Capítulo 3

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Feliz aniversário Andrea sua linda, toda sorte e sucesso sempre. Parabéns!!!

Para Cinthia, Jussara, Lorreyne, Paty, Nath, Lylla, Bárbara, todas as apaixonadas por nosso De Marttino, Obrigada meninas.

   Giulia

— Por que temos que voltar nesse assunto? – Reclamo quando a mala está finalmente fechada. O minúsculo apartamento de Manoela foi palco de uma semana muito divertida em que passamos as três juntas. Agora é hora de voltar para casa.

— Escuta a gente, conhecemos você. Vai por tudo a perder em trinta segundos.

— Manoela, não tem nada, isso foi há mil anos, eu era uma adolescente, superei, sabe que sim. – É mentira e elas sabem e eu também, mas quem sabe repetindo eu acabe acreditando.

— Superou mesmo, foi o tio anunciar que tinha contratado Bruno que ela fez a mala e me arrastou para Nova York, teria ido a Sibéria se pudesse.

— É mentira, Manoela, não de ouvidos a Bea, eu vim apenas para te ver, não fugi, não... só... ok, eu vim fugir um pouco. – Suspiro, me encosto nas almofadas com os pés sobre o colchão.

— Tira o pezinho que moro sozinha, ninguém lava mais minhas coisas. – Manoela empurra meu pé. – Escute suas experientes primas, nada de arrumar namorado imaginário.

— Nunca vão me deixar esquecer esse momento?

— Nunca. – Elas dizem juntas num ataque de riso. Inimigos são desnecessários quando se tem primas. – Giu, você é linda, adulta, solteira, eternamente solteira e virgem, começo a sentir pena de você. – Manoela diz e corre para me agarrar e encher de beijos. – Linda, muito linda, a mais linda de todas nós, então não tem que ser insegura.

— Já expliquei mil vezes, não é sobre minha aparência, eu sei quem eu sou, sei que não sou mais a menina de aparelho e óculos, embora eu goste mais dos óculos que das lentes.

— E fica linda dos dois jeitos. – Bea continua.

—Eu tenho meus sonhos, só isso.

— Entendemos. – Manoela avisa me deixando, ela vive pendurada, é carente toda vida.

—Sonhos com o príncipe encantado. – Bea me lembra e dou de ombros. O que tem demais, não gosto de pensar em ficar por aí me envolvendo sem sentimentos. É meu jeito.

—Talvez ele não exista. – Manoela me diz com alguma preocupação. – Quer dizer, não o cara perfeito para você. Esse existe, Afonso é meu cara perfeito, mas está longe de ser um príncipe.

— Falo de sentimentos, do coração fora do ritmo, de perder a fala e ficar com a cabeça rodopiando e borboletas no estômago. – Elas ficam sorrindo a me olhar, sei que sonho, sei que só ele foi capaz de produzir isso. – Bruno, só com ele senti isso, eu... não sei como aconteceu ou o porque aconteceu, mas sempre foi pensando nele que senti essas coisas.

— Lembra do seu primeiro beijo? – Bea pergunta me fazendo uma trança.

— Lembro. Péssimo.

— Pensou nele? – Manoela se deita com a cabeça no meu colo, meus dedos afagam os cabelos lisos.

— Todas as meninas do colégio já tinham beijado, minhas amigas ficavam me incentivando, insistindo, me sentia meio idiota, travada, fui na festa meio que obrigada, lá... vocês sabem, elas pressionando, eu me sentindo boba e infantil, Guido era legal, foi... pensei no Bruno, sonhava com um beijo de amor e foi só um beijo. Não gostei.

Série Família de Marttino - Laços de Amor (Degustação)Where stories live. Discover now