- CIDADE CONDENADA -
Pov Sam
O casal estava comendo e eu os encarando, encostada na parede, já fazia algum tempo. Eles estavam em silêncio, receosos, desde que cheguei, até acabarem de almoçar e o rapaz receber um olhar da moça, o pressionando a falar algo, senti uma mínima vontade de rir, que segurei, quando o mesmo gaguejou e arranhou a garganta antes de começar...
Peter: Er... Você já almoçou? - Levantei uma sobrancelha e um sorriso pequeno de deboche soltou-se por meus lábios
A garota levou a mão a testa, em frustração clara e eu sorri de verdade, demorando um pouco para então respondê-lo
Sam: Não, eu não almocei, acho que por agora não quero enjoar mais - Deixei escapar, mas eles não entenderiam mesmo - Vocês estão curtindo a estadia aqui?
Fui simpática, porém, a jovem achou que era sarcasmo
Tina: Não dá para curtir se não temos liberdade! - Se irritou
Sam: Arr - Reclamei, jogando a cabeça para trás, antes de voltar a encara-los - Não me venha com esse papinho clichê de sequestrado - Revirei os olhos - Vocês não devem encarar isso como uma 'prisão'... Encarem como umas... Férias adiantadas - Sorri esperta e eles me olharam confusos - Faz tempo que não tiram férias, certo?
Peter: Não, mas... - O interrompi
Sam: Sem "mas"! Vocês são um casal, precisam de um tempo só para vocês! - Sorri, entretanto aquilo me deu uma sensação estranha, balancei a cabeça tentando espantá-la e sorri para eles - Enfim, não faltou nada para vocês esses dias, faltou?
Tina: Tirando a liberdade? - Revirou os olhos, irônica
Sam: Ow, vocês não pediram pra sair - Ela me olhou incrédula
Tina: Você tá de brincadeira com a minha cara?!
Sam: Tudo que vocês quiserem é só pedir, como já disse, encarem essa estadia conosco como férias de casal...! Claro, para toda regra há exceções, então... Vocês só não podem ter acesso a celular, telefone e aparelhos via à internet, além de que quando quiserem sair da casa, serão vendados e levados a outro lugar de carro. Lugares desertos, claro, afinal de contas, são umas férias de casal!
Peter: Então... Eu posso ir na cozinha pegar um copo d'água?
Sam: Claro! - Sorri abrindo a porta e ele saiu - Tina? - Ela me olhou - Eu e as garotas sairemos e provavelmente vamos demorar, por isso, uns amigos nossos vem cuidar de vocês - Ela me olhou assustada - Não se preocupe, eles são de boas, o mais gordinho é traficante de armas e equipamentos, mas não chega a ser perigoso, aliás, ele é bem respeitoso, ainda mais com mulheres. O outro é mais complicado, ele é vencedor de racha e... Um assassino de aluguel - Falei receosa, ao qual Tina reagiu se levantando assustada e acabando derrubando a cadeira - Só que é sem problemas também, ele é muito honroso às ordens que o dão e está sabendo que não deverá nem tocar em vocês, eu o conheço há muito tempo, sei que ele não me decepcionaria querendo e eu deixei claro que quero vocês seguros e bem - Sorri consoladora e ela tentou se acalmar
Tina: Tudo bem - Respirou fundo e então pareceu lembrar de algo
Tina: Ei! - Me olhou firme - Você sabe... Você disse que não queria comer por receio de enjoar... - Desviei o olhar, sabendo onde ela queria chegar - Você por acaso não está...? - Ela não terminou e nem precisava
Sam: Eu tenho meus motivos para não querer comer, não precisa ser isso! - Fiquei desconfortável
Tina: Mas é... Não é?
Quase prendi a respiração por um tempo, então suspirei
Sam: Sim - Abaixei a cabeça rendida e então percebi: eu nunca me rendia tão fácil e nem falar sobre minha vida para reféns era do meu feitio, como com ela pareceu tão fácil?!
Confusa, achei melhor sair dali e sussurrei um quase inaudível: "Preciso ir" antes de sair porta a fora. Isso de gravidez está mexendo com minha personalidade, parece até que estou mais mole, não posso deixar isso ser tão forte! Andei o corredor e encontrei com Peter voltando ao quarto, continuei meu caminho e no fim do nem tão grande corredor, ouvi as vozes dos meus amigos, sorri e respirei fundo, para dissolver qualquer confusão de meu ser. Adentrei a sala e logo sorri novamente...
