SHEDOWN ON
— Lúcifer, chegou a hora da sua penitência. - digo, a voz ecoando igual a de um anjo.
— O-Oquê é você? - ele indaga, os olhos arregalados como dois pires.
— Eu sou Shedown. - respondo, simples. — A mulher que vai te redimir.
— Não! - vocifera, atacando navalhas e adagas em minha direção.
— Não adianta. - digo.
Minha asa esquerda se move para frente do meu corpo e volta para trás das minhas costas, causando uma ventania, fazendo as lâminas se voltarem contra ele mesmo.
Soltando um berro de dor, as facas atravessam o mesmo, ficando cravadas bem fundas ali. Lúcifer se contorce e as tira de seu corpo bambo.
Libertando toda sua fúria, ele se transforma no demônio. A criatura mais grotesca e repugnante que eu já vira antes. Olho para sua forma que é pelo menos dez vezes mais alta que eu.
— E agora, anjinho? - ele sibila, a voz de um monstro, não de humano.
Sem nehum vestígio de medo em mim, bato as asas fortemente, ficando rapidamente cara a cara com o diabo.
Estendo os braços e jogo a cabeça para trás. Uma luz branca começa a emergir do centro do meu peito e eu a pego com as mãos. Envolvendo-a com minhas mãos, modelo ela em uma bola pequena e cintilante de luz.
Batendo as asas, chego mais perto dele. Seguro a esfera de luz e encosto-a na testa de Lúcifer. Ela afunda e brilha ainda mais. Solto-a e ela afunda por completo.
Lúcifer fica paralisado por uns segundos, esperando para ver se algo vai acontecer. Quando ele vê que não deu em nada, solta um riso debochado.
— O quê aconteceu, anjinha? - ele debocha.
— Você terá sua penitência, Lúcifer. - digo, apenas.
Ele sorri com sarcasmo, mas sua expressão fica séria subtamente.
Eu me afasto um pouco, a tempo de vê-lo cair e se contorcer no chão rochoso com uma angústia interminável. Sua forma se reduz ao mero humano que parecia ser no começo e, quando o efeito passa, Lúcifer se encontrava caído de bruços e respirando tão fundo que fazia ruídos secos.
— Lúcifer, rei do inferno - proclamo, com a voz dos anjos. — Agora tu receberás sua penitência e assim, sua dávida serás concedida. - finalizo batendo as duas mãos, fazendo bolas de energia sairem das mesmas.
Separo-as lentamente e levanto-as no ar, apontando para o céu. Limpando os pulmões, inspiro fundo e fecho meus olhos.
Estendo os braços para Lúcifer que me olha, aterrorizado e com uma nítida raiva transparecendo.
Liberando todo o meu poder de uma vez, atinjo o demônio, que berra e urra com uma dor estonteante de tão grande.
A magia o purifica por completo, suas roupas se desintegram e simples blusas e calças dobradas até os joelhos, feitas de um fino algodão branco envolvem sua pele branca tão humana.
— O quê você fez? - ele indaga, ofegando.
Lúcifer não tem mais ódio nos olhos, mas sim, angústia. Encaro bem aquelas pupilas negras e pela primeira vez, vejo que ele tem medo do que vai acontecer.
— Não precisa mais se angustiar, Lúcifer. - entoo, me aproximando.
— Se afaste. - ele diz, sem firmeza.
Me aproximo mais.
— Pare! - o mesmo tenta recuar, mas fracassa quando bate as costas na grande rocha atrás dele.
Quebrando a distância entre nós, faço a última coisa que ele iria imaginar. Não o mato. Nem o torturo. Abro os braços e abraço Lúcifer.
— Mas… - ele gagueja.
— Lúcifer - digo perto de seu ouvido. — sua penitência é ser purificado pelo resto da eternidade.
— NÃO! - ele urra, antes de ser envolvido por uma luz cintilante que nos cobre como se fosse asas de borboleta.
Passarinhos pequenos de luz emanam espessos de nossos corpos e passeiam entre nós.
— Vá. - anuncio em despedida.
Dito e feito, Lúcifer se estilhaçou em milhares de pedacinhos cintilantes que voaram até o teto, desaparecendo da minha visão.
Olho para o lado e vejo Hoseok.
— Hoseok… - começo a andar até o meu amor.
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Abnormal Love » BTS × J-Hope ×
Fanfiction"O amor entre um psicopata e uma suicida é o mais bonito, ele mataria por ela e ela morreria por ele... No início e no final, sempre será assim, porém, uma reviravolta inesperada muda tudo. Mas no fim, ela é uma suicida, e ela vai se sacrificar se p...