Força ao homem de aço

39 5 0
                                    

- Ele está acordando tia.
O estranho ouve um menino ruivo dizer na passagem da sala para cozinha.
Ele se assenta no sofá, olha bem o lugar em volta. Uma casa com paredes cor salmão, um sofá da cor bege , uma TV de plasma e uma estante com livros de guerra e anjinhos de porcelana.
- Onde estou?
Pergunta o garoto no sofá, ainda meio tonto das pancadas.
- Oi, eu sou Julian, e esse é meu sobrinho James, ele encontrou você machucado na calçada a caminho de casa. Trouxemos você pra cá e cuidamos dos ferimentos. Você está bem? Como isto aconteceu?
- Oi Julian, e Oi James. Muito obrigado por tudo. Eu me chamo Bryan e estava a caminho de uma reunião , e alguns caras bêbados começaram a caçoar do jeito que eu me visto , daí partiram pra agressão e levaram meus pertences. Como eu era um só não podia revidar. Eu não sou de aço.
- Fique tranquilo Bryan, pode ficar aqui enquanto se recupera , daí ligamos pra alguém de sua família e você volta pra casa. Agora relaxa que eu vou buscar um chá.
Disse a tia Julian. Enquanto isso Bryan tentava movimentar pouco a pouco cada parte do corpo para ter certeza que nada havia quebrado, mas tudo doía. Viu que estava com uma camisa desconhecida e que envolto em seus braços haviam faixas. Tinham realmente cuidado dele. Pela primeira vez na vida Bryan sentiu que haviam se importado com ele de verdade, e isso aquecia seu coração como um abraço quente e um copo de achocolatado numa noite chuvosa.

Mesmo com companheiros de caminhada, ele ainda se sentia extremamente sozinho, mas nunca reclamou disso. Com todos os seus anos na estrada, fez da solidão sua amiga mais intima, e nas noites mais sombrias, a convidava para dançar.

Nós Temos Tão Pouco Onde histórias criam vida. Descubra agora