Capítulo 50

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Jack Gilinsky

Paguei a pizza que comprei e entrei rapidamente no carro. Eu já estava na pizzaria quando Alessandra mandou a mensagem no grupo, então decidi realmente levar pizza.

Liguei o carro e comecei a dirigir em direção a casa de Johnson, que ficava apenas dez minutos de carro.

Assim que chego na casa, entro sem ao menos pedir permissão e vou até a sala procurando por Alessandra.

– Ela está no quarto dela – Johnson diz assim que me cumprimenta. 

Subo as escadas e caminho rapidamente em direção ao quarto dela por dois motivos: estou preocupado com ela e a pizza está queimando minhas mãos.

– Alessandra? – digo assim que entro no quarto e vejo que ela está deitada na cama e com algumas lágrimas nos olhos. – O que aconteceu, anjo?

Caminho até ela e deixo a pizza em cima da escrivaninha, me deitando ao seu lado em seguida.

– Você veio! E realmente trouxe pizza! – ela diz dando uma risada fraca, e isso me deixa mais preocupado ainda.

– É claro que vim, estou preocupado contigo – digo a olhando e ela acaba sorrindo, porém não é o seu sorriso de sempre.

– Eu estou assim porque terminei definitivamente minha amizade com Louise – ela diz e vejo que mais lágrimas rolam por seu rosto, e eu as limpo imediatamente.

– Eu sinto muito! – digo com meu tom de voz calmo, fazendo carinhos leves em seu rosto. – Eu sei que vocês tinham uma amizade forte, vocês eram muito ligadas, mas talvez tenha sido para melhor. Pelo pouco que tempo que conheci vocês, percebi tudo isso, mas percebi também a atitude infantil que ela tinha.

Ela concorda com a cabeça e senta na cama, enxugando as lágrimas e arrumando o cabelo.

– A briga que tivemos aqui não foi a primeira, mas eu resolvi dar um basta nisso, sabe? Eu gostava muito da amizade que tínhamos, mas as brigas só desgastavam, e acabou se tornando uma amizade tóxica, e eu não sei se aguentaria mais.

Ela diz e eu olho em seus olhos em cada palavra que ela diz, concordando com a cabeça de vez em quando.

– Você tomou a melhor decisão que podia. Não é certo as duas insistirem numa amizade que cada vez mais ia se desgastando, só ia piorar a cada dia que passasse. Não fique triste, anjo, foi melhor para vocês duas.

Ela me abraça e eu a abraço de volta, tentando transmitir paz e segurança através deste abraço.

Depois de alguns segundos abraçados, ela se afasta porém não muito, pois consigo sentir a respiração dela bater em meu rosto. 

Lentamente, levanto minha mão e encosto em seu rosto, fazendo carinhos novamente e isso a faz fechar os olhos. Passaram segundos e ela os abriu novamente, e desta vez não carregava tristeza. Carregava paixão.

E então eu a beijei. A puxei para mais perto pela cintura e ela segurou meu rosto, retribuindo o beijo e o aprofundando.

Por um momento eu pensei em estar em outro lugar. Um lugar calmo e maravilhoso, onde há apenas Alessandra e eu.

Sinto meus músculos relaxarem, minha mente esvaziar e Alessandra chegar mais perto, e então apenas aproveito o momento como se fosse o último de minha vida.

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