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- Papai! Papai! - Lina, uma linda rosa que nascera de um amor profundo entre dois jovens com o mundo prestes a desmoronar, perguntou. - Você pode contar novamente aquela história de como você se casou com a mamãe?

- Meu pequeno anjo, você sabe que demora e além disso já está na hora de você dormir. - Mark respondeu enquanto se sentava na cama ao lado da filha.

- Por favor, papai! - A garota implorava. Por mais que tivesse apenas 6 anos, ela já entendia muito bem das coisas ao redor dela.

- Tudo bem. Mas amanhã eu vou te acordar bem cedo, não esqueça.

- Eba! - A garota exclamou.

- Tudo começa em um avião, quando eu tinha 20 anos...

- Tudo começa em um avião, quando eu tinha 20 anos

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- Finalmente, em solo... - Eu suspirei enquanto seguia para a sala de bagagens. Fiquei lá esperando um momento até chegar a minha mala e minha mochila.

Dernier appel pour le vol aux États-Unis. Passagers, allez à la porte 7.

Última chamada para o voo ao Estados unidos. Passageiros, dirijam se ao portão 7.

Fiquei em pé próximo à esteira esperando, enquanto o tempo passava, até que uma mulher veio falar comigo. Meu Francês não era O Melhor, mas eu era bom em falar a língua.

- Olá, posso lhe fazer uma pergunta? - A jovem mulher que tinha o rosto fino e a pele pálida, com longos cabelos loiros, me perguntou. Ela era a mais bela pessoa que eu já tinha visto em toda minha vida. Era magra, mantinha uma postura costumeira da maioria das mulheres que eu tinha visto naquele aeroporto, seus olhos eram cor de mel e ela usava uma calça jeans preta, uma bota da mesma cor e um sobretudo de tom marrom-claro. Ela usava um cachecol preto. Estava realmente frio naquele lugar. Fiquei parado por um bom tempo enquanto observava ela. O que foi uma coisa meio vergonhosa.

- Ah, oi, pode perguntar sim. - Eu falei meio sem jeito.

- O que você faz por aqui?

- Hm... Perdão, mas... Eu te conheço? - Eu respondi a ela sem entender exatamente o que estava acontecendo.

- Ah, na verdade não. - Ela disse com um sorriso no rosto. - Mas eu vi que você é jovem e não é daqui... Bem vindo a Paris. - A garota falou e estendeu a mão esperando que eu a apertasse. Eu não deixaria ela ali com a mão estendida, então eu apertei. - Ah, e à propósito, Meu nome é Tina.

- Obrigado! - Eu falei para responder às boas vindas dela, e em seguida retruquei com meu nome. - Eu sou Mark, prazer em conhecê-la.

Enquanto eu estava um pouco distraído, minha mala e minha mochila passavam pela esteira de bagagens, eu pedi licença à Tina e peguei os objetos.

- Espere um momento, - Ela falou quando eu botei as mochilas nas costas. Notou um botton preso nela com o logotipo da universidade para qual eu fui estudar: "Dauphine Université Paris". - Você está indo para a Dauphine? Bom saber que estudaremos juntos! O que você vai cursar?

Naquele momento eu fiquei meio assustado. Era realmente possível algo assim acontecer? Eu mal saí do aeroporto.

- Ah, eu vou cursar TI. E você? - Eu perguntei. Agora só restava ela falar que faria o mesmo curso que eu.

- Ah, poxa, eu vou fazer PhD. - Ela tirou o sorriso do rosto, mas logo o pôs novamente. - Você vai morar já nas casas da universidade ou tem algum conhecido ou uma casa já alugada?

- Vou ficar pela universidade mesmo, e você?

Ela parou, pegou uma mala que passava e falou para irmos andando.

- Eu também vou, Americano! - Tina respondeu minha pergunta e me acompanhou até a saída do aeroporto.

Durante o caminho nós conversamos sobre diversas coisas e ficamos cada vez mais próximos. Eu estava gostando da companhia dela.

O dia se passou, por volta das 16 eu já tinha me arrumado em um quarto, haviam mais dois Parisienses no mesmo quarto que eu, Maxime e Gabriel

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O dia se passou, por volta das 16 eu já tinha me arrumado em um quarto, haviam mais dois Parisienses no mesmo quarto que eu, Maxime e Gabriel. Com o passar do tempo eu percebi que nós três seríamos ótimos amigos.

O tempo foi se passando e as aulas começaram. Como nós três fazíamos o mesmo curso, nós sempre sentávamos um ao lado do outro. Em todos os intervalos eu pude encontrar com Tina. Como já nos conhecíamos, nos juntamos. Eu, Maxime, Gabriel, Tina, Dara e Louise. E estar com eles fazia de mim uma pessoa feliz... Mas meu amor por Tina crescia muito e eu sabia que aquilo poderia destruir toda felicidade que nós tínhamos.

E um dia eu não aguentei mais.

Um dia, eu a convidei para sair. Pedi para que ela me mostrasse como era Paris, principalmente, a Torre Eiffel. E ela aceitou.

Nevava.

Meses antes eu aluguei um carro para quando tivesse ou quisesse sair. E, como era longe, resolvi ir com ele.

Esperei Tina se arrumar. Ela estava linda. E eu percebi uma coisa. Ela utilizava a mesma roupa do primeiro dia em que a conheci, a única diferença era que o cachecol agora era vermelho.

Eu, naquele dia, estava usando um moletom preto com mangas brancas e um capuz, uma calça laranja e botas marrons. Como eu era alto e forte, por causa da genética e dos anos de academia que eu tinha feito, as roupas realçavam o meu corpo. Meu desgrenhado era coberto por uma touca, logo abaixo do capuz do moletom.

E foi lá, logo abaixo da Torre Eiffel que eu virei para Tina e finalmente disse:

- Eu te amo.

A resposta causou um grande impacto em mim. Eu entrei em um êxtase por alguns segundos, ao ouvir ela pronunciar aquelas palavras em resposta:

- Eu também te amo.

Com lágrimas nos olhos de nós dois, eu a puxei, lhe dei um abraço, que logo se tornou um longo beijo de amor e afeto.

E não foi só isso.

Após aquele fato, algumas palavras escapuliram de minha boca, fazendo eu mesmo me assustar ao pronunciá-las.

- Você aceita namorar comigo?

Ela paralisou. Onde eu achei que seria o fim, foi apenas o início.

- Sim.

Uma simples palavra. Um sentimento complexo.

Nosso verdadeiro amor ainda estava prestes a começar.


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