c a p i t u l o - 2

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Katerine narrando.

- Como é seu nome? - você disse me olhando. E, meu Deus, Kelerman, como você é lindo. Teus olhos pareciam com órbitas negras, e me absorveu de uma forma que eu sabia que jamais iria me devolver.
Eu não queria, eu não podia dar o gosto de ser mais uma na sua lista de conquistas.
Você é o tipo de cara que vangloria por cada fim de noite com alguma mulher. Metade do meu corpo já queria se entregar naquele mesmo instante que você perguntou apenas o meu nome. Então cuspi palavras.
- Sabrina. - disse.
-Kat, vai demorar muito aí? - disse Cloe se aproximando.
- Kat ou Sabrina? Eu sou Kelerman. - você disse com aquele sorriso debochado.
Bufei e entrei dentro do banheiro, pois ainda bem que chegou a minha vez. Pois eu não me lembro da última vez que eu pareci um pimentão.
E advinha, Kelerman? Quando eu saí do banheiro, você já estava dando outra flertada no balcão de bebidas. E naquele instante eu percebi o quanto de longe você não valia à pena. Então imagina de perto.

- Por que você falou que se chamava Sabrina pro gato de blusa cinza, Kat? Você é maluca? - perguntou Cloe.
- Olha pra ele. Ele quer apenas acrescentar outro beijo na conta ou até mesmo um sexo casual. E eu não quero nada disso. - respondi te olhando flertar aquela loira com corpão.

Sabe, Kelerman, de todos os defeitos que você tinha, um deles até era uma qualidade, sua insistência. Eu achei que nunca mais viria até mim depois de eu mentir meu nome. Mas você veio. Com uma caneta em uma mão, e na outra um cigarro.

- Kat Sabrina, você pode decidir em me ligar ou fumar esse cigarro onde meu número está anotado. - Seus olhos me penetravam totalmente e eu queria guardar aquele momento em minha memória pro resto de meus dias.
Você saiu andando, sem olhar pra trás. Era confiante demais, Kelerman. Você achou que poderia me ter nas mãos, e adivinha? Cê teve.

- Eu não acredito nisso! - Sofí exclamou.
- Nem eu acredito, me dá um isqueiro. - disse confiante.
- Não, me dá essa merda que você não vai fumar esse cigarro. - Lana pegou o cigarro que você me deu e guardou na bolsa - Para de ser boba. Ele está na sua, e você está na dele mas não quer assumir.
- Ah, e como pode ter tanta certeza? Lana, é só um bar cheio de caras desse mesmo tipo. - respondi.
- Ué, e você não pode dar só uns beijinhos? - Perguntou Cloe.
- Eu quero outra cerveja. - disse chamando o garçom.

Eu te vi indo embora, e eu não queria que fosse. Mesmo que fosse ridículo de se dizer, eu queria que tivesse enchido meu saco só mais um pouco. Mas você foi e eu tinha duas coisas nas mãos: seu número, e meu orgulho.

O Dono dos 7 (a)maresOnde histórias criam vida. Descubra agora