Sam: Brad, há quanto tempo! - O abracei - Como você tá baleia? - Sorri para meu fiel amigo Gibby
Gibby: Sam... Assim perco qualquer vontade de te entregar o que trouxe
Sam: O que trouxe, meu querido sereio Gibson? - Fiz bico pidona
Gibby: Uma sub-metralhadora novinha! - Sorriu me mostrando a arma, sabendo que amo desse tipo
Sam: Gibby!! Você é o melhor, Gibson! - O abracei e vi ele rir
-: Eu não seria tão precipitada - Uma morena apareceu na porta, sorrindo como se houvesse ganho algo e seu olhar lançava quase que um desafio, passando os olhos por todos na sala e parando em mim - Samantha Puckett
Sam: Carlotta Taylor Shay - Devolvi o olhar, séria
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Carly: Sam!!!!! - Correu, se jogando em meus braços em um abraço apertado
Sam: Oi, Carls - Sorri, quando a mesma me soltou de seu abraço de urso - Não me contou que ela viria, Brad, você sabe que isso é uma missão de vigiar reféns e não um dia de folga para namorar, né?! - Debochei e ri, quando Carly me deu um tapa no braço
Carly: Sam!! - Então ela se virou para as outras - Meninas - Sorriu, as cumprimentando
Jade: Eae, magrela - Falou indiferente
Cat: Por que ela veio?! - Questionou a ruiva emburrada e a morena visitante a olhou com desprezo
Carly: Também é um desprazer te rever, Caterina - Engelhou o nariz, como que com nojo
As duas eram assim desde que se conheceram, digamos que eu conhecia a Carly antes da morte de meu pai, com a fuga e o encontro com as meninas, revi a Carly quando ela se mudou para a nossa cidade e foi parar na nossa escola, Cat e Carly tiveram ciúmes de mim com a outra, por isso, já de início sua relação foi um tanto conturbada, Jade sempre foi mais fria mesmo
Jade: Mas então? O que veio fazer aqui, Carly?
Carly: Ainda que não seja necessário, vim prestar meus serviços, já que não tinha planos para esta tarde e você "alugaram" meu namorado de guarda-costas - Sorriu, se referindo ao Brad
Cat: Não estamos precisando de uma pistolera - Atropelou rápida
Jade: Calma aê, Ruiva! - Riu a morena - Quanto mais ajuda melhor, ainda mais de graça, você não vai mesmo passar o dia aqui - De último se dirigiu à garota emburrada
Cat: Mesmo assim
Sam: Tá, tudo bem, nós vamos ou não?! - Tá que fiquei um pouquinho impaciente com a discussão
Jade: Com certeza!
Todas já saiamos, quando passei por Brad e segurei em seu braço, o fazendo virar o rosto para me olhar nos olhos
Sam: Não esquece, não é para acontecer nada de ruim aos reféns - Cerrei os olhos para o meu amigo assassino, que revirou os olhos e sorriu
Brad: Eu tô sabendo, Sam! O pior que pode os acontecer é um pequeno trauma depois de uma corridinha básica com alguns amigos de um racha! - Sorriu mais agora e o repreendi com o olhar
Sam: Eu os quero inteiro e sem traumas, quando voltar. Você sabe da importância do apreciar deles no plano!
Brad: Tá, tá, tudo bem, não farei nada de errado com seus amiguinhos - Revirou os olhos debochado
Sam: Até mais tarde, Badboy - Sorri e me virei para Gibby e Carly - Baleia, Carls - Cumprimentei, saindo com Jade e Cat
POV Geral
E foi quando o carro preto partiu do casarão escondido em zona perdida, que o sino dos problemas tocou sobre Nova York, e a cidade estava condenada a enlouquecer por alguns meses!
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✨3 Problemas Em Um Só - 2° LIVRO
Fanfiction📍 Continuação de "flores que matam" O que aconteceu? Estávamos casadas, mas nossos maridos não confiaram em nós, apenas nos restou voltar para onde nunca devíamos ter saído: O mundo do crime, o nosso mundo!