Capítulo 33 - Um pé de maçã

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Rubens marcou de sair para jantar com o amigo e dessa forma contaria com máximo de jeito que conseguisse a história sobre a gravidez de Carolina. Ed aceitou jantar com o amigo, pois precisava se distrair um pouco, desde o rompimento com Carol havia se afastado de tudo, por Melina ele tinha jurado que não se entregaria como da primeira vez e Carolina havia lhe pedido isso em sua última ligação. Os amigos encontraram-se em um restaurante que ficava próximo ao trabalho de ambos ao fim do expediente.

― E então, como está? – Rubens perguntava.

― Indo. Estou levando mais por causa da Mel. Esses encontros semanais com Joana estão deixando minha filha mal, um dia antes, durante e depois, Melzinha fica péssima. Joana não faz bem a ela.

― Aquela mulher nunca fez bem a ninguém, nem a ela própria. – Rubens completou.

― Isso é verdade. Mas, você e Gabi, como estão?

― Estamos bem, vendo os preparativos para o casamento, ela está me deixando maluco, com cores, flores, comidas, bolos e doces, bem casados e sei lá mais o que. – Edward riu.

― Posso imaginar, antes de Carol me deixar ela via algumas coisas do tipo para o nosso casamento também. – Ele recordou saudoso.

― Isso é estranho, se ela partiu dizendo que não gostava mais de você e que tinha outro, por que ela via essas coisas?

― Não sei dizer, tudo isso foi mesmo muito estranho, mas eu pensei bem e preferi respeitar a decisão dela de se afastar.

― Acho que fez certo. Existe em você alguma esperança de que... – Rubens nem completou, Ed o olhou.

― Ela volte pra mim? – Rubens assentiu. – Não sei, eu vejo os pais dela, eles nunca me falam nada, acho que para não me magoar, mas eu acho que ela está com alguém, eles sempre ficam na defensiva quando me encontram, tentam não demonstrar, mas não tem como. Eles me tratam bem, como seu eu fosse filho deles, não querem me magoar então eu não insisto perguntando nada.

― Você acha que contar seria magoar?

― Não, mas eles podem pensar assim, eu preferiria saber, mesmo que fosse doer, mas a dor passa, sempre passa e seria um motivo para eu também seguir com a minha vida, fico agarrado a essa esperança de que um dia ela vai voltar e não me permito a nada, você me entende?

― Sim, claro que entendo.

― Antes era diferente, eu tinha certeza absoluta de que ela procurava e esperava por mim, hoje ela sabe onde estou, ela partiu porque quis assim, então saber que ela está bem e seguiu com a vida seria um alívio pra mim.

― Entendo perfeitamente. Sabe Ed, a Gabi e ela se falam.

― É, eu imaginei.

― E eu sei de algumas coisas, se você um dia quiser saber, basta me perguntar que eu te conto. – Rubens olhava fixamente para os olhos do amigo na esperança de que ele perguntasse logo ali.

― Então me conte, por favor. – Edward perguntou com bastante curiosidade e Rubens respirou fundo, aliviado pela abertura do amigo e começou a despejar as informações:

― Gabi esteve com Carol recentemente, ela está morando com Roger.

― Roger, aquele Roger?

― Sim, aquele que deu a ela a oportunidade de trabalho.

― Nunca pensei em Roger, por que nunca pensei nele? – Ed pensou por uns instantes. – Claro, os pais dela apenas me diziam que ela estava morando com um amigo, como não pensei que fosse ele? Sou um idiota. – Ele parou de falar. – Desculpe Rubinho.

Em um segundoWhere stories live. Discover now