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ARTHENA

Hoje era segunda, eu estava tensa, não só pelo meu teste mas também porque iria encontrar o Ruan nos corredores do colégio, sei que deveria ter encarado o mesmo, mas é que se eu vê-lo terei que terminar algo que mal chegou a começar, mais que eu tanto esperei, será o fim de nós dois e isso me parte ao meio, terei que fazer isso pelo menos até minha confiança voltar, não posso estragar nossa amizade acima de tudo.

Já estava na escola, não vim com a Bru porque a mesma me mandou mensagem mais cedo, falando que chegaria atrasada.

O sinal tocou e a primeira aula começou, 40 minutos depois terminei meu teste confiante.

Fui pro pátio, me sentei embaixo da minha árvore favorita, pus meus fones e o mundo se calou ali. Aproveitei para olhar algumas fotos e decidi postar uma recente no Instagram.

@arthenaG

                        @gomes

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                        @gomes.ruan, @alexandre10 e outras 115 pessoas.

                       @arthenaG: Meu vicio é correr atrás de tudo aquilo que acredito.❣

Não esperei pra ver os comentários, sair do insta e fui trocar a música na minha playlist, pus "tudo o que ela quer- 3030".

"Mas ela quer o sol, a lua, a madrugada, sai pra rua embriagada

Me liga pra eu salvar o bom, ela quer tudo que é bom

Ela quer ficar, numa boa na noitada, mas no fundo solitária

Escondida no batom, baby vem comigo que tá tudo bom"

Estava tudo ótimo, eu mais a minha reflexão musical até uma certa ser humana chamada Bruna Santiago, chegar.

  — Acordou de calcinha virada foi?- perguntei pra mesma que bufava sem parar.

— Você não faz ideia do que aquela peste enviada pelo satã pra me atentar fez comigo

— Nomes, Bruna, nomes.

— Breno!  E tem outro embuste pior que aquele?

— Onde tem ódio tem amor viu, safadão Lispector. Pega a visão.

— Pega você sua visão, onde tem ódio só tem ódio nessa desgraça. Ô raiva viu.

— Conte-me mais..

Depois que a Bruna terminou de contar sua história de mais cedo com o Breno, não tive outra reação que fosse gargalhar.

— Tá explicado porque eu tava sentindo um cheiro de merda. - me afastei da mesma e tapei meu nariz.

— Não começa não, eu tô ficando paranóica, já tomei mais de cinco banhos, a embasa vai vim lascando na conta esse mês.

— Deus é pai.

— Aquela peste tava podre, carniça pura, a bosta que parecia ter cagado ele e não o contrário..- a olhei com um semblante de nojo.— Liguei pra dona Elisabeth limpar meu quarto, enquanto isso fico na sua casa, precisamos saber onde eles moram, já começamos a procurar lá mesmo.

— Não precisamos não, nem vem porque sempre sobra pra mim.

— Por favor Arthena, foi muita humilhação pra uma Bruna só, me sinto suja, literalmente.

— Aí que saco Bruna, vou ver isso aí. Agora vou cair fora o horário do teste já acabou e tenho que ver minha nota.

— Você é a melhor minha gatinha.- revirei os olhos ao perceber interesse naquela frase. Soltei beijos para a mesma e fui.

— Obrigada pela nota professor. Não achei que eu tinha ido tão bem assim.- conversava com o professor de literatura após ter recebido meu teste.

— Você é a Minha melhor aluna Arthena,  sempre me alegro ao pegar suas provas.- meu professor se aproximou de meu ouvido e soltou.- Mas não conte isso a ninguém.

Fiquei sem graça, agradeci ao mesmo e sair da sala, os educadores dessa escola só viviam no cio, não era possível.

Fui ao banheiro correndo, tava muito apertada. Ao sair me deparei com o Ruan na porta e aparentemente me esperando.

— Oi Ruan.

— É "oi"?  É isso?

— Tenho que ir pra aula.- tentei sair mas o mesmo segurou meu braço.

— Não você não tem, sei todos os seus horários e sua aula tá vaga.

— Quando é que você vai parar com essa mania de segurar meu braço, vai me desmontar assim, porra.- Ruan sorriu e me soltou.

Não olha pro sorriso dele, eu pensava mas agora já era tarde e a minha primeira barreira tinha sido derrubada com sucesso.

— Não me olha assim..com essa indiferença.

— Como assim?- o encarei confusa, mas sabia muito bem o que ele quis dizer.

— Essa cara que você fez, como se não ligasse mais pra mim.

— Eu posso controlar minha língua, mas as minhas reações são inevitáveis.- o mesmo desviou o olhar e logo me encarou novamente.

— Faz isso comigo não, amor. Te amo tanto, fiz merda mas foi pelo momento, eu já não aguentava mais ela em cima. -o mesmo pôs suas mãos sobre o rosto e tirou. — Conheço você e sei o que se passa nessa tua cabecinha linda, "será que devo confiar nele pra ter algo mais sério agora." Duvida de tudo amor, mas não dúvida do que eu sinto, sou pirado na tua.

— Não sei não Ruan, foi realmente sem necessidade.- disse abaixando minha cabeça.

— Você sabe sim Arthena, nosso lance não morreu de um dia pro outro. E nem vai porque é verdadeiro.- o mesmo se aproximou de mim e me beijou, não senti nada além de dúvidas naquele beijo.

— Eu te amo também tá, só tô confusa. Eu não sei o que dizer.

— Te conheço desde pequena, você é desapegada, foi um sacrifício te conquistar, não posso te perder assim, tô ciente de todas as suas dificuldades de confiança, você fez jogo aberto comigo, desde o início tu foi sincera.

— E por que você não fez o mesmo? Foi a única exigência minha, "seja sincero não importa o motivo, porque eu automaticamente perco a confiança" e você sabe o quanto é difícil recuperar isso de mim depois de tudo o que aconteceu com o Lucas.

— Me perdoa amor, por favor isso não vai se repetir.

— Podemos tentar.- Dito isso o mesmo me abraçou, me segurou em seus braços, me rodando no ar pelo corredor. — Já chega Ruan, meu deus.- implorei.

— Seu pai não escapa de mim essa semana, precisamos logo oficializar isso. -sorri sem graça diante o seu comentário, não sabia mais se queria namorar o Ruan, porém vou deixar levar, vai que isso muda..

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Capítulo longo por conta da minha demora pra postar hoje, amanhã farei uma maratona, espero que estejam gostando, XOXO!

Titânio - feitos pra tudo suportarWhere stories live. Discover now