Magnus viu quando Blue começou a se divertir. Ronan, Adam e Noah eram uma ótima companhia para ela. Magnus estava sentado em um banco, ele observava Clary conversando animadamente com a mãe de Blue enquanto Blue estava alegremente jogando vários jogos com seus amigos. Magnus levantou e foi até o seu carro. Ele entrou e deitou no banco de trás. Ele suspirou alto deitando de barriga pra cima. Ele fechou os olhos pesadamente, mais uma vez estava chorando. Magnus estava sempre chorando, era impossível não chorar. Ele respirou fundo, decidindo que não queria que Clary visse o seu estado quando ela chegasse. Magnus não gostava de chorar na frente de outras pessoas, ele não gostava de compartilhar seu sofrimento. E ele também não queria magoar Clary, ela fazia de tudo para deixá-lo feliz, mesmo sabendo que ele não conseguia ser feliz. Magnus pegou seu celular no bolso, ele era novo mas ele nunca tinha perdido nenhuma das fotos que ele havia tirado de Alec. Magnus suspirou pesadamente.
Nas primeiras semanas que Alec foi raptado, Magnus ligava para o seu celular e a chamada iria direto para a caixa de mensagens. Magnus sempre ligava, para ouvir a voz de Alec, após um tempo, ele não conseguiu mais ligar, foi como se o celular de Alec não existisse mais e mesmo assim ele colocava crédito no número dele todos os anos. Magnus sabia que não iria dar certo, mas fazia mais de um ano que ele não tentava. Magnus foi até a lista de contatos e clicou no número de Alec, onde tinha uma foto dele, sorridente e ao lado de Magnus.
Magnus clicou para ligar e colocou o celular no ouvido. E chamou. Magnus deu um pulo do banco quando ouviu o toque em seu ouvido dizendo que o celular estava chamando. Ele esperou, ansiosamente. A chamada caiu na caixa de mensagens e Magnus respirou fundo. A voz de Alec dizendo que ele não estava disponível e que era para deixar um recado tocou nos ouvidos de Magnus e ele colocou a mão nos lábios enquanto soluçava e respirava fundo. O coração de Magnus batia tão rápido que ele tinha quase certeza que poderia morrer ali. A voz de Alec era alegre e tão familiar nos ouvidos de Magnus. Magnus não deixou recado, ele desligou o telefone e ligou novamente. A chamada caiu novamente na caixa de mensagens e Magnus ouviu a voz de Alec, mais uma vez. Ele soluçava sem controle algum de seu corpo, ele estava tremendo. As mãos de Magnus mal conseguiam segurar o celular. Magnus mandou uma mensagem com os dedos tremendo para Clary dizendo que iria pegar um táxi e foi em direção a sua casa. Magnus pagou o taxista quando chegou em seu prédio e foi para o seu apartamento quase correndo. Ele tirou os seus sapatos rapidamente e foi até a sua cama.
Ele discou novamente o número de Alec, o telefone tocou e novamente caiu na caixa de mensagem. Magnus poderia passar a noite toda fazendo aquilo, alguma hora alguém teria que atender o celular. Magnus se perguntou como que depois de tanto tempo aquele número ainda funcionava. E Magnus ficou a noite toda ligando, até uma hora que parou de chamar, ele suspeitou que talvez o celular tinha acabado a bateria, mas ele iria continuar ligando, apenas para ouvir a voz de Alec.
Magnus acordou com o seu próprio celular chamando, ele arregalou os olhos e deu um pulo da cama quando viu que era o número de Alec que ligava. Ele atendeu imediatamente.
- Alô? - Magnus disse. Ele ouviu uma respiração, seu coração acelerou e ele sentiu suas mãos começarem a tremer desesperadamente. Era Alec, ele tinha certeza. Ele conhecia Alec o suficiente para saber que era a respiração dele. Alec havia lhe ligado, Magnus tinha certeza disso. - Alec? Alec, é você? Meu deus... Alec, sou eu Magnus, por favor fale comigo, me diga onde está. Alec?
Magnus estava desesperado, ele ouviu um choro. Ele tinha certeza que era Alec. Magnus começou a chorar desesperadamente. Ele teve que colocar o celular no alto falante pois ele tinha medo que derrubasse ele de suas mãos de tanto que estava tremendo. Magnus soluçava, Alec não falava nada, apenas respirava ofegante e chorava.
- Alec, por favor, fale comigo. - Magnus disse mais uma vez, sua voz tremia e seu coração estava mais acelerado do que já esteve na sua vida toda.
- Eu... - Alec disse, Magnus colocou a mão na boca para conter o grito de surpresa. Era Alec, realmente era ele. O seu Alec, ele estava vivo. Magnus chorava tanto que mal conseguia ver o que tinha na sua frente de tão embaraçada que estava a sua visão. - Eu... não sei onde estou...
