Capitulo 07

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Capítulo 07

-- Que merda você acha que está fazendo ?( pergunto tentando me desvencilhar dele)
Sem me soltar ele diz furioso :
-- Você tem idéia do tanto de coisas que passaram pela minha cabeça quando sai do banheiro e não te vi ali? (Ao falar isso ele me solta e passa as mãos pelo cabelo.)
Coloco a cabeça para pensar, sim posso ter deixado ele preocupado,  mas foi melhor do que ouvir aqueles sermões chatos dele,  ao se virar e ver que eu ainda continuava no mesmo lugar e sem responder ele volta a me questionar.
-- Porque fez aquilo Ana Clara? ( ele volta a ficar próximo a min)
Respiro fundo e digo:
-- Para evitar seu texto de desapegado,  e ter que me sentir mal depois.
Ele balança a cabeça em negativa,  cruza os braços por cima de uma blusa polo preta e diz:
-- Você se sentiu mal?
-- Da primeira vez sim,  ontem não,  porque evitei a situação! ( digo baixo)
-- Você está vendo o porque evitei?  Justamente por isso! 
-- Mas eu só me senti mal quando você  me tratou como uma qualquer, o sexo em si foi maravilhoso. ( falo ainda mais baixo) então ele alisa meu rosto e diz:
-- Desde quando te vi,  tive vontade,  mas depois do que você me disse agora eu não acho justo fazer isso com você,  é  meu jeito e eu não estou disposto nem afim de mudar.
-- Entendo.( suspiro)
-- Você é tão linda, quase irresistível,  mas não é certo. ( ele fala me fitando)  o azul do seu olho na claridade fica ainda mais intenso,  com medo de sua resposta eu pergunto:
-- E o que você quer dizer com isso? 
Ele anda de um lado para o outro e declara.
-- Melhor parar,  antes que fique mais intenso.
Parar?  Mas não começamos nada,  na verdade não tivemos tempo de curtir para ter que parar.
-- E se eu disser que eu não quero? ( digo tímida)  ele se aproxima de min e diz:
-- Você pode até dizer,  mas não pode forçar,  é melhor para você assim!
Decidida a não querer que ele pare eu insisto.
-- Posso ser persuasiva quando quero.. ( dou um sorriso) 
-- Eu sei que pode.
E então ele se aproxima e encosta seus lábios no meu..
-- Aninhaaaaaa.. ( minha avó grita) 
Tomo um susto e empurro ele.
-- Sua avó é engraçada. ( ele diz sorrindo)  mas é um sorriso de verdade sem sarcasmo,  sem malícia,  e eu suspiro por esse sorriso.
-- Vamos entrar,  antes que ela venha nos buscar.
Dessa vez sou eu quem o beija o pegando desprevinido..
-- Ah menina.. ( ele diz enquanto entramos)
-- Gostou da arvore de acerola? ( minha avó pergunta para Rodrigo)  acerola ? Mas não temos pé de acerola aqui,  e que ver que ele vai cair no teste da minha avó.
-- Sim,  ela é bem bonita. ( ele diz tentando parecer simpático)  babaca. Tão esperto para umas coisas e tão lesado para outras.
-- Aguardo uma próxima visita e farei um suco para você de Acerola. (Ela fala sorrindo) 
-- Será um prazer. ( ele diz achando que está abafando)  e eu acabo sorrindo também,  essa velhinha não é boba não,   agora é só aguardar as perguntas dela quando ele for embora.
Levo Rodrigo até o portão que diz:
-- Te aguardo segunda-feira,  leve roupa extra e avise a Sra Geralda que você irá fazer hora extra. ( ele diz e logo entra no carro sem me deixar perguntar nada)  ele arranca com seu carro e se vai,  enquanto eu fico encostada no portaozinho com a ansiedade que já me domina desde ja.
Entro e mal piso na sala e minha avó já começa.
-- Desde quando Ana Clara? 
Engulo seco,  e faço a desentendida.
-- Desde quando o que vó?!
-- Desde quando está rolando algo entre vocês?! 
-- Desde nunca ué.. (Vou para cozinha pegar meu café)
-- Olha sua vó é velha,  mas já teve sua idade,  eu conheço olhares, eu senti o clima,  e aqui em casa não tem pé de acerola,  então ver os frutos vocês não foram.
Como nunca consegui esconder nada da minha vó decido falar só o básico claro.
-- Vó,  desde o primeiro dia que eu vi ele,  eu fiquei mexida, mas jamais imaginei que ele me notaria, talvez seja só aquela situação de empregada e chefe, nada sério, não se preocupe com isso.
-- Eu só peço para que tome cuidado, ele é um homem muito bonito, porém mais experiente,  você ainda uma menina descobrindo os prazeres da vida, você está pisando em cascas de ovos,  eu não vou te proibir nem te dizer o quão errado isso pode ser,  mas vou te aconselhar para que vá com calma, e nunca esqueça que antes de ser um pão de homem ele é seu chefe.
