Capítulo XII- Maldito passado, dura realidade

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HEY
Antes de mais nada, queria agradecer pelo número crescente de votos e comentários... Ah Saranghae amores... Mesmo

A Ursa panda de vocês está nas alturas, minhas Mikhailkovs. Tudo graças as vocês. Continuem votando e comentando muito.


Boa Leitura. Fiquem atentos ao recado no Final do capítulo.

—Papai para onde vamos? —a pequena menina perguntou, enquanto abraçava forte o urso de pelúcia preto e branco que havia ganhado no sétimo aniversário.

—Vamos fazer uma viagem em família. —respondeu-lhe o homem um pouco tenso.

Por mais que fosse apenas uma criança, ela sabia quando seu pai estava nervoso, feliz e até mesmo incomodado. Naquele momento, não sabia o que seu pai estava a sentir, ele parecia com medo, estava com pressa e parecia assustado, colocava as roupas dentro da grande mala verde musgo com muita rapidez.

—Vá até sua mãe meu amor, beba seu leite e esteja pronta para a nossa grande viagem. —o homem beijou-lhe a testa e acariciou seus cabelos por alguns segundos que logo tornaram-se longos.

—Eu te amo papai. —disse a pequena menina cheia de sardas, enquanto abraçava as longas pernas de seu pai. —Quando eu me cansar, quero que seja com alguém como o senhor.

O homem franziu o cenho e ao mesmo tempo ficou tenso, aquelas palavras inocentes mudaram seu semblante, sua filha era o bem mais precioso que possuía e pensando nisso, ajoelhou-se até ficar da altura de sua pequena princesa de olhos azuis assim como os dele.

—Quando você se casar, será com alguém melhor que o papai, que irá amá-la e respeitá-la. —sussurou.

—Assim como o papai ama a mamãe. —Oksana saltitou e beijou a bochecha do seu pai.

Vladir sorriu e a abraçou. Alguns segundos passaram-se e Oksana sentiu suas vestes molhadas, o corpo de seu pai que a abraçava estava frio, caiu sem vida no chão, já não era mais uma menina inocente, mas sim, uma mulher adulta e noiva de um dos homens mais poderosos do mundo, e do crime. Sua blusa antes amarela, estava agora parcialmente manchada por um líquido vermelho. Era sangue, concluiu, assim que sentiu o líquido gelado sobre seus pés, estava sob uma poça de sangue e o corpo seu pai sem vida, caído bem na sua frente.

Oksana deu um passo pra trás e colocou as mãos na boca, tentava abafar o grito de dor, medo e desespero, mas sem sucesso, as lágrimas rolavam por sua face e naquele momento, queria estar morta assim como seu pai, seu heroi.

A porta foi bruscamente aberta, fazendo com que ela gritasse assustada, ali estava ele, seus olhos brilhavam sob a luz e sua postura aparentava inocência. Os outros homens ao seu lado eram altos e fortes, como fugiria, para onde iria?  Ou talvez devesse enfrentar a morte e aceitar que aquela era a sua hora.
Um tiro, aquele som já conhecido dispertou seus sentidos, seria esse seu fim. Morta por homens misteriosos e covardes, um segundo tiro foi disparado e ela abriu os olhos, apalpou seu corpo e percebeu que o primeiro tiro não a havia atingido. O que estava a acontecer? Perguntou a si mesma, mas assim que sentiu o sangue sob seus pés olhou para trás, o sangue antes gelado estava agora quente. Eles haviam matado seu pai, de novo, e de novo, e de novo. 

Oksana acordou assustada e ofegante, suas roupas molhadas pelo suor, eram as provas de que estava numa batalha contra sua mente e lembranças, lembranças de seu duro passado.

O passado define quem somos, há um elo que sempre ligará o presente e o passado, infelizmente ela não precisava daquele maldito elo de ligação, não bastava o medo constante de perder as poucas pessoas que tinha e amava, tinha de viver também com as lembranças que a assombravam. Havia visto seu pai morrer de diversas formas, em cada sonho uma nova maneira, sempre diferente e sempre os mesmos homens, altos e intimidates, mas havia um entre eles, um cuja aparência distingua-se dos outros, porém seu medo era tanto que repiria suas lembranças.

BRATVA 1: Vendida ao PakhanWhere stories live. Discover now