sangue fresco

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Elizabeth estava deitada no galho de uma árvore, com as costas apoiadas em seu tronco enquanto colhilava, não era nenhuma novidade encontrá-la dormindo em qualquer lugar confortável, a mata era grande e confortável aos seus olhos, como um presente dos deuses, que lhe ofereciam um local calmo e confortável para dormir, como a copa das árvores ou até mesmo um simples arbusto.
Ela já estava acostumada com a selvageria da mata, não tinha medo dos insetos ou até mesmo dos crocodilos que habitavam o rio, era algo completamente comum para uma garota que foi criada em uma sociedade cruel.

_ Elizabeth? _ a garota desperta de seu sono ao ouvir a voz da amiga, qual estava a olhando lá do chão _ Acorde, preguiçosa.
_ Eu tô com fome! _ a de cabelos prateados choramingou, chocando as costas com o tronco da árvore e fazendo um falso choro _ Ah, Gelda, minha sede continua!
_ Acontece que por mais que se alimente, você nunca está satisfeita! _ ela revirou os olhos, movendo a cabeça de um lado para o outro em sinal de negação _ A sua gula é um motivo de vida invejável!
_ Eu que o diga... _ suspirou, fechando os olhos em seguida, pronta para voltar a dormir
_ Não durma _ outra voz feminina urrou _ É hora de comer, se dormir de novo não vai sobrar nada!

Elizabeth abriu os belos olhos azuis, exibindo os cílios compridos, logo pulou do galho, caindo de pé em frente a loira.

_ Elaine, pensei que tinha virado vegetariana _ brincou a jovem
_ Nem brinque, não consigo controlar minha fome por carne... Aliás, Diane está reclamando desde manhã cedinho de sede, se aquela idiota acha que nós vamos caçar para ela, então é melhor que tire o cavalinho da chuva! _ a loiro socou de leve a própria palma da mão, simulando socar alguém
_ Quanta agressividade...! _ a voz irritante soou
_ Diane? _ Gelda chamou, ao perceber que não havia ninguém por ali
_ Aqui em cima _ as três ergueram as cabeças, encarando a morena que estava sentada no galho de uma árvore qualquer _ Oi meninas! _ acenou sorrindo

Logo ela pulou, caindo de pé ao lado das três.
Ambas estavam semi-nuas, não era errado, foram acostumadas a viver assim.

Elaine usava apenas um tecido branco, cobrindo-lhe os quadris e os pequenos seios, como um vestido curto.

Gelda? Ela usava apenas um tecido branco cobrindo os seios e outro cobrindo a sua intimidade, deixando as pernas, braços, costas e barriga de fora.

Diane era a mais exposta, tudo o que usava era um tecido branco amarrado a sua cintura, deixando os seios a mostra.

E Elizabeth usava o mesmo tipo de tecido branco, usando-o como uma saia longa que cobria toda as suas pernas, intimidade e traseiro, porém deixava os seios a mostra.

Mas nenhuma delas ligava, só costumavam se cobrir no inverno, mas em dias quentes, andar semi-nua era algo normal.

As quatro saíram correndo, sabiam o que tinham que fazer, era momento de caçar, quase podiam sentir o gosto da carne e o sangue escorrendo pelos seus lábios, uma sensação prazerosa para aquela raça maldita.

Eram como animais selvagens, não precisavam de sentimentos, não queriam de amizades, não pensavam em bondade, tudo o que necessitavam era se alimentar, pois sua gula era a única coisa verdadeiramente capaz de às parar.
Mas é claro, nunca estavam saciadas.

_ Ótimas notícias _ Elizabeth parou, olhando fixamente para o horizonte, sentindo o cheiro de humanidade se espalhar pelo ar _ Sangue fresco! _ arrastou a língua úmida e quente pelos lábios, lambendo-os com sensualidade enquanto imaginava os sabores do sangue gélido
_ Depravada _ Gelda riu

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