Sorrio, tenho ou não tenho a melhor avó do mundo, parece que tirei um peso das minhas costas.
-- Eu te amo. (Digo)
-- E eu não quero ser bisavô em, então sua injeção está em dia? ( ela pergunta apontando um dedo para min)
-- Vó.. ( eu digo sem Graça) 
-- Ana Clara,  se já não aconteceu com ele, uma hora vai acontecer, eu sei disso, então se previna.
-- Está em dia!
-- Ótimo, então aproveite a vida, mas não esqueça as excessões importantes.
-- Deixa comigo.
Passei o resto do sábado deitada pensando em supostas situações que ele estará planejando para segunda-feira , e claro não cheguei a nenhuma conclusão, como eu ja havia dito o homem e imprevisível,  pensei mas pensei tanto que acabei dormindo .
Domingo cedo fui a feira no bairro vizinho comprar alguns legumes e fui abordada por uma cigana que pediu para ler minhas mãos, 
-- Eu não acredito nessas coisas. ( eu disse a ela )  ela me deu um sorriso e então sugeriu que eu pegasse uma carta,  ele tinha sete em mãos,  revirei os olhos e escolhi uma avulsa, o que quero é fazer minha feirinha em paz.
Ela olha a carta dá um sorriso e diz:
-- Moça, você terá que ser persistente para quebrar um muro e então encontrar sua felicidade, mas antes disso passará por um momento qual te deixará sem energia, mas veja essa carta é um valete,  e será ele que irá te reerguer.
Meu corpo todo se arrepia com o que essa cigana diz,  tiro uma nota de 20 reais e dou a ela e saio de perto o mais rápido possível, não quero ficar com isso em mente,  eu sou sismada,  e se eu ficar encucada não me fará bem.
No decorrer no dia acabo esquecendo o que a cigana me disse,  me empolgo com o almoço e com o filme que passa na televisão na parte da tarde,  já a noite antes de dormir digo a minha avó :
-- Ele me pediu para levar roupa extra amanhã. ( falo sem graça)
-- E você sabe o porque? ( ela pergunta alisando meu cabelo já que estou deitada com a cabeça em seu colo) 
-- Ainda não,  na verdade não faço a mínima idéia,  Rodrigo é um cara imprevisível.
-- Mais um motivo para você tomar cuidado, não com ele,  mas com a intensidade dos acontecimentos .
-- Sim,  como sempre muito sábia minha vó.
Antes de dormir arrumo minha bolsa do serviço, coloco o uniforme,  duas calcinhas uma calça jeans e uma blusa  de paninho fino um salto não muito alto e um casaco jeans da cor da calça.
Pego meu celular e vou nas ligações e lá está registrado o número do Rodrigo, penso duas vezes antes de anotar, mas anoto assim mesmo, uma funcionária tem que ter o número do seu chefe não é mesmo?!  Digo tentando me enganar,  salvo o contato como Poderoso Chefão,  se ele ver isso vai surtar..
Adormeço feito um anjinho e sonho com ele claro.
05:00 horas da manhã o implacável e insuportável despertador me tira do meu sonho erótico,  mas hoje eu não acordo mal humorada,  muito pelo contrário acordo com toda animação que existe em min,  tomo banho cantarolando, coloco uma calça legging uma blusa branca meu tênis um rabo de cavalo e desço para tomar café  ..
-- Bom dia vozinha,  sua benção. ( digo enquanto beijo sua bochecha enrugada ).
-- Bom dia Clarinha. ( ela diz enquanto passa o café )
-- Você não precisa de acordar todos os dias nesse horário só para me Fazer café .
Ela da uma gargalhada.
-- Minha filha, vovó dorme e acorda com as galinhas independente de você ir trabalhar ou não , é minha rotina.
-- Olha olha em dona Geralda .
-- Sente-se para comer.
Tomo o café enquanto papeamos um pouco, no meu horário de ir, ela me acompanha até o portão e diz:
-- Aproveite e juízo.
Sorrio e jogo beijos para ela e ando até o ponto de ônibus mas sou surpreendida por Osvaldo.
-- Bom dia muleca,  aceita uma carona? ( ele diz sorridente)  fico pensando se essa carona é coincidência ou proposital,  se bem que ele não mandaria Osvaldo aqui hoje somente para me buscar fala sério .
-- Ligue o som Osvaldo,  vamos aproveitar enquanto podemos. ( digo já dentro do carro) 
Tento pescar dele o porque dele está aqui no meu bairro a essa hora,  e ele disse que foi deixar a esposa no médico na Vila,  e acabou passando por aqui por saber que eu moro próximo e me dá uma carona,  desculpinha fuleira mas eu acabo relevando.
