Quando um estranho chama

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-Harvey, graças a Deus. -Ela atendeu no primeiro toque. Ela estava com o celular na mão esperando notícias.

...

Depois de tranquilizar sua mãe e a atualizar de tudo o que aconteceu ela logo chegou ao hospital. Lily chorou ao ve-lo bem e o abraçou, Donna ainda dormia. Harvey a fez sair do quarto, não queria que Donna acordasse com sua mãe chorando ali, isso a deixaria nervosa. Tirando que daqui a pouco ela teria que acordar para fazer o ultrassom.

Lily ja mais calma foi até a cantina do hospital, queria comprar um café. Acabou encontrando um policial ali.

-Como ela está? -ele perguntou se aproximando, Lily logo o associou a ser algum colega de trabalho do departamento.

-Está melhor, se recuperando graças a Deus. -ela respondeu pagando o cardápio de café. -Foi um milagre ela ainda estar viva pelo que meu filho me disse.

-Realmente é uma coisa muita trágica de se acontecer, -O homem falou bebendo seu café. -E os bebes? Imagino que estão bem, não?

-Como eu disse, foi um milagre. -Lily sorria lendo o cardápio, agradecia a cada momento nada de ruim ter acontecido -Donna é forte e meus netinhos estão bem.

-Fico feliz, eu ia vê-los mas tenho que voltar ao trabalho. -ele sorriu. Lily o achou simpático, ela pediu os cafés. -Pode mandar lembranças por mim? Diga que estou imensamente feliz por todos estarem bem.

-Claro, -Lily pagou pelo seu café, não olhava muito para ele, estava concentrada em não derrubar suas xícaras. Ia levar uma para Harvey.

-As vezes erramos, mas -ela não notou que ele tinha se aproximando tanto a ponto de falar perto de seu ouvido. Ela franziu o cenho com a aproximação -no fim eu sempre acerto.

Lily congelou enquanto o homem se afastava, todos os pelos de seu corpo se arrepiaram. Aquele homem, o moço simpático que estava preocupado com a saúde de sua nora era na verdade o atirador.

Lily voltou apressado para o quarto e quando estava chegando viu uma policial conversando com outros agentes. Ela correu para lá.

-Senhora está tudo bem? -Lily tremia tanto que o café estava pingando no chão. A mulher pegou as xícaras da mão dela e deu a um dos homens ali e a conduziu até um banco. -Respira fundo. Sou a Sargento Jéssica Pearson, quer me contar alguma coisa?

-Ele... ele.... o atirador, -Lily tentava dizer, mas estava nervosa de mais. Jéssica ficou em alerta com a palavra atirador. E mandou seus homens dar uma olhada no local. -Ele... ele disse que sempre acerta... -Lily começou a chorar em desespero.

-Onde ele disse isso? - Jéssica ja estava com o rádio na mão alerta.

-Na cantina, -Ela tentava se concentrar e contar tudo -Ele apareceu perguntando se Donna estava bem, e eu disse que sim.

-Atenção unidade -ela falava com o rádio ja tinha se levantado -Suspeito número um. Faremos uma varredura no hospital, ninguém entra ou sai sem eu ficar sabendo. Vamos passar o pente fino, quero o Louis e o Benjamin nas câmeras de segurança. Vamos pegar esse desgraçado.

Lily limpava seus olhos com as mãos, precisava contar a eles que o atirador estava no prédio.

-Ouça, Donna não pode ficar sabendo. -Lily a encarou sem entender -O estado dela é grave, ela não pode ficar nervosa agora. Nós vamos pega-lo, você pode contar ao Harvey e o atualizar do caso? -Lily fez que sim com a cabeça, respirando fundo. -Ótimo, nos vamos proteger essas crianças.

Lily passava a conversa que teve com o atirador, tentava e tentava, mas não conseguia se lembrar de como era seu rosto. Porem algo em sua voz lhe era familiar.

Ela voltou para o quarto e Donna estava acordada.

-Ah minha querida. -Lily correu para abraça-la, voltou a chorar pensando na ameaça do atirador e a apertou mais forte.

Donna fungou sentindo a leve ardência em seu braço.

-Mãe cuidado -Harvey segurou levemente o braço de sua mãe. -Donna está com um ferimento no braço.

Lily a soltou enxugando as lágrimas e abraçou seu filho.

-Está tudo bem Lily -Donna a tranquilizou segurando sua mão, e passou a fazer carinho com o polegar na mão dela. -Estamos bem ta?

O jeito de Donna falar, fez seu coração se apertar. Harvey abraçava sua mãe a confortando.

Donna notando que Lily ainda estava nervosa pegou a mão da sogra e colocou gentilmente sobre sua barriga.

-Estamos aqui vovó. -Lily sorriu acariciando a barriga dela, e também apertava Harvey em seu abraço. Queria contar logo a ele que eles corriam perigo, mas não se sentiu no direito de estragar aquele momento. Esperaria até Donna ir fazer a ultrassom para falar com seu filho. Ele por sua vez ja tinha notado que sua mãe estava mais nervosa depois que voltou e sabia que algo estava errado.

O médico chegou pouco depois anunciando sua chegada com um toc toc. Ele entrou pegando a comanda no pé da cama dela.

-Como a mamãe está se sentindo? -ele perguntou lendo algumas anotações, pelas suas expressões faciais estava tudo indo bem. -Alguma dor, desconforto, fome?

-Talvez um pouco da última opção. -Ela falou sorrindo. Tentava se mostrar forte, mas estava morrendo de medo.

Harvey segurava a mão dela tentando lhe passar forças.

-Faremos um ultrassom agora para ver como estamos, -Donna assentiu apertando a mão de Harvey. -Vou pedir a enfermeira para trazer uma cadeira de rodas, volto num instante.

Ele saiu para chamar uma enfermeira, e logo voltou com a cadeira e Lily sabia que tinha que falar com ele agora. Precisava alerta-lo.

Harvey colocou Donna sentada na cadeira, era arriscado ela andar agora. Por ainda ser muito recente e qualquer coisa podia resultar em um novo sangramento, repouso absoluto.

-Harvey, espera... -Ela aproveitou a deixa que estavam saindo do quarto e ela teria que ficar na sala de espera para falar.

-O que está acontecendo? -Ele perguntou olhando para onde Donna estava. Ela conversava com o médico com as mãos apoiadas na barriga.

-Vocês precisam ter cuidado, o atirador... ele está aqui, -Harvey ouvia sua mãe atentamente sem perder Donna de vista -A sargento ja esta tomando providências disse que Donna não pode saber por conta de sua situação. -Ela omitiu a parte em que o atirador tinha falado com ela.

-Como sabem que ele está aqui?

-Ele falou com alguém, -Ela se limitou a dizer -vocês precisam ter cuidado, promete pra mim Harvey.

Harvey desviou o olhar para ela e a abraçou a tranquilizando.

-Eu prometo que nada de ruim vai acontecer.

DonnaOnde histórias criam vida. Descubra agora