Capítulo XX

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Os cinco soldados se encontravam sentados em bancos metálicos do avião juntos aos dois Argonianos. Os três soldados jogavam poker em uma mesa improvisada junto a Manson convidado por um deles que se sentiu mal por deixá-lo só. Sephine observava tudo aquilo com indiferença, com uma vontade de destruir tudo aquilo é rescontruir do jeito certo. O chacoalhar do avião angustiava os dois que sentia um enjôo e uma dificuldade de respirar, junto a um suor frio que escorria de suas testas. Sephine observava o céu ao longe. Tudo que ela conseguia ver era uma imensidão azul, algo que ela nunca pode ver porque Jake não permitia, era o céu. Um azul claro tomava conta de tudo, reluzindo em feiches de luz que entravam pela pequena janela esquentando seu rosto.

-Atenção, por favor voltem aos seus lugares e coloquem os cintos.- ordenou uma voz vinda da cabine.

Os soldados saíram da mesa rindo da dupla perdedora sendo Manson e o soldado que sentiu pena dele.

-Boa derrubado, isso que dá chamar pessoas que não sabem jogar para vir contra os profissionais.

-Pelo menos eu não fui babaca como vocês e dei uma chance a ele.

-Que foi? Vai pagar pau pra ele agora?

-Calem a boca todos vocês e sentem-se.- disse B12, uma jovem baixa de cabelo louro comprido.

Houve uma pequena turbulência que assustou um pouco B11. Manson s Sephine fecharam os olhos e seguraram firme em seu cinto com a esperança de que ia ficar tudo bem. Após aterrissar, entraram em um carro que havia no dentro do Bagageiro junto aos jovens.

-Entrem todos no carro que vamos para o último lugar onde a criatura foi avistada.- informou Arroz tomando conta da direção.

Partiram em direção a cidade na velocidade máxima que o carro aguentava que era em torno de 150 quilômetros por hora. Sephine amou aquele vento batendo em seu rosto, jogando seu cabelo para trás. Fechou seus olhos e puxou o ar para dentro, não que houvesse necessidade para ela. Manson observava aquela cena com um sorriso apaixonante, porém contraído. Recusava demonstrar que realmente gostava dela então virou-se para o outro lado não se importando tanto para o que Sephine estava fazendo, já que era normal para ele andar de carro. Mas ela não. Crescer em um hambiente de concreto a deixou semelhante, uma pessoa fria, cinza e dura como tal. Contudo, agora ela sentia o prazer de algo tão comum e insignificante para Manson, o simples fato de ter o vento sobre seu rosto, o sol e ver o céu, os animais e ouvir sons, sentir cheiros diferentes. Tudo isso trouxe um êxtase para a jovem dilatando sua pupila.
E por conta do elo que Manson tinha com ela, estava sentindo toda aquela emoção invadir ele deixando-o bobo ao observar tudo a sua volta.

A cidade crescia conforme eles iam se aproximando cada vez mais do perímetro urbano do local. Arroz desacelerou o veículo ao ver rastros de destruição próximos. O carro parou por completo junto ao silêncio dos leitores. O único som existente era do vento quente do verão. Os outros soldados desceram do carro quando ele levantou a mão indicando que podiam. Seguiram a pé sem falar nada, pois aquele animal possuía uma excelente audição, porém uma visão horrível. Arroz sacou uma granada de sua mochila e a atirou em um carro que explodiu. O som, mais o calor atraiu a criatura fazendo o chão começar a tremer.
Um focinho branco surgiu do lado de fora da terra, com pequenos pelos que sentiam a captação de movimentos e nada se movia ali o que lhe trouxe uma grande decepção.

-Fiiuii.- assobiou Feijão.

A criatura que havia retirado o focinho voltou a colocá-lo no buraco com uma força maior aumentando o mesmo e a esposição de seu focinho.

-Ai seu filho da puta! Apareça!- gritou feijão.

A criatura sumiu para dentro da terra vasculhando por debaixo dela, o lugar de onde foi emitido o som.

O TerraqueoWhere stories live. Discover now