Quando Deus Quer - Livro 1 da Série: O Querer De Deus

Capítulo Quatorze.

Dedicado à DalilaSantos894

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*Éverton Narrando.*

Acordo com meu celular tocando , sem nem mesmo conferir o visor, atendo.

*Chamada de voz on*

- Éverton? - Diz uma voz chorosa.

-Gabi?

-Sim... - diz chorando.

- O que foi? O que aconteceu que você ta chorando? - Pergunto preocupado.

- Eu... Não sei. Desde de tarde estou com uma sensação ruim. Minha mae mandou mensagem as 18:30, desde então a sensação só piorou.

-Ela chegou?

- Não... Já são 21:30 e nada dela aparecer. Ela não atende, não responde mensagem... Só cai na caixa postal. - Ela soluça enquanto chora.

-Quer vir pra cá?

- vou esperar mais um pouco...

- Okay. Qualquer coisa me liga.

- Tá bom. Tô com medo... - Ela sussurra.

- Shiii, calma. - Falo baixinho.

- Vou... Esperar ela mais um pouco. - Ela respira fundo engolindo o choro.

- Está bem. Se precisar me ligue.

-Beijo...

- Até.

*Chamada de Voz off.*

Tudo que queria era acalmar Gabi. Abraça-la e conforta-la. Não sei porque. Nem por minha ex, alguma vez se quer sentira isso.
Dobro meus joelhos sem saber exatamente o por que. Apenas sinto necessidade disso. Apoio a cabeça nas palmas das mãos e fecho meus olhos. O sono se esvai ao lembrar da voz chorosa de Gabi e seu medo de ter acontecido algo com a mãe.

-Pai... Não sei o que está acontecendo com a mãe de Gabi, mas o Senhor está no controle. Mas peço que Tu as proteja. É mais uma etapa difícil que se inicia na vida de ambas, e elas precisam do Senhor. E se tiver como passarem por isso juntas na Sua presença, será bem mais fácil para ambas. Ajude-as e dê forças a elas, para que passem por isso de cabeça erguida. Perdoe meus erros Pai.
Amém.

Me levanto e me deito em minha cama. Fico olhando para o teto. Não consigo dormir. Estou preocupado. Quando desisto de lutar contra o sono já são 1:15 da manhã. Mando uma mensagem para Gabi dizendo que vou passar na casa dela. Coloco uma bermuda Jeans uma camiseta qualquer e um moletom azul-escuro da vans. Escovo os dentes e desço as escadas em silêncio. Pé ante pé, e me dirijo a casa dela. Bato na porta e ela logo abre. Seus olhos inchados e as manchas no rosto, entregam que ela estivera chorando este tempo todo. Passo pela porta, ela a tranca e se joga aos meus braços. A abraço com força, soluços e espasmos quase fazem com que Gabi se afogue.

- Ei, o que foi? - Falo suavemente.

- Ela não voltou... Não atende o celular e não responde minhas mensagens. Ela nunca volta tão tarde. Tem algo de errado. - Despeja rapidamente entre soluços.

Acaricio seus cabelos e afago suas costas.

-Calma. Eu estou aqui.... - Sussurro.

Continuo acariciando suas costas, e ela vai se acalmando aos poucos.