Prólogo

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EuTeAmo.com | prólogo.

(...)

Não sei explicar o que eu estava sentindo naquela hora. Não sabia se gritava, se chorava, se xingava o Arthur e o Asher, ou se abraçava o Thomas e implorava para ele me tirar dali. Subi correndo as escadas de emergência até chegar ao terceiro andar do colégio. Para tentar me acalmar, me apoiei em uma das janelas e respirei fundo enquanto observava a movimentação da festa do lado de fora. A quadra de basquete estava toda iluminada, cheia de balões brancos e fitas coloridas. Todos cantavam e dançavam. O clima era de muita alegria, mas eu não parava de chorar e de sentir uma dor intensa em meu peito. A dor era diferente, não era física, era além. Não sei explicar que tipo de dor é essa, mas é como se não existisse um coração dentro de mim. Eu me sentia oco e sem vida. Matthew, como pude ser tão estúpido?

— Alec, espera! — chamou Arthur, entrando no corredor depois de me seguir.

— Fica longe de mim! — exclamei, soluçando.

— Eu não queria que isso acontecesse, juro! — disse ele, correndo ao meu encontro.

— Não quero te ver, sai daqui! — gritei, socando o peito dele várias vezes quando se aproximou o suficiente.

Eu não tinha mais forças e, mesmo tentando afastar o Arthur com meus socos, tudo que consegui foi perder o equilíbrio e cair de joelhos, ainda chorando e soluçando. Eu amo o Arthur, e isso era o que mais me doía. 

— Alec, me escuta? — insistiu ele, ajoelhando no chão à minha frente e segurando meus braços.

— Eu já ouvi tudo e não há explicação! — exclamei. — Tudo está muito claro!

— Eu juro que não é isso que você está pensando. Se acalma e me escuta, por favor?! — pediu ele, também começando a chorar.

Eu não queria continuar mais com aquele jogo. Eu sabia, desde o primeiro momento, que qualquer tipo de relação com o Arthur acabaria daquela forma, afinal ele não se importa com meus sentimentos. Eu só não queria ver.

— Como você pôde fazer isso?! — questionei, soluçando.

— Deixa eu explicar?!

(...)

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