-- Como será que está o humor do coração de pedra hoje? ( falo rindo)
-- Espero que bom,  hoje Vera e você voltam e Georgia já está la, ver todos seus funcionários trabalhando acho que é algo que o deixa feliz.
Dou gargalhadas.
-- É verdade,  ele adora nos dá ordem e nos ver acatando cada uma delas.
-- Como se você fizesse isso né muleca? ( ele diz também sorrindo) 
Dou de ombros.
-- Nem tudo é perfeito Osvaldinho..
Entro no castelo preto e vou direto para a cozinha e já encontro Verinha fazendo o café..
-- Verinhaaaa.. ( falo empolgada )
-- Minha menininha, que saudades .
Nos abraçamos,  e logo Geórgia entra ela não é muito de demonstrar afeto,  deve ser a conivência com o Rodrigo,  mas eu abraço ela assim mesmo,  estava sentindo saudades dela também .
-- Você leva o café do Senhor  Bittencourt? ( Verinha pergunta)
Quando estou para dizer que sim,  Geórgia intervém.
-- Pode deixar que eu levo,  ele me pediu que levasse.
Dou de ombros, mas acho estranho, ele sempre me pede para levar , mas tudo bem.
-- O que faremos hoje de almoço e janta? ( pergunto )
-- Rodrigo veio aqui assim que cheguei e disse que não quer janta,  que terá visita, só almoço.
Visita?  Ué, não foi isso que ele me disse.
Abro a geladeira e acho um peixe,  coloco ele para descongelar.
-- Vamos fazer uma peixada o que acha?  ( pergunto a Verinha)
-- Peixada?  Não sei se o Sr Bittencourt irá gostar. ( ela fala receosa.)
-- Só saberemos se fizermos.
Volto para a geladeira e armário para procurar o resto dos ingredientes,  e por sorte acho até um pacote de camarão congelados,  sobrou do dia do jantar que eu fiz para ele e seus amigos imbecis.
Sento na mesa e começo adiantar o que posso do almoço,  enquanto Verinha está organizando o armário,  pego meu celular coloco no spotify e deixo tocar músicas aleatórias , não é possível que depois do que tivemos ele vai implicar com isso.
são 10:30 da manhã e até agora ele não deu o ar da graça, nem sua voz eu ouvi ainda, estou ansiosa para revê-lo,  com o peixe já temperado coloco ele no fogo e fico a pensar se ele vai querer beber um vinho no almoço ou um suco,  uma ótima desculpa para procurá-lo e ir perguntar.
Saio da cozinha e encontro Georgia na sala.
-- Onde está indo? ( ela pergunta).
-- Ver se Rodrigo vai querer suco água ou vinho no almoço .
-- Deixa que eu faço isso, ele está estranho hoje,  e como te conheço é capaz de vocês arrumarem uma discussão boba por causa de bebida.
( ela diz mais uma vez me barrando) 
-- Mais..
-- Sem mais hoje Ana Clara.
Bufo e volto batendo os pés para a cozinha .
-- O que foi Clara? ( Vera pergunta)
-- Não sei direito,  mas parece que Geórgia está evitando que eu encontre o Rodrigo hoje.
-- E você está irritada por isso?  Deveria está agradecendo. ( ela fala rindo)  é porque vocês não conheceram ele como eu conheci, se não iam querer ver ele a toda hora,  penso comigo.
Capricho no almoço .
-- Ele vai querer água. (GEORGIA diz assim que entra na cozinha ) 
-- OK.
-- E vai almoçar em seu escritório,  ele pediu para avisar.
Pronto foi o que faltava para me irritar .
-- Desde quando você virou porta recados dele?  Ele não tem boca para poder pedir nao? Eu em que situação irritante. ( como sempre falo demais)  a sensação que tenho é que ele está a me evitar.
-- Assim como você, eu cumpro ordens dele,  ele pediu e eu apenas repassei.
-- E ele pediu também para que você levasse a comida?  ( falo com sarcasmo )
-- Menina esperta você. ( ela diz zombando )
A vontade que tenho é de colocar um lactopurga na comida dele e da Geórgia, mas contenho minha mente diabólica , tenho amor a minha vida e preciso de dinheiro.
Arrumo o prato dele e dou a Georgia para levar.
-- O que está acontecendo?  ( Verinha pergunta enquanto almoçamos)
-- Em relação a que? ( pergunto) 
-- Sinto que está incomodada por Rodrigo não ter te solicitado hoje.
Respiro fundo e digo:
-- Acostumei com ele no meu pé,  e agora vê-lo me evitando é irrtante. ( bufo)
-- Ele não está a evitar,  apenas ocupado  , não são todos os dias que ele aparece,  para você ter ideia, tem dias que eu nem o vejo. Georgia é a única que o vê todos os dias, por ter mais confiança nela e por ela está a parte de seus compromissos, nós somos apenas funcionários, entenda isso e agradeça as vezes é bom não ter que lidar com o mal humor dele .