Magnus respirou fundo. Ele tinha que ser forte, pelo menos essa hora ele tinha que se controlar. Ele tinha milhões de coisas para falar para Alec, milhões de coisas para lhe perguntar mas o mais importante era trazê-lo para casa.
- Você pode descrever? - Magnus perguntou, sua voz tremia e ele ainda chorava, porém tentava falar com Alec.
- É escuro... tem apartamentos...acho... acho... que estou no centro da cidade... mas... mas estou em um beco. Fui.... fui jogado... jogado aqui... e eu tinha um chip de um celular comigo e... eu roubei um celular e esse número me ligou e... eu não... não consigo... eu não sei... - A voz de Alec tremia, ele parecia estar sobre o efeito de algo e Magnus lembrou de que ele foi experimento para drogas e isso partiu o seu coração.
- Eu vou te encontrar, Alec... - Magnus disse, convicto. - Tenha certeza disso...
Magnus ouviu seu telefone tocar pedindo bateria, ele praguejou alto e correu procurar o seu carregador, mas não o encontrava.
- Quem... - Alec voltou a falar, sua voz tremia e ele parecia estar tendo dificuldade para segurar o celular. - Quem é...
O telefone de Magnus desligou. Ele olhou para o aparelho.
- Não... Não, não, não, não... - Magnus dizia tentando ligar o celular de volta. - Droga!
Magnus jogou seu celular na cama e despencou no chão. Sua respiração estava totalmente rápida e ele mal conseguia ouvir a sua própria voz, tudo ao seu redor parecia um eco e Magnus sentiu as lágrimas molharem seu rosto. Ele colocou a mão na boca ainda desacreditado. Magnus estava em um estado de desespero. Ele olhou para suas mãos e viu que elas ainda tremiam. Ele tentou levantar mas suas pernas não colaboraram com ele e ele apenas caiu novamente no chão.
Magnus respirou fundo, tentando voltar ao normal, ele estava tendo algum tipo de ataque. Ele respirou e inspirou várias vezes, sentindo seu coração voltar aos batimentos perto do normal e suas mãos pararem de tremer. Magnus continuou respirando fundo mais alguns minutos, as lágrimas e os soluços não pararam mas ele pode sentir suas mãos pararem de temer suas pernas voltarem a funcionar normalmente. Magnus levantou, se apoiando na cama e voltou a procurar o seu carregador.
Ele colocou o celular carregar e novamente ele discou o número de Alec, porém, Magnus pensou mais com calma e ao invés disso discou o número de James.
- Magnus? Por que está me ligando as 7 da manhã? - James perguntou confuso.
- James, ele me ligou... - Magnus disse rapidamente. - Ele... Alec, ele me... porra! ele me ligou Jem...
Magnus irritou-se com sua voz tremendo e seus soluços. James ficou quieto por um tempo.
- Tem certeza que era ele? - Ele perguntou calmo porém sua voz estava preocupada, Magnus sabia disso, conhecia ele bem.
- Absoluta. - Magnus respondeu. - James, você precisa rastrear o número dele, Jem, ele não está bem... ele... ele não está nada bem... por favor Jem...
- Magnus, se acalme. - Jem disse. - Me passe o número, rápido.
Magnus disse o número para James com cuidado para que ele entendesse exatamente como era os números.
- Tudo bem. - James disse. - Eu preciso que você vá trabalhar. Magnus, assim que eu tiver notícias eu te avisarei.
- Trabalhar? - Magnus gritou, irritado e desesperado. - Como você espera que eu vá trabalhar nesse estado?
- Magnus, vá. Espere a minha ligação. - James disse lentamente, tentando lhe passar confiança e calma. - Eu te prometo, prometo Magnus, que vou te ligar no momento que eu conseguir uma localização ou alguma notícia, mas isso pode demorar um pouco, então faça o que eu estou pedindo, para o seu bem.
Magnus respirou fundo, depois de tanto tempo, ele não poderia despencar agora, não agora.
- Okay. - Magnus respondeu, respirando fundo. - Eu vou fazer o que você disse mas James por favor...
- Eu sei, eu sei, Magnus. - James falou baixo. - Eu entendo, nós vamos achar ele, não se preocupe. Cuide de você enquanto eu trabalho.
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Gente eu tô com muita dó do Alec :(
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Where's My Love (Malec)
FanfictionTudo que Magnus desejava era saber onde ele estava, como estava. Magnus queria poder passar ao menos um segundo ao lado dele. Magnus queria poder ter ele de volta, ele queria ser feliz de volta. Magnus queria saber se Alec estava ao menos vivo. Onde...