Capítulo 4

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Feliz Aniversário Maud minha linda, Todo amor que te cerca se multiplique, é muito especial, seja feliz. Parabéns!!

Sara Martins!!! Sua linda, parabéns, sorte, amor e sucesso, Feliz Aniversário. Parabéns!!!

Geisi, parabéns! Feliz Aniversário. Todo amor e muita sorte. Seja Feliz. 


Bruno

Por que eu não consigo olhar para ela como uma simples garota? Tinha passado, eu tinha colocado Giulia num lugar pequeno e guardado no meu coração, longe do dia a dia, dos sonhos e do futuro.

Então ela surge linda, mais linda do que sempre foi, sinto falta do aparelho que dava um tom divertido na aparência elegante de olhos e cabelos claros.

Pensei que seria simples, que olharia para a mulher Giulia e riria do passado, que não aconteceria nada dentro de mim e simplesmente trabalharíamos juntos. Quis tanto acreditar nisso que até me vi sendo um educado quase estranho, errado, não foi assim, quando ela caminhou no vestidinho amarelo me fez pensar em girassóis, linda como um girassol e eu tolo, derretido, confuso e tentando parecer um adulto quando me senti de novo com vinte anos, diante da garota mais linda e tímida que existe e que me encantava exatamente por isso.

A timidez ainda é o que guia seus passos, tantos atropelos que se eu estivesse menos nervoso em sua presença teria rido dos desencontros, palavras atropeladas e olhos assustados.

Como posso me sentir assim pela garota para quem vou trabalhar como mero empregado? Por que ela não é Tiziana que só tinha de mim repulsa?

Giulia é uma flor, ela tem a delicadeza de uma rosa e talvez eu simplesmente não consiga separar as emoções.

Ela corre escada acima e fico no meio da sala da mansão um tanto inadequado, sempre inadequado ao luxo que não me pertence, desconfortável entre essas paredes e móveis caros.

É a casa dela, dividir tudo com ela será bem confuso. Quase preocupante. Quase? Ando bem otimista, isso sim. Está tão evidente o desconforto dela e a minha completa incapacidade de esconder minhas emoções que isso não vai durar uma semana.

Tenho que me mover e sigo em direção a cozinha. Eu os vi de perto, mas não convivi com intimidade com os De Marttino, não posso negar que são bons e justos, mas não sei sobre como se comportam, se são finos e chegados a requintes, ou pessoas comuns e encaro a comida nas panelas e a mesa simples que coloquei.

Não devia ter me precipitado, ela pode preferir usas a mesa de jantar e a porcelana. Pode querer travessas e empregados, Fabrizio me mandou tomar a frente e recrutar funcionários e contratei m——eia dúzia de agricultores, é o bastante pelo terreno que temos, ainda sem as grandes máquinas, nem tenho certeza de que plantação estamos falando.

Flores é muito amplo, pode ser qualquer uma. Ando pela cozinha, eu normalmente não sou inseguro, mas é ela e eu acabo de descobrir que não sei lidar com um amor do passado, o único.

Idiota, se tivesse tido coragem alguma vez de admitir a verdade, para quem quer que fosse, receberia risadas de volta. Como amar uma menina que nem conhecia direito?

O que eu sei dela? Nada, só que é linda, tímida, que estudou botânica, que gagueja quando está nervosa e brinca com a ponta dos cabelos, que desvia os olhos e confunde assuntos, que fica com as bochechas vermelhas e que quando veste amarelo para um girassol e tudo que queria é ser o sol que a norteia.

Abro o armário, melhor tentar arrumar as coisas, achar uma louça mais elegante, tirar a comida das panelas e servir na travessa. Isso, claro, assim...

Série Família de Marttino - Laços de Amor (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora