Pistantrofobia.

81 4 0
                                    

Eu não sei o que eu tenho, não sei o que eu sinto. De alguma forma, eu tenho uma conexão com ele.

Ele é uma ótima pessoa por trás de toda essa depressão, ansiedade e medo. É o meu melhor amigo, faria de tudo para ajudar ele...

As pessoas falam que ele é estranho, calado, antissocial e outros defeitos... Só que todos não são capazes de perceber...

O problema dele...

Eu não quero deixar ele sozinho, ele não depende de mim, eu sei. Mas algo nele me atrai, é confortante ficar ao lado dele. Não sei explicar. Talvez, eu...

Castiel: — Fernando?

Me assusto e olho para ele.

— Sim?

Nossos olhos se encontram, rapidamente percebo isto já que geralmente evita o contato direto.

Castiel: — Você... Quer dar uma volta no shopping? Se quiser pode convidar um dos seus amigos...

Ele parece sofrer. Sim, ele está sofrendo, por dentro.

Eu: — Você não precisa fazer isso caso não queira.

Castiel: — Eu preciso sair um pouco de casa... E também, posso dormir na sua casa hoje?

Como eu pensei. Ontem no parque, quando estava parado olhando o nada... Ele novamente estava pensando mais do que devia, eu não sei no que e mesmo se eu perguntasse não iria me dizer. Eu não posso negar.

— Claro! Por que não? Você é sempre bem-vindo em casa!

Abro um sorriso olhando para ele e sinto um... Abraço? Não, não é só um abraço. Ele está escondendo seu rosto no meu ombro...

— Obrigado...

Fico surpreso ao sentir-lo chorando e retribuo o abraço.

Eu não sei o que fazer, estou na rua levando ele para casa depois de nós  almoçarmos.

— Você... Quer ir para minha casa agora? Podemos jogar e beber refrigerante com energético.

Ele limpa seu rosto e me solta.

Castiel: — Desculpa, isso foi repentino...

Eu: — Você sabe que eu não me importo com isso.

Passo minha mão em seu cabelo.

Eu: — Vamos ir de carro, eu pago a viagem.

Castiel: — Mas você já pagou o meu almoço e ainda vou para a sua casa. Eu tenho dinheiro, me deixa pagar pelo menos.

Não posso discutir. Pode se tornar um motivo para ele chorar de novo.

— Tá bom, você que sabe.

Ele beija minha bochecha e fico super sem graça.

Eu: — Ahn? Como assim, cara? Tem pessoas nos olhando! E tipo, isso foi um pouco...

Castiel: — Estranho?

Eu: — Não sei... Vamos ou não?

Eu não soube o que dizer, não é a primeira vez que ele faz isso mas não é muito normal e eu não entendo o porquê dele fazer isso. Somos amigos de infância, mas isso não é motivo, somos homens apesar de tudo.

Porém, eu não quero dizer algo que vá lhe machucar. Eu não quero que isso aconteça com ele, novamente.

Eu e Ele.Where stories live. Discover now