Ela (ele) apareceu de repente.

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Dois meses morando em Alexandria, Dois meses morando dentro daqueles muros de ferro.

Era estranho andar e não sentir o frio do ferro da arma na minha cintura Ou o peso dela em minha perna, era estranho levar a mão na cintura e não encontrar o cabo da minha faca.

O mais estranho era olhar para os outros que também se encontravam dentro de Alexandria, vivendo tranquilamente sem se preocupar com que estava além daqueles muros.

Parecia que eles tinham esquecido que tem do outro lado.

Eu também queria esquecer, mas não conseguia, eu sempre me pegava observando aqueles altos muros de ferro, a procura de alguma falha, a procura que aquilo estava apreste a cair.

Daryl também parecia preocupado com aqueles muros, parecia tão deslocado quanto eu.

Na verdade todos do meu grupo pareciam não ter se adaptado, durante o dias eles fingiam que estava tudo bem, mas a noite eu sabia que eles mal estavam conseguindo dormi.

Alexandria ainda não era um lugar confiável, ainda.

[...]

Pela janela da casa que nós doaram para morar, eu puder Enid uma garota que mal tinha conversado, escalando o muro quando ela chegou no topo, no momento para virar para outro lado, pude jurar que ela me encarou.

Logo eu não pude mais avista-la.

—Carl, o que foi ?

Meu pai logo estava ao meu lado, olhando pela janela.

—Nada... Acha mesmo que vamos ficar bem Aqui ?

Perguntei ainda observando para além da janela, tinha algumas pessoas caminhando enquanto conversam, algumas das poucas crianças que tinha ali estavam correndo atrás de uma bola velha.

—Temos que ficar Carl.

A mão dele logo estava em meu ombro, pude ouvir o choro de Judith vindo ao longe.

—Eles são fracos pai.

—Vamos torna eles e esse lugar forte.

Meu pai Rick logo se foi a encontro de Judith que chorava mais baixo agora, Michonne provavelmente já estava com ela.

[...]

Depois de arrumar poucas coisas necessárias em uma mochila velha e pegar algumas facas na cozinha, eu me encontrava no mesmo lugar que avistei Enid quase um mês atrás.

Depois de dar a ultima olhada e verificar que não tinha ninguém observando, comecei a escalar.

Já do outro lado, assim que meus pés tocaram o chão, corria para a arvore mais próxima e colei minha costa contra o tronco.

Minha mão logo buscou uma das facas que estavam no bolso da mochila.

Permaneci ali por poucos minutos, logo eu estava andado pelo chão da floresta, olhando para os lados.

Tudo estava silencioso, exceto o vento que parecia querer sussurrar algo em meu ouvido.

Andando distraído, eu avistei alguém abaixado usando um casaco amarelo com rosquinhas rosas, a pessoa tinha cabelos ruivos e maiores que os meus.

Parecia uma garota, baixa que vasculhava ou procurava algo em uma mochila vermelha.

Tentei me esconder atrás de uma arvore que tinha ali perto, mas acebei pisando em um galho seco que fez um som alto.

A pessoa me olhou e logo vinha na minha direção com uma barra de ferro em mãos.

—Ei calma.

Falei me desviando da barra que tinha vindo na direção da minha cabeça, logo minhas mãos pegaram a barra e a puxaram, mas a pessoa ruiva segurava com firmeza.

—Solta.

Sua voz era rouca, seus lábios estavam secos.

—Solta você.

Puxei a barra novamente, a garota começou a tentar a chutar minhas pernas e conseguiu algumas vezes.

—hai ...

Ela me acertou um chute bem na zona de perigo, minha perna esquerda falhou, foi o momento que ela avançou sobre mim.

Meu corpo tombou com o chão, a barra foi esquecida em algum momento, pois agora meus cabelos era o alvo das mãos daquele ser ruivo.

—ai..

Mordi seu ombro com força, ela socou meu peito.

—Porra...

—Aia..

O dedão da pessoa ruiva pressionou meu olho direito com força, parecia Ou era certeza que ela estava tentando me deixar cego.

Minhas mãos deslizaram por todo o peito da garota, mas eu não senti nada ali... Era plano como eu.

Entre aqueles socos e chutes e com um olho ainda sofrendo o atentado de acabar cego, eu analisei o rosto daquela pessoa melhor.

Seus olhos eram verdes claros, seus cabelos ruivos que chegavam ate a metade da costa estava preso em uma trança, sua boca ressecada e agora com um corte, suas sobrancelhas de cor de ferrugem eram bem mal feitas.

—Você é um garoto? Ai

O aperto em meu olho ficou pior, remexi minhas pernas e meus braços em busca de um escape.

—Pu..meu saco.

Com meu punho acertei o que ele ou ela tinha entre as pernas, e como resultado a pessoa caiu para o lado.

—Viu isso doi idiota.

Eu ria com vontade enquanto observava o corpo do ruivo ir de um lado para o outro.

—Para de rir desgraçado.

Apesar de me mandar para de rir, o ele próprio estava rindo, avistei ao longe se aproximando lentamente um zumbi

—Shii vem comigo.

O garoto arregalou os olhos quando avistou quando também avistou e logo se colocou em pé.

—Me segue.

Sai correndo, sem saber realmente que ele estava me seguindo, por alguns minutos não escutei barulho nem um atrás de mim, mas logo eu escutava.

A  Ruiva (o)Where stories live. Discover now