Kill'em'll // JOSHLER

Onde tudo começou.

Tyler Pov

Eu fui arrumando meus livros dentro da minha mochila enquanto pisava para fora da faculdade. Jenna andava ao meu lado, ambas as mãos penduradas pelos dedões na alça de sua mochila. Fechei o zíper e posicionei a mochila nos meus dois ombros. Dei um leve sorriso para Jenna, que sorriu fraco de volta.

Andamos juntos até a cafeteria em um silêncio em tanto que constrangedor. Chegamos a um café que ficava a algumas quadras da faculdade. Nos sentamos numa mesa próxima à janela, onde nós normalmente sempre nos sentávamos. Tiramos nossos livros da mochila e começamos a fazer nossos deveres. Não sem antes pedir comida. Pedi meu usual pedaço de bolo de maçã e um café. Jenna normalmente pedia um chá e um salgado. Minha colega de sala gostava de coisas mais leves. Jenna não chegava a ser minha amiga. Era só uma conhecida, com quem eu ia tomar café todos os dias. Mas uma pessoa para ter aquele diálogo "Você está bem" "Sim, e você?" "Estou bem também" para depois vir um silêncio constrangedor. Ela era alguém... para não me deixar sozinho pelos longos corredores da faculdade.

Dei um tempo dos deveres para beber meu café e comer meu bolo sem ter risco de sujar meu material. Me encostei na cadeira e relaxei um pouco. Olhei a rua pela janela à minha esquerda. Esperando ele aparecer.

E então, eu o vi.

Aquela merda de carro.

Cutuquei o braço de Jenna. Ela levantou a cabeça e me olhou. Cheguei mais perto e disse:

— Tem um carro me seguindo.

Ela levantou uma sobrancelha.

— Como você sabe? Qual é o carro?

Eu apontei para o Land Rover preto fosco. Ele estava estacionado do outro lado da rua.

— E o quê você quer dizer com "te seguindo"?

— Eu tenho visto esse carro todo dia, estacionado no mesmo lugar, há umas duas semanas. Eu tenho quase certeza que ele está me seguindo.

— Como você sabe que é o mesmo? – ela questionou.

— É a mesma placa. Os mesmos arranhões.

Jenna me lançou o olhar de desacreditada.

— Tyler. Deixa de paranoia. Talvez seja um cara que trabalhe aqui perto e pare para dar carona para alguém. O carro não está te seguindo – ela disse, voltando aos livros.

Dei uma outra olhada rápida para o lugar onde o carro estacionava.

Ele não estava mais lá.

Enfiei a cara nos deveres de novo. Mas minha intuição raramente falhava.

Josh POV

Eu dirigia para longe do café. Brendon estava ao meu lado, a janela levemente aberta, fumando.

— Você conseguiu ver eles? – perguntei.

— O moreno e a loira?

— É, babaca. Foram eles que eu pedi que você visse.

— Tá, enfim. Eu vi.

— É o moreno que eu quero – eu disse, enquanto virava uma curva.

Brendon quase se engasgou com a fumaça do cigarro.

— Mas que porra, Josh? Você quer o cara? Eu achei que você queria a loira!

Neguei com a cabeça.

— Eu tenho observado ele. Eu quero ele. E apenas ele.

Brendon encostou a cabeça no banco do passageiro e suspirou.