Capítulo 12

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- Jhef não chore meu amor. - Já começo a me desesperar.

Meu bebê está tristinho desde ontem, começou a dar febre e a chorar.

Acho que ele estranhou a mudança, por isso está triste. Jhef é muito grudado a meus pais e Fran, agora com a mudança não os verá todos os dias.

Começo a andar de um lado para o outro com ele em meu colo. Mas mesmo assim ele não para de chorar.

Pego meu celular e ligo para Tom.

- Atende por favor. - Murmuro.

Não sei quem está chorando mais, se é Jhef ou sou eu.

- Empresa Harris, bom dia. - Uma mulher atende a ligação.

- Bom dia. - Desejo. - Gostaria de falar com Tom.

- Ele está em reunião agora. - Diz. - Pediu para não ser interrompido.

- Diga a ele que é sua esposa.

-  Espere um segundo senhora Harris. - Pede.

- Ok. - Balbucio.

Jhef começa a resmungar novamente.

- O que foi Melinda? - Pergunta Tom com ignorância. - Estava em reunião e pedi para não ser incomodado.

- Se sua reunião é mais importante que seu filho que está com febre,  então esquece. - Desligo a ligação em sua cara.

Coloco os documentos de Jhef em minha bolsa, juntamente com os meus.

Pego meu pequeno em meus braços, e saio do meu quarto.

Infelizmente Jonas não está disponível no momento, papai também não tem carro, então não adiantaria ligar para ele.

                            🌹

Graças a Deus consegui pegar um táxi, e chegar rápido ao hospital.

- Jhef pegou um resfriado. - Diz o médico. - Passarei o medicamento para ele. Dê nos horários certinhos que ele irá melhorar logo.

- Obrigada Doutor. - Suspiro aliviada.

Jhef está agora tão entretido com uma enfermeira, que nem imagina o susto que me deu.

A porta do escritório médico abre com um estrondo, e Tom adentra o ambiente sem cor em seu rosto.

- Como está meu filho? - Pergunta.

- Está bem. - Digo. - É apenas um resfriado.

Vejo alívio em seu semblante, enquanto passa as mãos pelos cabelos.

O doutor Jefrey me entrega a receita com os medicamentos para Jhef.

- Não esquece os horários. - Diz Jefrey.

- Obrigada doutor. - Agradeço.

Tom pega Jhef do colo da enfermeira, e caminha até mim. Saímos juntos da sala de Jefrey.

Caminhos lado a lado em silêncio, até o carro de Tom.

Jonas abre a porta para nós. Tom coloca Jhef em sua cadeirinha, e ele resmunga enjoado.

Me sento ao seu lado e pego sua mãozinha.

- Isso meu bem. - Digo. - Bom garoto.

Meu pequeno sorri para mim e boceja. Beijo seu rostinho com carinho.

O caminho de volta para casa foi feito em silêncio. Graças a Deus Jhef adormeceu.

- Deixe que eu o pego. - Diz Tom, ao chegarmos ao seu apartamento.

- Tudo bem. - Digo.

Tom caminha em minha frente com nosso filho nos braços.

Fico o observando tão carinhoso com meu bebê, que acho até estranho. Nunca vi Tom demonstrar carinho ou se importar com outro a não ser ele próprio, até agora.

Por incrível que pareça, vi medo e arrependimento em seu olhar.

Enfim adentramos em seu apartamento, Tom vai direto para meu quarto, e deita Jhef em seu berço.

- Me desculpe por hoje. - Pede Tom.

Arregalo meus olhos. Estou louca ou ele acabou de me pedir desculpas? O que aconteceu com esse homem?

- Tudo bem. - Digo me sentando em minha cama.

Tom senta ao meu lado e suspira alto.

- É sempre assim? - Pergunta.

- O que? - O olho confusa.

- Viver preocupado?

- Sim. - Digo sorrindo. - Você pensa que conforme eles crescem melhora, mas se engana.

- Nunca passei tanto medo em minha vida. - Assume.

- Não posso dizer que você se acostuma com o tempo, eu estaria mentindo. - Suspiro. - Ter filhos é ter preocupação pelo resto de sua vida. Mas vale a pena. - Sorrio. - Não me arrependo de ter Jhef, ele é tudo para mim.

- Nunca tive ninguém para se preocupar comigo. - Diz sorrindo sombriamente. - Então não sei o que é viver em uma família feliz.

É a primeira vez que Tom diz algo sobre seu passado, e como previ não foi agradável. Suas feições já diz tudo.

Não me atrevo a perguntar nada, darei tempo a ele para confiar em mim, e me contar seus medos mais obscuros. Quem sabe posso ajuda-lo de alguma forma.

Tenho esperanças que Tom se torne um bom homem um dia, tenho fé em Deus. Quem sabe não será Jhef o motivo de sua mudança?

Para um homem que não se importa com nada além dele mesmo, ficou muito preocupado com o filho. Então eu acredito que no fundo de seu coração exista amor.

- Cadê a receita que o médico passou? - Pergunta.

Pego minha bolsa e a abro. Pego o que Tom deseja e entrego.

- Vou pedir para Jonas ir compra-los. - Diz já se levantando e caminhando até a porta.

- Tudo bem. - Sorrio fraco.

Me levanto e vou até o berço de Jhef para ver se sua febre abaixou. Ele não está tão quente, sinal que o remédio que Jefrey o deu está fazendo efeito.

Me deito em minha cama, fico olhando para o teto de meu quarto.

Seremos uma família de verdade um dia? Serei capaz de amar Tom e ele me amar? Ou viveremos toda nossa vida nesse casamento de fachada?

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Bom dia amores.

Como passou seu final de semana?
Tudo bem?

Tom está começando a se tornar um homem melhor? Será?

Até o próximo capítulo. 🌹❤😗😍

Caminhos que se cruzam Where stories live. Discover now