10 de abril de 2016

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Ontem eu fui incapaz de relatar todos os acontecimentos imperdíveis do meu dia já que o lápis caiu de baixo da cama e adivinhe? Nem pegá-lo sozinha eu sou capaz.

Tive de esperar que me entregassem no outro dia e fingir que nem sabia de sua existência já que os meus relatos são vergonhosos demais para serem explanados dessa forma. Entretanto, estou aqui novamente.

O marginal de antes de ontem não é tão marginal assim, ele não fala e tenho a convicção de que ele preferia estar em qualquer outro lugar. Sinto dizer que somos dois. 

O nome dele é Samuel Trevor e ele é estudante de engenharia. Ele tem um sorriso tão legal de se ver que não consigo pensar no motivo dele estar aqui. Novamente, sinto dizer que somos dois.

Cada dia que se passa eu olho para aquela janela, vendo as pessoas passarem, me pergunto o que eu fiz de tão mal para o que está acontecendo comigo. Eu realmente fui assim tão má ou isso é somente uma punição gratuita?

Não importa.

Não existe saída para pessoas como eu.

O câncer vendeu antes mesmo de começar a batalhar.

Com amor, Hannah (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora