Capítulo XVII

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N/A:. Um dia eu pensei que o meu maior medo era a altura, porém quando percebi que a única alternativa era voar, a altura tornou-se algo meramente mesquinho;


Medos & Dúvidas

🔫

Mesmo vivendo na grande mansão Mikhailkov a tempo suficiente para explorá-la, Oksana admirou a sala clara, os móveis modernos feitos de madeira negra, os grandes pilares que sustentavam o teto, e o grande e majestoso piano de cauda. Posteriormente ela percebera que existia mais que um piano de cauda ali, havia também uma vistosa harpa, dois grandes violoncelos, três violinos, dois violões, um incrível violino eléctrico completamente negro, um saxofone alto e na outra extremidade da sala, num canto isolado estava outro majestoso piano de cauda, também negro. Eram no total doze incríveis instrumentos totalmente negros.


Estava ela diante a uma quase orquestra. Porém a sala era tão isolada que parecia esquecida e Hunter não parecia saber tocá-los à todos tampouco Cassie.

A loira franziu o cenho pensativa.

Ao redor da sala os seus olhos foram arrastados até o colorido dos quadros pendurados na parede adjacente a ela, que representavam os únicos tons que não eram preto ou braco. Numa das paredes que ela bem sabia ser a prova de som, havia uma grande tela plana, o branco era a cor padrão naquele lugar exceptuando, os instrumentos negros e a cadeira também negra que ficava de frente para a tela e as mesinhas que continham alguns objectos que estavam ao lado da mesma. Lembrou que Cassie chamava o cómodo de “A Sala Número 12”, sua cunhada tinha tendências de ser exagerada uma vez ou outra, porém era de estranhar os doze instrumentos, as cores padrão e doze autoretrato acima deles.

Num dos autoretrato estava o seu então noivo e mais abaixo dele estava um violão. Mais algo que não sabia sobre o grande Pakhan. Hunter tocava nada mais e nada menos que um violão.

Okasana sorriu nervosa afastando qualquer mais pensamentos sobre o instrumentos e autoretratos de homens e mulheres desconhecidos da sua mente e tentou focar-se no real. Na verdade ela nunca pensara que colocaria piercings em seu corpo, e muito menos em um lugar tão…íntimo.

A dor faz-nos sentir vivos, murmurou uma dúzia de vezes até avistar Hunter sorrindo para uma mulher — e aquela não era qualquer mulher, aquela era uma das grandes personalidades do autoretrato. A morena cuja pele achocolatada parecia ser sedosa era linda, extremamente linda — sem exageros. A mulher negra estava à menos de um metro do seu noivo que vestia um terno escuro, sem gravata e com os dois primeiros botões da camisa abertos, enquanto ela trajava um vestido azul petróleo, cujo material parecia ser igualmente sedoso e o decote era generoso, porém bem comportado o que podia ser contraditório; haviam dois botões um a baixo do outro na altura dos seios e os outros dois ficavam na altura da coxa direita, um palmo abaixo da cintura. Os botões seguiam a linha branca que curvava na altura da cintura e na metade da coxa direita onde ficavam os outros dois botões — o vestido era simplesmente de tirar o fôlego. A mulher era de longe a mais elegante das senhoras da alta sociedade que ela conhecera; os scarpins que Oksana podia jurar que tinham 15 centímetros completos a deixavam ainda mais bela e tão esbelta que o ciúme roeu-lhe por breves segundos.

Automaticamente a loira olhou para suas calças jeans simples, suas sandálias rasas e a camisete negra dos Scorpions que vestira e sentiu-se uma completa plebeia. Quando tornou a olhar para a mulher sentiu suas bochechas queimarem — estavam os dois a olharem para cada movimento seu. Oksana correu o seu olhar para encontrar o do seu noivo que sorriu-lhe genuinamente, esticando a mão para que ela seguisse até ele e a pegasse e assim ela o fez, aproximando-se timidamente dos dois.

BRATVA 1: Vendida ao PakhanWhere stories live. Discover now