como vejo a vida

infância perdida

essa história vou contar como se fosse a vivente, mas quem contou foi um parente, não se preocupe você entenderá o que lhe acontecera.

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quando nasci, eu acho que conseguia ver os sorrisos dos meus pais estampados em seus rostos. eu nem chorei, apenas sorria e dormia.

quando cheguei em casa tinha uma festa me esperando. todos da família foram para lá por minha causa. eu não parava de rir.

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quando eu completei cinco anos eu e minha família ( minha mãe, meu pai, minha avó e meu avô), fomos a praia. o que eu não sabia era que a minha infância mudaria completamente...

... eu estava totalmente feliz no colo de minha avó, até que vi meus pais brigando, o que eu podia lembrar era que minha mãe não me aguentava, mais e que queria me deixar em um lugar, foi nesse momento em que eu chorei pela primeira vez. minha avó me colocou no chão ( areia), e foi fala com eles. eu andei até o mar, fui andando, andando até que eu parei por um tempo e comecei a chorar sem fazer birra. meus avós gritaram meu nome mas continuei andando para o fundo.

meu avô me pegou em seu colo e voltamos para casa.

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meu pai e minha mãe não eram mais os mesmos, não se falavam a vida inteira, nem se olhavam mais, isso por minha culpa.

quando aprendi a falar perguntei ao meu pai se a culpa era minha, a minha mãe entrou na conversa e falou que sim, depois disso ela tentou me atacar, neste momento meus avos tinham chegado em casa. quando minha mãe ia matar meu pai, eles me pegaram e me levaram ao quarto deles imediatamente trancando a gente.

minha mãe foi presa, depois de solta ela tentou uma vida nova (diz ela).

meus avos morreram semanas depois, ficando só eu e minha mãe. quando o funeral terminou, minha vida só piorou, minha mãe não deixava eu estudar em escola, não deixava eu ter amigos. ficava sempre em casa, mal me alimentava.

um dia eu fiquei só por um tempo que era a chance de fugir do mundo. corri o mais longe que pude. eu estava em uma ponte onde passava muitos carros.

eu estava observando como ia ser doloroso, mas quando estava me lembrando meu passado, eu não ia sentir tanta dor como senti assim que meu pai morreu, assim que meus avos morreram. antes deu eu subir, apareceu um casal perguntando se eu estava perdida, se eu precisava de ajuda, se eu estava com fome.

eu olhei para eles começando a chorar e falei:

_ A única coisa que eu precisava era de meu pai vivo cuidando de mim, mas minha mãe tirou a vida dele, meus únicos parentes que também me amavam era meus avos que morreram também, sobrando minha mãe que me odeia desde que eu nasci.

pois disso eu corri um pouco para longe, subi o mais rápido possível e pulei na ponte.

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espero que ela esteja bem, quem sabe ela esteja com seu pai e seus avós, nunca se sabe o vai acontecer depois que você morre.

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e fim.