A vida e a morte de Ava.

Capítulo 10.

Andando pelo quarto me bate imensa curiosidade e começo a olhar tudo, vejo uns jogos numa instante dividindo espaço com uns livros empoeirados provavelmente nunca lidos. Vejo em uma escrivaninha uns bonequinhos de coleção também dividindo espaço com um notebook. Andando um pouco mais vejo uns fones de ouvido super maneiros em cima da cômoda dele e me arrisco a olhar dentro dela.
Era evidente o que eu ia encontrar, uma gaveta repleta de cuecas, lindas e cheirosas cuecas, digo cheirosas porque me atrevi a por um delas próximo ao meu nariz e...
Alex: Ava? Oque ta fazendo?
Ava: Alex! - sou surpreendida e levo um baita susto - não é oque está pensando.
Alex: Entendo... Você estava - ele anda em minha direção - cheirando minhas cuecas?
Ava: Eu? Não, claro que não, ta louco - largo a cueca e fecho a gaveta.
Alex: Então eu estou louco porque eu vi, bem com meus olhos você cheirando minhas cue...
Ava: Ah Alex, ta bom, chega. - me irrito de tanta vergonha.
Alex: Porque essa garra toda Ava? Porque toda essa dureza, porque todo esse gelo?
Ava: Porque ninguém nunca mudou isso.
Alex: Posso tentar?
D

epois de ouvir o pedido de uma chance de Alex meu coração gelou. Fiquei ali parada olhando pra ele pensando em uma resposta mas não sabia oque falar, e ele percebeu, e pra não ficar aquele clima totalmente estranho algo inesperado por mim aconteceu, ele me beijou.
Veio pra cima de mim de uma força tão linda, tão devagar e sereno, com toques angelicais, um beijo bem lento e quente, sua mão não descia além da minha cintura e seus olhos se abriam as vezes pra me olhar, eu sentia.
E parecia que a qualquer momento ele iria parar pra ver se eu estava arrependida ou não, e eu não estava, eu estava gostando, é muito.
E o ritmo foi aumentando aos poucos, de beijos lentos e delicados evoluímos para beijos mais rápidos e com mordidas, aqueles famosos beijos que costumam te levar pra cama sabe? Mas eu estava contida, eu estava me aguentando e me segurando por mais que minha vontade fosse tirar toda a roupa dele, mas eu não poderia, eu se quer saberia, como poderia saber, se nunca havia feito.
Sua mão finalmente arriscou uma deslizada até minha bunda onde ele deu uma leve apertada e instantaneamente eu apertei seu pescoço como quem diz "Que delícia".
Só sei que passava um misto de sensações por todo meu corpo enquanto rolava apenas um beijo, imagina se fosse outras coisas mais.
Beth: Aleeeex! - a mãe dele grita lá de baixo.
Paramos na mesma hora com o susto que levamos.

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