Capítulo (17)

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Juliana

Tantas boates espalhadas pelo RJ mas tínhamos que estar na mesma, esse destino ou seja lá o que for deve gostar de brincar com a minha cara, tudo que evitei durante toda a semana acontece justamente onde eu menos esperava e aqui estamos nós um de frente para o outro.

-Você! -falamos juntos o que seria cômico se não fosse trágico, pelo menos para mim.

-Pois é "eu". -digo afim de quebrar essa tensão que pairou sobre nós.

-Que surpresa! -ele diz voltando a adotar a postura de gostosão de sempre.

-Se me der licença eu preciso encontrar minha amiga, ela deve estar igual uma louca atrás de mim. -digo já ficando de pé pronta para correr.

-Espera. -ele segura meu braço me fazendo virar novamente em sua direção e esse simples contato foi o suficiente para me arrepiar toda como nunca antes.

-Eu realmente preciso ir. -falo com dificuldade, tento me soltar mas ele se mantém firme porém sem me machucar.

-Dú meu benzinho, que bom te encontrar aqui, eu já estava com saudades. -diz uma loira que já chega colocando suas mãos com garras vermelhas em cima dele.

-Melissa já disse para não me chamar assim, aliás não era nem para você está se dirigindo a mim. -ele fala tão grosso quanto é possível, mas isso pouco me importa pelo menos ele me largou.

-Nossa Dú, você não pode está levando isso a sério. -ela fala se insinuando para ele de uma forma tão vulgar que me dá ânsia, preciso sair daqui.

-Como eu já estava de saída, com licença. -falo já me virando e andando tão rápido quanto possível.

Volto para a pista afim de achar a Thay, quando encontro vejo que ela continua dançando como se não houvesse o amanhã, não sei como ela aguenta rs, chamo sua atenção para falar que vou embora mas ela ignora o que eu iria falar e me puxa fazendo com que eu acabe tendo que dançar junto com ela, sem saída me rendo e tento esquecer o bendito encontro inesperado que acabei de ter.

Eduardo

Ainda sem acreditar que é justamente ela que tem infiltrado minha mente durante toda semana é a que estava também me enlouquecendo com seu jeito sensual de dançar. Não é a toa que digo que ela é uma feiticeira, a surpresa foi tanta para ambos que acabamos falando juntos e quando consigo segurar ela para falar algo antes dela fugir pois estava estampado em sua cara que ela queria "fugir", surge do nada Melissa para acabar com tudo.

-Dú meu benzinho, que bom te encontrar aqui, eu já estava com saudades. -ela só pode estar de brincadeira com a minha cara.

-Melissa já disse para não me chamar assim, aliás não era nem para você está se dirigindo a mim. -digo puto pelo que ela me chamou e principalmente por estar me atrapalhando.

-Nossa Dú, você não pode está levando isso a sério. -tento entender qual parte que ela não entendeu ainda que não temos mais nada.

-Como eu já estava de saída, com licença. -Juliana diz e corre tão rápido que a perco no meio dos outros, agora eu realmente fico puto.

-Porra Melissa, eu já não te disse que não temos nada? Vê se coloca isso na sua cabeça. -esbravejo irritado com ela por ter me feito perder uma chance que nem eu mesmo sabia que queria.

-Eu não acredito que você está me trocando por aquela sem graça que estava aqui, Eduardo você não pode me dispensar e me trocar assim. -ela grita como se fosse realmente algo minha.

-Põe uma coisa na sua cabeça de uma vez por todas, NÓS NUNCA TIVEMOS NADA ALÉM DE SEXO, ENTENDEU OU QUER QUE EU DESENHE? -grito cada palavra para ver se ela realmente escuta o que tanto falo.

-Se você pensa pensa que é o fim está enganado benzinho, mas se é o que quer no momento ok. Você ainda vai me procurar Dú. -ela fala com sangue nos olhos mas pelo menos se vai.

Sigo de volta para mesa e me sento sem acreditar ainda no que aconteceu, vejo que os caras aqui já estão alterados pelo álcool e Arthur não está, quando pergunto por ele sou informado que o mesmo desceu para dançar já deve estar louco também. Abro uma cerveja e olho para todos os cantos tentando achar alguma pista de onde aquela atrevida está mas em vão, que raiva da Melissa eu estava tão perto penso comigo mesmo enquanto aperto a garrafa em minhas mãos.

Nunca me senti assimOnde histórias criam vida. Descubra agora