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Naquela tarde, Chanyeol se despediu de seus amigos segurando o choro como um bom frouxo que era. Apesar de não ser tão difícil dar aquele abraço sem um drama cinematográfico, Park continuava com aquele incômodo na garganta pelo constante receio de alguém perguntar sobre seu estado. Sentia que só com essa perguntinha poderia passar todo caminho para casa fungando feito um esquilo.

Mesmo aparentemente saindo-se bem nessa de marrento não se molha, a base tremeu ao chegar em Baekhyun. O ruivo nem pra olhá-lo com desprezo serviu, na verdade para piorar a situação ele criou um mini bico, contrariado.

Se o sr. Park não tivesse os assistindo, ah, Chanyeol teria mordido com vontade aqueles lábios pela última vez no ano. Diante da situação, apenas um abraço demorado pareceu suficiente para os dois.

Os amigos já fora do colégio, com a pouca neve caindo em demasia, assistiram Park e seu pai entrarem no carro e partirem a caminho de casa.

- É cara, sorte tua que a pegação pelo menos aconteceu. Você deveria parar de adiar opourtunidades assim. - Sehun já antenado dos acontecimentos, puxa o amigo para dentro do colégio junto de si. O vento tornava-se cada vez mais cortante.

- Adiar? Sehun, você foi a minha pedra no sapato o ano inteirinho.

A risada de Oh inunda as orelhas geladas e seu braço passa pelo ombro do ruivo, achando graça.

- Se não fosse eu sendo a pedra, quando ele ficaria sabendo, uh? - Baekhyun encara o sorrisinho astuto. - A pedrinha aqui, juntou os pombinhos, meu caro.

- Espera, o que?

- Baekhyun, eu mereço pelo menos um carinho. - Sehun se faz de tonto, mudando de assunto. Byun quase ri quando entende o que as aspas e a piscadela durante a palavra "carinho" significavam.

- Você é um pirralho, se eu tirar tua roupa vou preso.

- Se você não contar, eu não conto.

- Vá arrumar o que fazer, ta maluco. - A juba loira recebe um tapa fraquinho, antes de sair torto para sua própria sala.

Caminhando para o dormitório com um sorriso no rosto, Baekhyun cede mais uma vez para às gracinhas de Sehun. O garoto tinha lá os momentos que faziam o humor do mais velho melhorar em segundos. Oh sabia muito bem que Chanyeol ir embora e, em breve, Baekhyun não poder estar no murinho abençoado no próximo volta às aulas, era complicado de processar. Umas risadas amenizam o clima e não fazem mal a ninguém.

Byun não durou nem dez minutos, ao chegar no quarto. No máximo, um minuto pra jogar as roupas em qualquer canto e vestir outra para se jogar na própria cama ainda bagunçada da noite anterior. Nem os travesseiros de Chanyeol (que talvez só o grandão soubesse como foram parar ali) fizeram Baekhyun não apagar num cochilo e ser acordado horas depois por causa de um garoto do primeiro ano ter se esfolado no pátio, frente ao quarto trinta e dois em plenas setes horas da noite.

O ruivo acorda pelos gritos misturados com pedidos de ajuda. Poderia ter voltado a dormir, mas o karma de despertar sem querer e não conseguir voltar nem para um mísero chochilo, ainda lhe perseguia.

Sem muita escolha e depois de alguns minutos ouvir a barriga reclamar, o ruivo veste um moletom quentinho e vai para a lanchonete. A fome havia lhe dado um belo soco no estômago, lembrando estar em jejum indesejado desde o lanche da manhã.

Quando o tempo esfriava, a janta se resumia a sopa de legumes e Baekhyun estava torcendo para poder comer aquele brócolis cozido de novo. Jamais em sua vida provara uma sopa tão gostosa, era possível sentir o excesso de saliva incomodar só de pensar no cheirinho delicioso que enchia o refeitório quando esses meses chegavam.

ᴄᴀɴᴅʟᴇsWhere stories live. Discover now