Me senti estranho em relação ao seu sorriso.

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Naquela manhã acordei com a voz do meu pai me chamando, meus olhos logo localização sua figura, em pé ao lado da minha cama.

—Vou lá pra fora, quer ir junto ?

Ir lá pra fora; Eu sabia o que significava.

—Vou.

Respondi já me sentado na cama, logo meus olhos focaram em Oliver que estava deitado no chão ao lado da minha cama, sobre um colchão o mesmo se cobria até os ombros com um cobertor.

—Pai ... Ele pode ir junto.

Pergunto ao meu pai que ainda me aguardava dentro do quarto, mas já estava perto de sair pela porta do mesmo.

—Você vai ficar responsável por ele.

Foi só que ouvi antes dele desaparecer pelo correr.

Sentado em minha cama enquanto ajeitava meus cabelos que estavam bagunçados, comecei a cutucar Oliver com meu pé.

O mesmo apenas se encolheu mais um pouco debaixo da coberto enquanto murmurou algo que não consegui entender.

—Ei Oliver.

Com meu dedos do pé peguei um pouco de pele de seu pescoço, Oliver abriu olhos e me lançou um olhar bravo como aviso, naqueles quase 27 dias de convívio eu já sabia diferencias seus olhares, pelos menos alguns deles, pois outros só serviam para me deixar confuso.

—Vamos ir lá pra fora, quer ir junto ?

Oliver deitou novamente a cabeça no travesseiro.

Revirei os olhos e logo me voltei para outro lado da cama, para calçar meus all stars.

—Fora... O lado de fora dos muros ?

Me deitei a travessado na cama, de barriga pra baixo, logo observei Oliver me encarar com seus olhos verdes sonolentos.

—é... Sabe pra checar a redondezas.

Sorri enquanto observava Olive chutar do cobertor para enfim se livrar do mesmo.

—Vamos ficar muito tempo lá fora ?

Pelo seu olhar pude ver uma pitada de medo, Oliver estava com receio de ir para o lado de fora, tive vontade de tirar o convite, mas não fiz.

—O necessário... Vou esperar lá em baixo.. Não demora.

Avisei a ele quando me apressei para sair daquele quarto, quando me dei conta que olhei tempo demais para o garoto em minha frente.

Desci as escadas balançando a cabeça em negativo, na tentativa de afastar pensamentos que a cada dia se tornavam cada vez mais estranhos.

—Pão carl.

Me aproximei do meu pai que apontava para umas fatias do pão de caseiro que provavelmente tinham o gosto forte de farinha.

—O outro vai ir ?

Apenas balancei a cabeça em positivo respondendo a pergunta de meu pai, mas não demorou muito para ter passos atrás de mim e demorou muitos menos para meu chapéu ser forçado contra minha cabeça.

—Você esqueceu lá em cima.

Dei um sorriso enquanto arrumava meu cabelo, os colocando mais para lateral do meu rosto.

Pelos contos dos olhos observei Oliver enfiar uma fatia daquele pão em sua boca e mastiga-lo como se fosse uma delicia.

Meus olhos rapidamente correram para meu pai quando me senti observado pelo o mesmo.

A  Ruiva (o)Where stories live. Discover now