IX

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Piores do que Tatooine em desolação, Mara conhecia Jakku e Honoghr.

E misteriosamente, ela se sentia atraída por aquele lugar.

A imensidão do horizonte, algo em Coruscant com seus edifícios gigantes, que engoliam cada centímetro habitável, luzes e mais luzes, multidões e nada de calmaria, nunca existiria naquela bola de areia.

Uma necessidade importante para quem precisava meditar e buscar aprimorar a habilidade na Força: o silêncio.

Ela suspeitava se um Jedi um dia viesse a surgir daquele planeta, ele seria muito bem um adversário a ser temido.Forjado na dureza do dia a dia, e ingenuidade não corrompida dos jogos de poder, Mara Jade assistia desde pequena ocorrer, de ambos os lados da mesa de apostas.

Ele decerto seria um crente, que perseguiria seus ideais até os suplantar, sem retroceder.

Algo nunca chegaria suceder.

Os Jedi estavam acabados.

Destruídos e aniquilados.

Ela era a última sensitiva, o Imperador fornecera algum treinamento, inclusive do uso do sabre, Mara carregava.

Decididamente os Inquisidores haviam realizado trabalho eficaz, de tal forma não restara um dotado, não estivesse morto ou sob o domínio de Darth Sidious, feito ela própria.

Foi assim absorta, meio caminhando a ermo, por puro instinto, Mara colocou a mão direita sobre os olhos.

E um leve sorriso se formou em seus lábios, ela não resistiu e afastou o lenço do rosto.

Exato como teria dito Camie, lá estava ele:_Wormie..._Sussurrou num menear de pescoço, e sem qualquer motivo plausível, sentiu um estremecimento de calafrio se alojar na espinha.

Parou para observá-lo curiosa, da façanha ele exibia, que gritava estranheza no meio da areia.

Luke estava de cabeça pra baixo.

Era um imbecil.Mara reconheceu.

Ou no mínimo um pateta.

Mas um pateta habilidoso, admitiu.

_Nossa, ele é bom...

Skywalker havia bebido apenas dois copos de ale, e se sentira mais tonto do que o normal, qual se um bantha tivesse sentado em sua cabeça e depois um Tusken lhe chutado com vontade o traseiro.

A noite passada uma loucura, ele lembrou num sorriso triste com toda a adrenalina ainda correndo pelas veias.

O gosto da vitória havia numa corrida vale-tudo, batido o próprio recorde na disputa da revanche no cânion Beggar contra Deak, e de prêmio Luke ganhara a pintura da fuselagem nas cores da Rebelião, branco e vermelho-alaranjado.

Haja vista ostentar a insígnia de simpatizante era considerado ilegal, e poderia coloca-lo em maus lençóis, ainda mais quando pretendia se alistar ao Império dentro em breve, ingressar na Academia.

Porquanto era no Centro de Treinamento de caças TIE onde os pilotos recebiam o melhor treinamento da galáxia.

Okay, uma outra conclusão, com gosto amargo, o jovem tinha chegado também na mesma madrugada: Camie não precisava de sua proteção.

Nem merecia seu devotado amor.

Aliás que amor o quê?Resmungou.

Luke Skywalker não sabia o que era isso, e se fosse para sofrer igual ontem, a dor que quase o fez parar de respirar, preferia virar um monge, essa era uma boa.

STAR WARS:EPISÓDIO APÓCRIFO I-A CHAMA ESQUECIDAWhere stories live. Discover now