Os Filhos das Minhas Esposas

42. Fogos de Artifício

Ainda sentia-se fraco, mesmo que as dores houvessem reduzido consideravelmente, por isso ainda se mantinha recluso quando Jin chegou.

- Parece melhor, mais corado. - Jin. - Sente-se melhor?

- Não. Apenas menos pior. - Jungkook.

- O jantar deve levar cerca de uma hora pra sair. - consultou o relógio.

- Não estou com bom apetite.

Respondeu se levantando, e a vista escureceu. Ao abrir os olhos novamente estava de pé graças a Jin, que segurava seus braços com firmeza, que percebeu que ele parecia menos pálido por estar com febre.

- Sente-se, aqui. Você não está bem. Sua febre está muito alta! - Jin. - Comeu alguma coisa?

- O Jimin trouxe algo. - Jungkook.

- E?

- Comi, e não coloquei o pé pra fora do quarto.

Quando Jungkook subiu os joelhos ao peito, apoiando os pés na cama, Jin viu as bolhas vermelhas em seus pés. Algumas estouradas, e deveriam doer a cada passo, depois de caminhar tantas horas de sapato.

- Por que? - Jin. - Certo. Não quer contar. Vou buscar um antitérmico, antes que piore.

❦ ❧

Uma vez medicado caiu no sono, ignorando o horário do jantar. Com tantos na casa era fácil criar uma escala de observação, e boa parte da madrugada era de Suga.

O irmão subiu lhe levando uma xícara de chá quente - que sem habilidade queimou-se algumas vezes, sem gravidade -, perto das três da manhã. Acendeu a luz, e apagou assim que notou a sensibilidade de Jungkook para a claridade.

- Como está? - Suga.

- Com frio. - Jungkook sem virar-se.

Tocou-lhe a testa, constatando a volta da febre, dessa vez mais alta. Em contato com a mão gélida Jungkook embrulhou-se mais no cobertor, abraçado ao travesseiro.

- Sua febre subiu mais. Vou lhe dar o remédio. - Suga. - Consegue engolir?

Sem resposta considerou que não. Encontrou papel e dobrou-o com o comprimido dentro, esmagando-o para misturar ao chá. Subiu na cama e cruzou as pernas, sentando-se nos calcanhares, e fez das pernas travesseiro para Jungkook, fazendo-o virar com o rosto para cima.

- Vamos, precisa beber tudo, está bem? - Suga. - Será bom pra você.

Não esperou resposta e lhe deu a primeira dose, pequena, com a colher do chá. Seguiu assim pacientemente, até que não houvesse nada na xícara e aguardou, de braços cruzados.

Deixou a louça vazia no canto, e aos poucos, apoiado na parede, também adormeceu. Pela manhã Jin encontrou-os assim, descansando. Mas, uma vez acordado, Jungkook não queria despertar o irmão, e quando tentou levantar-se foi puxado de volta por um Suga sonolento que mantinha o seu posto.

- Suga já amanheceu. - Jungkook.

Ignorado.

No almoço quando K. H. Ae foi vê-los, ambos dormiam profundamente.

debatia-se. queria - tentava - gritar. bolhas subiam ao seu redor enquanto afundava com peso acorrentado a um de seus pés, a água era gélida.

sentiu uma mão lhe agarrar o tornozelo e livrar-lhe da corrente.

não tinha mais forças para nadar à superfície, mas imóvel subia, lentamente... e quando emergiu foi recepcionado pelo calor do sol no rosto.