O espinhos entre as flores

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Mais um dia chegava ao fim, Otabek começava os preparativos para fechar sua pequena loja de flores

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Mais um dia chegava ao fim, Otabek começava os preparativos para fechar sua pequena loja de flores. Alguns vasos grandes foram levados aos fundos da loja, bem como alguns sacos de terra e adubo que estavam a amostra, o peso dos objetos, assim como o calor que aquele verão trazia, o faziam suar, pensava que estava na hora de contratar um ajudante, afinal, o movimento estava bastante intenso.

Começou a recolher os vasos grandes que ficavam ao lado de fora, quando ouviu um soluçar vindo do beco ao lado da loja, estava abandonado, Otabek usava-o como um deposito, quase um jardim secreto. Levantou um vaso de camélias amarelas que estava no caminho, deparando-se com a figura que ali encontrava-se.

Um garoto de cabelos loiros desgrenhados, os pés e mãos machucados, aparentando ter estado em uma briga, usava uma calça preta larga, e um moletom com capuz da mesma cor, levantou o rosto assim que notou não estar sozinho, Otabek chocou-se com seus olhos. Verdes, fortes, semi-cerrados, na defensiva, como se nada pudesse atingi-lo. Olhos de soldado, o cazaque pensara. O rosto assim como o resto do corpo estava cheio de hematomas e lágrimas corriam por sua face. E, apesar do olhar tão forte, ele parecia tão... Frágil. Como se estivesse quebrado.

— Você está bem? – Perguntou sabendo que a pergunto soaria idiota.

— Eu pareço bem? Idiota. – respondeu seco, enxugando as lágrimas com a manga da blusa e levantando-se em seguida.

Tentou firmar-se no chão, mas acabou vacilando e teve de se apoiar na parede para não cair, Otabek se apressou em largar o vaso que segurava e ajudar o outro.

— Desculpe, foi uma pergunto idiota... – disse envergonhado, tentou pegar na mão do loiro, mas acabou segurando em uma parte machucada e teve a mão afastada. – Oh, Me desculpe de novo.

— Tudo bem – agora a voz do menor parecia mais gentil – Não é como se você tivesse culpa.

— Você precisa de alguma coisa? Uma ambulância? – o loiro fez uma careta, como se o cazaque estivesse exagerando. – Eu tenho um kit de primeiros socorros... Posso fazer uns curativos se não se importar. Aliás, me chamo Otabek.

— Não precisa... Eu vou ficar bem, mas, obrigado.

O loiro deu as costas, saindo do pequeno beco, mancando, apoiando-se na parede da loja, quando parou, olhando para o céu. O sol se despedia no horizonte a noite logo cairia, algumas nuvens negras indicavam que choveria. Para onde iria? Não tinha ninguém... Sem perceber, as lágrimas voltavam a descer por sua face e sem conseguir segurar o nó que insistia em lhe apertar a garganta, deixou que o choro viesse.

— Vem, vamos cuidar dessas suas feridas, depois eu te levo pra onde você quiser, não vai conseguir ir a lugar nenhum com esse pé.

Otabek não lhe deu chance de recusa, foi guiando-o até o interior da loja, onde o sentou no banquinho do caixa.

— Eu só vou fechar a loja, não se preocupe, eu não sou nenhum maníaco ou algo assim.

— Acho que você quem devia ter medo de mim, sou eu que estou todo ensanguentado, você devia ter visto o outro cara. – o tom do loiro era divertido, e a risada que soltou ao fim da frase, embora ainda sôfrega, fez o coração de Otabek palpitar.

Entre Flores & EspinhosTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang