Amor Desajeitado (Romance Gay)

Capítulo 02

Pov. Alison

Eu fiquei muito surpreso quando o homem com quem meu pai tinha conversando de manhã, apareceu na minha frente me convidando para uma dança, a maioria dos caras passavam longe de mim.

Quando fomos para o centro do salão, vários olhares nos seguiram e começamos a dançar, mais em menos de dois minutos acabei pisando no pé dele.

- Sinto muito - falei depois te ter pisado no pé dele.

- Tudo bem - disse com um sorrisinho pequeno, quase imperceptível.

Continuamos a dançar e pesei novamente no pé dele.

- Sinto muito - pedi de novo e continuamos a dançar, mais quando pisei de novo, já estava pensando que ele ia me dispensar como todos os outros que me convidavam para dançar, mais para minha surpresa ele continuou dançando comigo até o final da música.

- Obrigado pela dança - ele disse se curvando e eu fiz o mesmo e nos separamos, cada um indo para o seu lado, eu voltei para o lado do meu melhor amigo que era também o irmão do anfitrião.

- Não acredito que você dançou com o Edward Walker?!

- Quem? - perguntou meio confuso.

- O homem mais cobiçado de Londres - o Alfred disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- O filho do banqueiro que faleceu?! - perguntei me levantando que ele tinha comentado algo do tipo a algum tempo atrás.

- Ele mesmo, vê, já tem moças indo pedir uma dança com ele - disse olhando para a direção que ele estava e realmente tinha uma moça e dois rapazes indo falar com ele.

Ele pegou um dos rapazes para dançar e o Alfred também foi convidado para uma dança, então acabei ficando sozinho e derrubando mais um copo no chão.

- Sinto muito! - falei me abaixando para ajudar o garçom a tirar os cacos de vidro do chão.

- Está tudo bem senhor, não precisa ajudar - concordei me levantando, depois que ajudei ele pelo menos um pouco.

Fiquei em um canto esperando o Alfred acabar de dançar, mais assim que ele acabou a dança, um outro já chamou ele para dançar também, com certeza daqui a algum tempo, ele estaria de casamento marcado.

- Você vem muito nesses bailes? - tomei um pequeno susto quando o Edward disse comigo de repente, eu não tinha visto ele se aproximando.

- Sim! Como representante do meu pai, eu sempre tenho que vim em todos os bailes dado - falei meio envergonhado, mais sorrindo.

- Quer comer algo? - perguntou apontando com a cabeça para a mesa de petiscos.

- Sim, por favor - falei e fomos até a mesa e ele mesmo pegou as coisas para mim, antes de pegar para ele mesmo - Obrigado!

Começamos a conversar sobre algumas banalidades até que algumas moças e rapazes nos interruperam, eu saí deixando espaço para ele poder conversar com eles.

Depois acabei ficando só mais uns dez minutos antes de me despedir do irmão do Alfred.

Como eu não tinha nenhuma acompanhante para ficar comigo nos bailes, ia mais cedo para casa.

- Cheguei papai - falei entrando em casa e vendo meu pai sentado na poltrona da sala de estar.

- Bem vindo filho, como foi o baile? - ele me perguntou enquanto eu me sentava no sofá na frente dele.

- Como todos os outros - falei sorrindo pequeno.

- Entendo - disse com um sorriso pequeno.

- Sinto muito papai - falei, eu sabia que provavelmente ele devia estar muito envergonhado por ter um filho que ainda não estava casado com a minha idade.

- Você não tem que se desculpar de nada, eles que não conseguem ver a pessoa maravilhosa que você é

- Obrigado papai... Provavelmente a Amélia te dará netos lindos - falei sorrindo me referindo a minha irmã mais novo, ela agora estava estudando em um colégio interno só para garotas.

- Tenho certeza que sim, mais também verei os seus - disse sorrindo cansado para mim e eu retribui o sorriso dele, ajudando ele a subir as escadas para o quarto e também me retirando para o meu.

Me troquei quando entrei no meu quarto e fechei a porta.

- No meu quarto não tinha mais nada de vidro, somente um espelho, já que eu tinha quebrado tudo, acidentalmente.

Depois que me troquei, fui para a cama me deitar e acabei pensando no Edward, ele era uma pessoa muito gentil, mais associei isto por que ele não me conhecia, senão, seria igual aos outros.

Dormi e só acordei no dia seguinte, com a empregada batendo na porta, ela já era uma senhora bem velha então só pedíamos para ela fazer nossas refeições.

Mesmo que meu pai não falasse nada, eu sabia que estávamos com problemas financeiros e o único dinheiro que ele tinha ainda, eram os dotes meu e da minha irmã.

Mesmo eu querendo falar que podia usar o meu, eu sabia que ele não iria querer, alegando que aquele dinheiro era meu até eu me casar.

Me troquei e fui para a cozinha, onde meu pai já estava esperando.

Comemos com a gente conversando trivialidades.

Quando acabamos, eu fui para a sala tricotar um pouco.

Fiquei tentando por duas horas até o Alfred apareceu e me chamar para passear um pouco pela cidade. 

Enquanto passeavamos, paramos em uma lanchonete para comer alguma coisa quando acabamos esbarrando com alguém.

- Senhor Edward - eu e o Alfred falamos juntos formalmente.

- Prazer em vê-lo novamente senhor Alison e você também senhor Alfred - o Edward disse também formalmente - Então passeando sozinhos?

- Viemos andar um pouco pela cidade - o Alfred disse ainda mantendo a formalidade.

- Mudou muito coisa deste que morei aqui - o Edward falou enquanto pegavamos o nosso lanche no balcão.

Mais não deu dois minutos que peguei o prato para ele cair no chão.

- Você está bem? - o Edward perguntou assim que o prato caiu no chão, se aproximando de mim e me analisando.

- Sim, isto acontece muito comigo - falei sorrindo envergonhado pegando os cacos de vidro no chão, ansioso, logo um funcionário veio limpar também.

- Foi um prazer revê-los senhores - o Edward disse beijando nossas mãos e se despedindo.

Por um momento eu senti como se nossos olhos tivessem nos encontrando, mais provavelmente tinha sido só minha imaginação.

Depois eu e o Alfred nos separamos cada um indo para a sua casa.

Continua.....