5

1.2K 163 47
                                    

No dia seguinte, Evie acordou mais disposta do que nunca.

Não havia se arrependido da decisão de ajudar o queridinho do colégio a se vingar da irmã. E não iria se arrepender. Alguém precisava fazer alguma coisa. Irene tinha que levar uma lição. Chega de aguentar tudo calada.

Ela merece. – pensou, quando se olhou no espelho.
Fitou a espinha em sua testa, que não parecia dar sinal de que iria sair dali e suspirou, jogando água em seu rosto e fazendo sua higiene matinal.

Beleza não é tudo. Ela repetia pra si mesma. Você é inteligente. Você é genial. Sua mãe se orgulha de você. Ela repetiu a mesma coisa que dizia todas as manhãs. Inteligência é pra sempre. Beleza é momentâneo e senão fosse inteligente, Irene não...

— Cadê os meus deveres, monstrengo? – A irmã entrou no quarto, estonteante, como sempre. Evie não pode conter o pulinho de susto no banheiro após a entrada inesperada. Não tinha nada a ver com medo; tentava dizer pra si mesma todo dia, mesmo que não fosse verdade.

Ela apontou para cima da mesa da escrivaninha, o braço cada dia com uma aparência pior. JooHyun fez uma cara de nojo ao notar aquilo e pegou seus pertences.

— Tenho um trabalho de filosofia, é sobre Kant. – Irene entrou no banheiro, fitando os olhos da irmã tão parecidos com os seus pelo espelho. — Faça.

Evie não mexeu um músculo, mesmo que seu coração batesse mais rápido a cada segundo.

Após o breve silêncio, a menina mexeu numa mecha dos cabelos ruivos da irmã. Aqueles cabelos tão bonitos que ela aprendera a odiar fio por fio.

— Eu estou ficando sem criatividade, monstrengo, mas, você sabe que eu sempre arrumo um jeito. – ela largou a mecha de cabelo de Evie. — Acho mesmo que você está precisando de um corte de cabelo... – A mais nova tremeu perceptivelmente e JooHyun fechou a cara enquanto seus olhos perpassavam raiva, ódio e rancor. Tudo misturado e tão forte de uma forma que sua voz nem parecia sua quando sibilou. — Não aja como se você fosse a vítima da história quando sou eu.

E esbarrando na irmã de meio sangue, saiu do banheiro e em seguida, do quarto.

Reprimindo o choro, Evie pensou, como queria que ela saísse de sua vida. No entanto, não tinha tempo para lamentações. Era assim que a relação das duas era. Irene sabia o medo que causava na irmã e abusava disso. E tudo pela maldita competição que Evie nem fazia questão de ganhar mas, não tinha como sair também.

Suspirou, passando a pomada no braço tentando não lembrar das cenas de algumas semanas atrás e ir logo para a escola.

Quase chorou de novo quando lembrou que não era a sua escola. Era a área da irmã.

Tudo era sobre a irmã.

No intervalo, SeHun andava despreocupado. Na noite passada, houvera um grande jantar em sua casa. Os pais o homenagearam, como sempre. Houve aplausos, comidas sofisticadas e muitos abraços.

Ele amava jantares em família.

Chegou até seu destino – seu armário, pegando o livro de química e o equipamento de lacrosse. Odiava ter essa matéria todos os dias e odiava ainda mais ter a posto em sua grade por causa de Irene. Como fora tolo de se deixar levar pela boa aparência da menina, como fora tolo de não ter percebido como ela era realmente...

Assim que concluiu seu pensamento, já tendo posto a mala de lacrosse nas costas – tão largas quanto o oceano pacífico – viu a garota que seria sua parceira no crime chegar. A ruiva passou ao lado de SeHun, dessa vez sem touca e o garoto ficou levemente encantado com as ondulações em seu cabelo, por mais leves que fossem. Não via nada menos que cabelos escorridos naquela escola e algo diferente era... bom.

— Esquentadinha! – SeHun chamou esperando que a garota virasse para ele. Quando ela continuou seu caminho, o moreno franziu a testa. Será que ela não tinha escutado? Será que havia o ignorado? Não fazia verdadeira diferença. Ele precisava falar com ela, sendo assim, se dirigiu até a garota, a puxando pelo braço.

— Eu disse que se me chamasse assim de novo, eu iria desistir. – foi a primeira coisa que a menina disse, rangendo os dentes. Então, ela havia escutado. SeHun soltou seu braço, imaginando que era por isso que ela parecia tão raivosa. Tinha que fazer uma nota mental sobre isso, o rapaz odiava desrespeitar as pessoas e era a segunda vez que ela reagia daquela forma; se fossem trabalhar juntos, era melhor que não houvesse uma terceira.

— Como você é difícil, garota. – ele não conseguiu segurar a piadinha, afinal, ninguém é de ferro e ela era extremamente agressiva desnecessariamente.

Evie revirou os olhos. SeHun odiava quando faziam isso e quando era ela, o irritava ainda mais. Talvez fosse sobre a prepotência presente em tudo que ela fazia, talvez fosse a forma como os olhos dela o irritavam por serem tão grandes ou talvez fosse porque era simplesmente falta de educação. Ele não sabia a resposta exata mas, apostaria em todas.

— Não posso decidir nada com você hoje. – a garota chamou sua atenção. — Tenho que resolver algumas coisas.

— Que coisas? – o rapaz alto perguntou.

A ruiva bateu a língua no céu da boca.

— Continua curioso.

Ele foi rápido em responder enquanto todos os alunos presentes no corredor meio que olhava e não olhava para eles.

— Continua evasiva. – SeHun olhou para cima e ao notar, por cima da cabeça da garota – eles tinha realmente uma boa diferença de altura – a irmã da mesma vindo com suas amigas a sua volta, o menino sentiu que colocaria seu plano a perder antes mesmo dele ter sido posto em ação. Pensando assim, puxou a garotinha a sua frente para dentro do armário do zelador, disposto um pouco ao lado de onde se encontravam. O ato foi brusco e a garota, leve, acabou por ser literalmente atirada para dentro da salinha.

Ao sentir seu braço bater na parede, Evie xingou baixo.

— O que aconteceu com seu braço? – SeHun perguntou, se aproximando da garota no compartimento apertado. Evie sentiu-se intimidade com a altura do garoto que literalmente lhe tampava a visão da porta e deu um passo para trás.

Não gostava de pessoas bonitas. Pessoas bonitas eram perigosas.

— Vai arrumar o que fazer.

Antes de sair da sala, ouviu-o sussurrar um "grossa" e concluiu que definitivamente era melhor manter o máximo de distância possível de Oh Sehun.

* até sábado tem mais, amores! 

obrigada por todo carinho, preocupação e cuidado que vocês sempre tem comigo. eu gostaria que vocês soubessem que é recíproco, cada pedacinho dele. muito obrigada por me fazerem feliz quando eu acho impossível.

não desistamos nunca e façamos todo dia um bom dia para se viver, ok?

não esqueçam de votar, comentar e conversar comigo. me chamem nas mensagens ou podem me encontrar no instagram: @ itsnathy

os amo, até! *

Love Sisters ☇ Sehun. Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