E se o destino fosse apenas um acaso? Nada realmente está predestinado e você pode fazer tudo mudar quando quiser?
Uma história de amor entre um dupla de apaixonados que se conheceram pelo simples fato de traços e idade serem postos à prova. Em um m...
Na semana seguinte, no tempo que tínhamos livre, Tina pediu-me para levar ela em uma ponte que era suspensa sobre o Rio Sena, a Pont des Arts. Eu não sabia o motivo, nem o que aconteceria, mas saberia futuramente que aquela ponte seria um motivo da maior dor e felicidade que eu já senti. Renasceria para morrer naquela ponte.
- O que são todos esses cadeados? - Eu perguntei à minha parceira enquanto observava as grades daquela ponte que estavam totalmente enfeitada por cadeados de diversos tamanhos, modelos, cores, e nomes.
- Mais tarde eu te conto. - Ela me respondeu continuando andando em direção à um banco que havia ali.
Ficamos lá durante a tarde toda. Alguns vendedores passaram vendendo cadeados e alimentos. Diversos casais que passavam por lá compravam cadeados, escreviam alguma coisa e prendiam o cadeado nas grades de proteção da ponte. Eles jogavam as chaves fora.
Ao anoitecer Tina se levantou e me puxou pela mão. Ela ia correndo, desviando de várias pessoas e me puxando, eu não entendia o que estava acontecendo. Até que ela parou.
- Ali! - Ela exclamou, apontando com o dedo por cima de algumas casas.
Quando eu olhei eu pude ver a parte de cima da Torre Eiffel já iluminada. A Torre que começou a minha felicidade.
- Está tão longe... Mesmo assim, tão bonita... - Eu comentei.
- Os cadeados, - Tina começou. - eles fazem parte de uma lenda. Ela diz que o casal que colocar um cadeado com seus nomes preso na grade da ponte e jogar a chave no rio terá um amor eterno. E é para isso que eu trouxe você aqui. Em apenas alguns meses eu me apaixonei por você. E nessa última semana que passamos juntos eu vi que não quero te perder jamais. - Algumas lágrimas se formavam no olho dela, então eu cheguei mais perto e a abracei.
Olhei em volta procurando algum vendedor de cadeado, achei e soltei ela para ir comprar um. Ela não deixou, segurou minha mão, e falou:
- Não precisa. - Ela retirou um cadeado do bolso de sua calça e me entregou. Eu li, "Tina + Mark" estava escrito na parte da frente. "Ne me quitte jamais" estava atrás, significa "nunca me deixe". - Eu não quero te perder. Eu te amo Mark.
- Eu também te amo. - Eu respondi. - Nosso amor não vai acabar, eu sempre te amarei, não importa se é pouco o tempo que nos conhecemos. Você fez meu mundo parar. Venha. - Eu falei, puxando ela para uma das grades da ponte. Lá nós prendemos o cadeado que selou nosso amor. - Eu não quero esperar mais, você é tudo que eu preciso.
Eu percebi que ela não tinha entendido aquelas palavras ainda, mas eu faria ela entender.
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Meses depois, eu consegui arrumar um emprego, e depois de um tempo, já no fim do ano, consegui alugar uma casa fora da universidade. A angústia foi grande na hora de ter que deixar para trás os dois amigos que se tornaram irmãos para mim e se mudar para um lugar longe da faculdade. Mas eu não fui sozinho. Tina aceitou se mudar comigo.
Os dias se tornaram, um mais feliz que o outro. Tina também conseguiu um emprego, e juntos nós conseguimos sobreviver o resto do ano. A nossa casa ficava apenas a alguns metros da Pont des Arts. O ultimo período acabou e nos formamos em nossos cursos.
No dia da formatura houve uma festa. Não comparecemos. Eu levei Tina novamente para a ponte. Andamos de mãos dadas até o ponto onde prendemos nosso cadeado, eu a parei e me declarei:
- Ei. Tenho uma coisa a lhe falar. - Estava de noite. A Torre já estava iluminada estava no início da primavera. Tina me olhou com um rosto de dúvida. Quando eu vi eu terminei a fala. - Desde quando eu te vi, senti que você foi feita para mim. Quando fui me aproximando mais, fui sentindo que você foi feita para mim e minha alegria foi a maior de todas quando soube que você sentia o mesmo. - Eu estava abraçando ela, foi naquele momento que eu a soltei e segurei as mãos delas. - Eu quero que você saiba que eu sempre vou te dar apoio em suas decisões e vou ficar ao seu lado sempre que você quiser. E quando você precisar, pode contar comigo. Eu estarei aqui. Estarei aqui para tudo que você precisar. Se tudo der errado eu vou junto de você para consertar, mesmo que eu não consiga eu darei meu máximo. Eu sempre te amarei.
Finalmente eu me ajoelhei. Tirei uma pequena caixinha do bolso da minha casa e abri em direção a ela. e Então completei, dizendo:
- Tina Lemaire, você me daria a honra de ser minha noiva? - Um anel de noivado dourado com uma pequena pedra de esmeralda estava dentro da caixinha quadrada.
Ela ficou congelada. Não sabia o que responder. Algumas pessoas que passavam por lá pararam para observar a cena. Tina ficou parada por segundos que se pareceram horas, e finalmente disse:
- Sim. Mark Adams, sim. Sim! - Ela disse pulando com lágrimas nos olhos. Eu pus o anel no dedo anelar dela e me levantei, dando um beijo nela. Algumas pessoas aplaudiram e desejaram felicitações.
