A verdade que nós consome.

Capitulo 3: A maior bofetada

– Então vocês eram amigas ? 
– Perguntou o  novo delegado da cidade. Parecia ter uns 36 anos, seus olhos levemente inquisidores, como se tentasse arranca quaisquer informações apenas no olhar deixava Clara intimidada. Estava sentado de frente para Clara, as vezes olhava de uma forma investigativa  e as vezes olhava como se tivesse desejo.

– Sim muito. Eu recebi mensagem dela muito estranha na noite em que ela sumiu.. Eu queria poder mostra-la mais eu acabei perdendo minha bolsa. Eu e meus amigos demoramos pra dar o nosso depoimento eu sei.. Mais é por que eu ainda estou assim sem entender direito. Todo o velorio e o enterro foi muito doloroso. Já faz 15 dias desde de que isso tudo aconteceu mas.. Parece que foi ontem.
– Clara respirou fundo tentando segurar o choro.

– Tudo bem.. Está liberada. Se precisa de mim pra qualquer coisa pode me ligar a qualquer hora.   – Ele entregou o seu cartão segurando na mão de Clara sorrindo. – Avise seu amigos que todos os depoimentos deles foram importantes. Infelizmente não temos pistas do assassino muito menos recursos para ir mais afundo na investigação. Talvez o caso seja arquivado. – O delegado levantou abriu porta da sua sala para Clara.

Do lado de fora na sala de esperar estava cheio de gente.  Todos os seus colegas estavam acompanhados de algum do seus pais, Clara teve a impressão  que sua mãe e os pais de seus colegas  acusava uns as outros apenas  com olhar. Ela reparou a mãe da Jessie gritando com o policial no corredor, talvez tenha  recebido a notícia do arquivamento do caso, aquilo doeu seu coração. Clara abraçou a sua mãe.

– Mãe vai na frente eu preciso falar com uma pessoa. –  Sua mãe respondeu um sim para ela meio hesitante. 

Clara atravessou a sala abraçando Miguel. Todo mundo da sala saiu aos poucos indo embora. Eles continuaram abraçados em silêncio.
A porta da sala de esperar foi aberta violentamente.

– Clara nós já vamos. – Seu pai entrou berrando aquilo.

Clara despedindo-se baixinho de Miguel que beijou sua testa suave mente. O pai de Clara olhou para ele com um ar de deboche. Clara foi embora porém seu pai continuo olhando para ele.

– Fique longe a minha filha seu muleke filho de gentinha.. Eu conheço bem o seu tipo você é exatamente como o seu pai foi um dia.. Mas não com a minha filha seu muleke filho de uma p.. – Ele  respirou se recompondo. Saiu resmungando batendo  a porta.

                               ***

Não importava quanta vezes Júlia jogava água no rosto parecia que o pesadelo nunca passava. Sua mãe havia à colocado para dormi depois da delegacia. Depois de horas de depoimento.

– Eu sei mas.. Essa morte foi um aviso.. Eu vou tira  ela da cidade. Poderia ter sido a nossa filha Caio e se for uma vingança contra você.. Contra nós.

Júlia ouviu a voz da sua mãe conversando no telefone ela saiu do quarta esgueirando-se na escada pra ouvir o restante da conversa.

– Tudo bem Caio.. Eu vou esperar a sua ligação de volta.  – Ela desligou o telefone virou-se pra escada assutando-se com Júlia olhando para ela com uma  expressão nada amigável. – Oi filha.. e.. e.. ta aí a muito tempo? 

– Abre o jogo mãe. Eu quero saber tudo que historia é essa de vingança contra meu pai e contra você.  Ou você me conta eu juro que vou perguntar pessoalmente ao meu pai. E se você não me contar eu juro que amanhã todos os Jornais da cidade vai ficar sabendo  que o casamento de vocês  dois  é um farsa. E que ele é um hipócrita que na frente de todo mundo interpreta um católico honesto. – Júlia desceu a escada sentando no sofá  – Tô esperando você me contar.

– Maria Júlia isso é muito complicado não vá se meter nessa história. Não envolve só eu e seu pai.. Envolve todas as famílias fundadoras.  

– Tudo bem. Eu vou descobri por outro alguém.. Você sabe que eu sempre acabo descobrindo, assim como eu descobri quando meu pai te traia com a minha professora. – Júlia levantou indo em direção as escadas de volta pro quarto mas parou antes subir  as escadas. – Mãe para de proteger meu pai olha tudo que ele já fez com você.

– Tudo bem.. Tudo bem..Eu te conto. Mas eu quero que vou saíba que hoje eu me arrependo muito de tudo que fiz um dia.

                               ***

– Senhor Caio aqui estão as papeladas – A secretaria sentou-se na mesa, abriu as perna para que Caio olhasse para  elas. Ele sorriu levantando, indo em direção ela beijando-a colocando sua mãos na partes dela. fazendo-a gemer baixinho. A porta do escrito foi aberta com brutalidade fazendo os dois pularem da mesa de susto.

– Essa foi a cena mais nojenta que  eu ja vi em toda a minha vida – Júlia disse olhando o pai da cabeça aos pés.

– Júlia o que você está fazendo  aqui? Você nunca vem aqui. – Caio foi para abraçar Júlia que recuou.

– Não toca em mim com essas mãos imundas. Peraí eu vim te trazer umas coisas – Ela saiu pela porta que avia entrado, demorou uns segundos depois voltou com duas malas de roupas e papeis. – Tá aqui as últimas coisas que estavam na minha casa que perteciam a você.

– Eu acho que essa conversa é família eu vou deixar você a sós. – A secretária caminhou em direção a porta só que Júlia entrou na frente.

– Volta vagabunda. O que eu tenho pra falar você pode ouvir.. Você não é a nova namorada dele? Ou é apenas mais uma? – A secretaria tentou sair só que Júlia bloqueou  – Eu disse volta.

– Acabou  Júlia.. Para de gritar sua garota insolente você merecer uns bons tapas.  – Disse o pai de Júlia partindo pra cima dela. Ele levantou  a mão para bater nos rosto dela, ele pensou que Júlia fosse recuar porem ela levantou o rosto mais ainda para receber o tapa em cheio. Ele parou e respirou fundo abaixando a mão

– Me bate.. Nada mais me surpreende. Você  já é sem carater trocou sua família por todas as coisa erradas. Inclusive esse sua posição como prefeito.. Nem como sua filha eu votaria em você. ME BATE VAMOS.  você já é um assassino. A culpa da Jessie ter morrido é sua. 

Caio bateu no rosto de Júlia com bastante força jagando-a no chão. Ela levantou com o rosto sangrando e  encarou ele.

– Eu não esperava diferente. – Disse Júlia saindo do cabinete.