para não andar com aqueles marginais.

--Eles não são marginais-- murmuro baixo mas mamãe escuta.

--Nate Maloley é um criminoso, Holly se eu descobrir que você está andando com esse tipo de garoto, eu volto com suas aulas particulares-- mamãe ameaça e eu sinto vontade de chorar.

--Tudo bem-- falo baixo e sigo para meu quarto.

Minha vida era um simples desastre que estava prestes a desmoronar e eu não podia nem ao menos impedir isso.

Caio em minha cama sem me importar com minha roupa ou meus tênis sujos e logo fecho meus olhos esperando o sono vir mas antes mesmo de pensar em como seria meu sonho a porta de meu quarto é aberta.

--Você transou com o Nathan ?-- mamãe pergunta brava e eu arregalo meus olhos.

--É claro que não-- digo óbvia me levantando da cama.

--Vamos a um ginecologista-- fala a mulher começando a procurar uma roupa para mim.

--Eu não transei com ninguém mamãe-- falo começando a chorar e a mulher ri.

--Você não sabe, aquele garoto pode ter te drogado-- a mulher diz psicótica e eu me assusto com seu jeito.

--ELE NÃO FEZ NADA-- grito e logo a mulher fica cara a cara comigo.

--Está gritando comigo ? Virou uma vagabunda-- mamãe murmura dando um tapa em meu rosto e as lágrimas descem desesperadamente.

--Você está ficando louca ?-- pergunto dando passos para tras conforme a mulher tentava chegar perto de mim.

--Vista uma roupa, vou estar te esperando dentro do carro, não me faça perder tempo-- ela fala autoritária e as lágrimas continuam a descer.

Levo minha mão até minha bochecha vermelha e as lágrimas se intensificam. Nate não merecia ser julgado dessa forma, não merecia receber esses tipos de insultos sem nem ao menos ter oportunidade de se defender.

Visto um vestido branco que mamãe tinha colocado em cima de minha cama e me olho no espelho voltando a chorar. Os dedos de mamãe estavam marcados em meu rosto me causando um desespero enorme. Pego o pó que havia em minha mesa e logo começo a o espalhar em meu rosto com certo desespero. Estava com medo de demorar e receber outro tapa.

Desço as escadas vagarosamente e logo Mary arregala os olhos assim que vê meu rosto fazendo eu negar com a cabeça, não queria que ninguém se preocupasse comigo.

Honest || Nathan MaloleyМесто, где живут истории. Откройте их для себя