Capítulo 1

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Essa semana definitivamente está sendo uma merda! A insuportável da minha chefe me atolou até o pescoço de trabalho. Essa mulher é uma megera, fica o tempo todo; Bruna pra cá, Bruna pra lá. Eu vou enlouquecer!

E por falar no diabo.

— Bruna arquive os documentos da Lemon, não se esqueça da importância que tem esses documentos. — Fala a Andréia, com aquele ar de prepotência, que tanto odeio. Coloco meu melhor sorriso no rosto, e a respondo:

— Tudo bem senhora, algo mais? — Pergunto cordialmente a ela.

— Não. Ah, se por um acaso o senhor Eduardo aparecer, não permita que em momento algum, sejamos interrompidos. — Diz cinicamente, mais que vaca! Penso comigo mesma.

— Sim senhora, mais alguma coisa?

— Sim, trabalhe mais rápido, essa semana você está muito lerda. — Solta ela, filha da mãe, ela se vira e vai para sua sala. Definitivamente essa não é minha semana. Quero matá-la, trabalho igual uma condenada, e essa vaca me chama de lerda. Se eu não precisasse da merda desse salario para enfim poder arrumar meu cafofo, eu mandava ela para os quintos dos infernos. Volto aos meus afazeres a xingando mentalmente de todos os palavrões que eu conheço, quando por volta das duas horas da tarde o senhor Eduardo, aparece na minha frente.

— Boa tarde, senhorita Filds. — Me cumprimenta.

— Boa tarde, senhor Eduardo, a senhora Chaves o aguarda em seu escritório. — Assim que termino de falar, ele me olha de uma forma diabólica e entra na sala da minha chefe e sei que em instantes vou ouvir seus ruídos nada discretos. E quando falo nada, é nada mesmo. Ela não tem um pingo de pudor.

Dito e feito, meia hora depois começam os gemidos escrotos da minha chefe, ela não se dá nem ao trabalho de ser discreta. Parece que faz de proposito, foco no trabalho, não posso ficar me distraindo, hoje vai ser um daqueles dias que saio tarde da empresa.

Por volta das cinco e cinquenta da tarde o senhor Eduardo, sai da sala da safada e vai embora, com cara de quem comeu e gostou. Logo depois ela também sai da sala, com a cara mais cínica do mundo.

—Filds, estou indo. Não saia, antes de finalizar tudo o que lhe mandei.

— Sim senhora. — Ela dá meia volta e vai em direção aos elevadores. Mais que peste! Claro que eu fique até tarda da noite fazendo tudo sozinha, sem direito a ganhar hora extra. Quando enfim termino meus afazeres, já passa das nove e meia da noite, pego minhas coisas e vou para o elevador, aperto o botão da garagem e o elevador segue em silencio até a garagem. Assim que as portas se abrem, eu vou em direção ao meu carrinho, o coitado está tão velhinho, mais ainda anda, isso é o mais importante. Destravo-o e sigo para minha casa.

Chego em casa já passa das dez e meia da noite, olho para meu pequeno apartamento, que com todo sacrifício meu pai comprou para mim, e me sinto completamente abrigada.

Fico olhando para minha casa e percebo que realmente tenho que fazer reformas, além que precisa urgentemente de uma faxina, tem quinze dias que trabalho como louca, minha chefe se esquece que o tempo da escravidão já acabou.

Meus planos de reforma para essa casa saíram completamente pela culatra, faz um ano que terminei de pagar meu caro, mais mesmo assim o dinheiro não sobra, a vida de adulta não é fácil, e eu não quero e nem vou pedi dinheiro para meu pai, eu bati o pé falando que eu conseguia me virar e eu vou. Por que sei que se eu pedi ajuda ao meu pai, minha madrasta jogará isso na minha cara pelo resto da minha vida.

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