-- Você está certa. ( decido não ir além nesse assunto)  mas se ela tivesse ouvido o que ele me disse em minha casa no sábado , ou soubesse de nossa situação talvez me entenderia.
A peixada ficou deliciosa,  espero que ele também tenha gostado, arrumo a cozinha com cara de bunda.
Na parte da tarde Vera faz uns paozinhos caseiros para ele tomar café e eu ajudo para aprender a receita , e até o presente momento nada dele aparecer.
-- Veja essa lista são coisas que precisam para a cozinha,  tanto de aliemntos quanto para limpeza. ( Geórgia diz)  fico observando ela e volto a limpar a mesa.
-- Ana Clara, Rodrigo pediu para que fosse ao mercado com Osvaldo comprar as coisas dessa lista.
Sabia que de alguma forma iria sobrar para min,  ele quer me manter distante de qualquer forma, e eu acabo que entendo seu recado,  na certa ele não quer mais a "hora extra" e não quer dizer,  por isso está a me evitar,  ele é um frouxo,  bunda mole.
Vamos ao mercado,  e demoramos demais o mercado estava cheio, as caixas lentas demais,  tudo favorecendo para que eu fique com um péssimo humor.
Cansada, suada, com os pés doendo voltamos para a casa do senhor das trevas, Organizo as coisas na cozinha e nem me dou conta que ja passou de 17 horas,  e que Verinha não está mais aqui,  e pelo visto nem Geórgia , porque a mandante do MIB hoje está macunada com ele,  tão chata quanto.
Osvaldo está no quintal, lá tem um quartinho que eu descobri a pouco tempo onde ele fica esperando ser solicitado.
Após organizar ingredientes em conserva, enlatados, produtos de limpeza e algumas carnes na geladeira estou pronta para poder ir embora.
Pego minha bolsa de colo e a outra onde trouxe minha roupa atoa e vou até o banheiro me trocar , passo pelo corredor onde fica seu escritório e está trancado, mas tem uma luz acesa,  ou seja ele está la trancafiado , passo em frente a porta e mostro o dedo do meio como se fosse para ele e sigo para o banheiro.
Solto meus cabelos, visto a calça e a blusa,  calço meu tênis, lavo as mãos o rosto,  seco em uma toalha onde tem seu cheiro, e saio do banheiro batendo os pés, não acredito que aquele filho da mãe não vai mesmo aparecer nem para falar,  " oi otária,  te enganei lindamente e sua hora extra era no mercado com OSVALDO" por um segundo imagino Osvaldo em uma situação íntima,  misericordia, não quero pensar nisso nao, como já aceitei que ele irá aparecer pego meu celular , coloco uma música e o fone no ouvido,  passo pela sala vou até a cozinha bebo um copo de água e vejo que a porta aqui está trancada, Osvaldo deve ter fechado achando que eu ja tinha ido embora, volto para a sala e quando chego lá tenho o vislumbre dele vestido com uma calça social preta, uma blusa preta social por dentro da calça,  os três botões aberto com um cordão dourado fino dando todo o charme nele, as mãos no bolso da calça, um pé na parede e um sorriso presunçoso no rosto,  travo no meio do caminho, e então com uma voz sombria e sedutora ele diz :
-- Estava ansiosa para me ver? 
Não consigo responder,  filho da mãe,  como ele consegue fazer isso  ? Parece hipnose , toda vez que ele lança esse olhar e abre essa maldita boca eu fico paralisada, e aquela raiva toda que senti durante o dia todo dá lugar para um desejo e uma ansiedade de tê-lo ,primeiro tenho vontade de bater nele, e só depois me entregar a esse espetáculo que saiu direto da revista G masculine e foi posto na minha frente , mas como não sou fácil,  decido não responder e não da ideia para ele, com minhas pernas travando e trêmulas eu caminho até a porta de saída da sala,  ele está encostado ao lado dela,  chego próximo e ele avança em min feito um bicho feroz,  me encosta na parede  , pega minha mão segura meu dedo do meio e diz.
-- Você é tão bonita, não deveria mostrar o dedo do meio para uma porta.
Meu rosto qurima de vergonha,  queria que abrisse um buraco no chão para me enfiar.
-- A próxima vez que mostrar esse seu dedo do meio, vou te ensinar com o meu próprio dedo que ele possui utilidades melhores do que essa!!

MEU CORAÇÃO NÃO AGUENTA NÃO,  FOQUEM NESSE OLHAR GENTE.  DEUS ME DEFENDERAY!! 

  DEUS ME DEFENDERAY!! 

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Escrava do DesejoWhere stories live. Discover now