Capítulo 43.

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n/a: okay, toda a gente estava basicamente a mandar hate à Elizabeth no capítulo anterior mas vá lá, pessoal, vejam da perspetiva dela. O ex dela era incrivelmente abusador; o gajo quase partiu ossos, então ela tem mesmo muito medo de TODA a violência. Ela ama o Harry e sabe que ele não a vai magoar, mas isso não significa que ela ainda não fica com medo, especialmente quando é para a proteger, ele precisa de mexer o rabo para afastar os idiotas. (mas yah ela foi estúpida por ter entrado no bar, não a estou a defender nisso).

A manhã seguinte foi um inferno.

Quando eu acordei, tudo o que tinha acontecido na noite anterior veio até mim ao mesmo tempo: os homens, o que quase aconteceu, a nova informação que aprendi, mas mais importante: a maneira como eu agi com o Harry. Eu sentia-me tão mal que quase não aguentei e acho que meio que me passei quando ele rolou e me viu a chorar.

Os seus olhos arregalaram-se enquanto ele se sentava. "Woah, woah!" ele tinha olhos de sono antes de me pegar nos seus braços e me puxar para o seu peito. "O que se passa?"

Eu simplesmente abanei a cabeça contra ele, fazendo-o carrancar e tirar algum cabelo da minha cara, observando os meus olhos cuidadosamente. "D-Desculpa," eu disse baixo, as minhas palavras a tremer por causa das minhas lágrimas.

"Pelo quê, amor?" ele disse suavemente.

Eu abanei a cabeça de novo. "Pela n-noite passada. Eu não devia t-ter agido assim. Eu sei que t-tu nunca me magoarias. Porque é que eu estava a ser tão estúpida e-"

Depois ele suspirou. "Elizabeth," ele disse, esfregando a sua cara enquanto eu me afastava dele para poder olhar bem para ele.

"-Porra tu disseste-me para não ir para lá e-"

"Isso sim, eu disse. Yah, essa parte é toda culpa tua."

Eu funguei. "Desculpa," eu disse de novo.

"Amor, nós não temos que-"

"Eu sinto-me tão mal!" eu disse apressadamente, atirando as minhas mãos ao ar antes de pôr a minha cara nelas. "Estou mesmo, mesmo arrependida."

Ele olhou para mim e ergueu as sobrancelhas. "Já acabaste?" eu assenti e ele suspirou, endireitando-se. "Amor, porque é que estás a falar disto às-" ele parou e olhou para o seu telemóvel na mesa de cabeceira. "Merda. Sete da manhã?" eu apenas encolhi os ombros e ele soltou uma expiração cansada.

"Desculpa por isso também."

Ele grunhiu. "Oh meu Deus, diz desculpa mais uma vez e vais ter uma razão para teres medo de mim."

Eu esfreguei os meus olhos. "Isso não tem piada."

"Não era suposto ter." ele olhou para mim. "Bebé, eu sei porque é que agiste da maneira que agiste, e eu acho que tu também sabes." Eu não disse nada, simplesmente olhei para ele em confusão. "Okay estudante de psicologia, olha para isto como se fosse um cenário psicológico com um estrangeiro, não nós." Ele gesticulou com a sua mão. "Agora força. Analisa."

"A sério?" eu perguntei e ele assentiu, inclinando a sua cabeça no seu punho fechado enquanto me observava. "Um, okay... Devido a, um, à história da Pessoa A," eu gesticulei para mim própria e parei antes de continuar, "Ela seria extremamente suscetível a flashbacks de violência e intensa e irracional ansiedade quando abordada com violência parecida."

"E o que acontece quando a Pessoa A é abordada com violência?" ele perguntou cansado, evitando um bocejo.

"Várias coisas podem ocorrer: desmaiar, ataques de pânico, histeria, ou choque." Ele olhou para mim com uma sobrancelha erguida com a última palavra. "Oh," eu disse baixo. "Então, eu podia ter estado em choque."

Mend The Broken [Tradução Pt]Onde histórias criam vida. Descubra agora