Capítulo XIII - Arco 2

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Sasuke P.O.V

Todo o caminho de volta, fiquei observando aquelas pessoas. Rock Lee havia tomado outro caminho, poucos minutos antes. Estava inquieto, não sabia como agir, mas algo dentro de mim me dizia para ficar calmo.

-O senhor está bem?- O garoto de olhos verdes me olhava fixamente.

-S-sim, estou.- O nervosismo toma conta de mim.

-Viu como a mamãe é forte - ele sussurra.- Não conte para ela, não quero que ela saiba.

-Mas por que não?-Pergunto intrigado.-Acho que ela se sentirá feliz, por saber o que você pensa isso sobre ela.

-Mas, mesmo assim - ele abaixa a cabeça.-Não quero que mamãe pense que não posso proteger ela e minha irmã. Quero ser mais forte que ela.- Ele fecha a mão em punho e ergue determinado.

-Então, se esforce bastante para ficar mais forte que elas.- Ele arregala os para mim.- Mas, não se torne arrogante, e não desista se falhar. Continue até conseguir ser forte.- Aquelas palavras me pareceram estranhas saindo de minha boca, parecia que nunca antes havia as falado.

-Está bem - Ele diz confiante.-Vou fazer isso. Obrigado, papai.

- D-de nada.-Respondo sem jeito.

-Vamos rapazes - A mulher de cabelos rosados olha para trás.- O que tanto cochicham aí atrás?

-Nada mãe. Estou só perguntando por onde o papai andou.- Ele mente descaradamente.

-Está tudo bem para você, Sasuke?- O rosto dela demonstra preocupação. Fico admirando sua beleza por um tempo, até que percebo que ela esperava algo de mim.

-O que?- Então a ficha cai.- Ah sim Está tudo bem sim. Além do mais tenho que me acostumar, não é mesmo.-Ela sorri com satisfação e meu coração esquenta. Finalmente, chegamos até a casa.

Entramos, e as crianças somem dentro da casa, aparentemente foram tomar banho. Mas, logo retornam com meu gato nos braços da garota.

-Aqui papai, cuidamos bem dele.-O pego de seus braços.

-Vão...

-Sim mãe, já vamos tomar banho.-Os dois dizem em coro, já sabendo de cor o que mulher iria dizer.

Quando as crianças sumiram novamente, me senti desnorteado. A princípio, não parecia que eu e minha e... esposa, não possuíamos uma convivência muito próxima.

-Vou mostrar seu quarto - Ela cora ao me dizer isso.

-E-está bem.-Minha expressão parecia calma, mas por dentro estava sentindo grande alívio por ela ter dito isso. Estava com essa preocupação, me perturbando desde o momento em me disseram que viria para cá.

A segui silenciosamente pelo corredor, até chegarmos na porta, que ela abre dando passagem para que eu passe.

-Descanse. Já o jantar estará pronto, e te chamarei.

-Obrigado.-Agradeço antes que ela feche a porta.

Quando Sakura fecha a porta e sinto sua presença se afastar, me sinto solitário. Era um sentimento estranho, bem, mais estranho do que tudo que está acontecendo na minha vida no momento. Mas, meu corpo e coração sentiam uma necessidade frequente de estar próximos a ela, como um só.

Sinto meu rosto esquentar, com estes pensamentos. Me sento na cama, e deito fitando o teto. Neko sobe na cama, e se deita ao meu lado enrolado.

- O que está acontecendo comigo?-Passo minha mão na testa afastando os fios de cabelo dos meus olhos. Iria tentar dormir um pouco, mas alguém bate na porta, me levanto para abri-la e vejo o garoto me olhando.

-Olá.-Digo.- Você não deveria estar tomando banho.

- Não conta para a mamãe.- Ele sussurra com a mãozinha tampando um lado da boca.- Posso entrar?-Dou passagem para ele como resposta, o menino exibia um amplo sorriso para mim, ele estava com algumas caixas nos braços. Quando ia fechar a porta a garota surge, com alguns livros nos braços.

- Posso entrar?-Ela pergunta, e está sorridente como o irmão.

-Claro.-Me lembrei que, havia me esquecido de seus nomes ou melhor, nem sabia se eles haviam me dito os nomes antes.-Desculpe, mas como é o nome de vocês?

-Eu sou Takato.- Diz o garoto sentado no chão.

-E eu sou Sarada.- Diz a garota acompanhando o irmão.

-Ah sim - me sento no chão com os dois.-O que significa estas coisas?

-Bem mamãe me disse que o senhor gostava de ler, então trouxe alguns livros que acho que podem interessá-lo.- Ela me oferece um para segurar.

-E isso são jogos?- O garoto larga as caixas no chão.

-Sim - ele pega um que parece um... bem... não sei o que parece.-Esse é um jogo de estratégia.

-Que eu sempre venço de você.-Sarada diz com ar de superioridade.

-Mas, agora vou jogar com papai. Não tem mais graça, jogar com você.

-Por que você sempre perde.-Os dois começam a discutir.

-Vocês sempre brigam tanto assim?-Pareceram não me dar ouvidos. E de repente os dois começam a rolar no chão derrubando algumas coisas. Pego Takato pela camisa, e o afasto da irmã.

-O que está acontecendo aqui?-Sakura surge na porta, e se depara comigo segurando Takato a alguns centímetros do chão, enquanto afasto Sarada com a outra mão, segurando sua cabeça. Assim, que ouvem a voz da mãe os dois param, e a olham com um ar de medo.-Os dois iram arrumar este quarto agora mesmo. vão tomar banho como eu havia ordenado.

-Sim, mãe.- Os dois dizem em coro.

-Sasuke-kun - olho para ela com um pouco de medo.-Deixe os dois enquanto arrumam aqui. Se quiser pode ficar na cozinha.

-E-está bem.- Saio do quarto, e a vejo tomar um caminho oposto.

Foi um dia e tanto. Vi como é poder de batalha daquela mulher, separei uma briga entre meus... aquelas crianças e ainda por cima, não sei como agir perto dela.

- Eu não quero ir para a escola.- Ouço um som de alguém correndo na casa.

- Mas, você tem que ir.- Sakura diz.- Ande logo Takato. Se eu te pegar, você vai ver só.- Escuto ela gargalhar. Até então estava dormindo, mas com esses ruídos acabei acordando. Abro a porta do quarto e saio para o corredor, o garoto se choca comigo no corredor.

- Opa. Desculpa.- Ele fica sem graça.

- Sem problemas.- Ele se esconde atrás das minhas pernas.

- Não deixe ela me pegar pai.- Sakura surge em minha frente.

- Vamos logo meu filho. Você vai se atrasar.- Eu o pego no colo.

- Por que está dando trabalho a sua mãe? - Digo a ele, fingindo seriedade. Ele fica calado me encarando.- Tem que ir a escola para cumprir o que disse a mim. Você não se lembra?- Ele sacode a cabeça concordando.- Então, vá com a sua mãe.- O desço e ele me fita por alguns segundos, e logo sai correndo, parecendo animado.

- Muito bem.- Percebo que Sakura estava me encarando e fico um pouco desconfortável.

- Não foi nada demais.- Ponho a mão na cabeça um tanto sem graça.

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