Capítulo 12 - Final

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P.O.V Melissa

-Vamos logo, meu amigo está me esperando. - puxo Gabriel

-Tudo okay. Vamos. - ele diz depois de checar os batimentos do meu irmão

Saímos do hospital de mãos dadas, eu estava muito feliz, finalmente poderia mostrar para o meu melhor amigo, meu namorado. Chegamos 10 minutos depois na casa de Henry, que nos recebe com um semblante um pouco raivoso mas ao mesmo tempo triste.

-Quem é ele, Mel? - ele pergunta

-Eu sou o namorado dela, me chamo Gabriel. - ele estende a mão e sorri - Prazer em conhecer o melhor amigo da minha namorada.

-Henry? Você está bem? - pergunto preocupada - Está passando mal?

-Não. - ele sorri - Tudo bem, entrem.

Nós estramos e ficamos na sala.

-Vou trazer algo para beberem. - Henry diz e vai até a cozinha

Ele demora uns 10 minutos, para voltar, e quando volta, não é com suco ou água, é com uma faca. E com as mesmas roupas do cara que esfaqueou o meu irmão e...

Não pode ser... Foi o... Henry?

-Henry, o que está acontecendo? - fico na frente de Gabriel

-Saia da frente, Mel! - ele grita - Você não pode ficar com ninguém além de mim!

-Do que ele está falando? - Gabriel pergunta sem entender

-Por que você acha que eu matei aquele cara que trabalhava com você? Por que acha que eu matei o cara que morava com você? Por que acha que eu matei seus pais? - ele continua gritando - Foi para ficar com você, Melissa, sozinho.

-Você... o quê? - tento falar mas já estava fraca demais chorando

-Saia da frente! - ele corre até mim e me empurra, tenta dar uma facada em Gabriel mas ele desvia

Eles acabam lutando e quebrando quase tudo na casa. Eu tento chamar a polícia desesperada, mas está tudo fora de área. Então eu ouço um grito... alguém tinha se machucado e eu estava morrendo de medo de saber quem tinha sido...

Gabriel, isso mesmo. Gabriel foi esfaqueado, assim como meu irmão, porém Gabriel morreu na hora, pois Henry cortou seu pescoço. Todo sujo do sangue do meu namorado, Henry caminha até mim lentamente.

-Agora sim, somos só você e eu... Mel.

-Não! - jogo uma garrafa de vidro nele e corro para o quarto em que ele nunca me deixou entrar, o tranco e fico lá tentando ligar para a polícia

-Mel! Abra a porta! - ele bate nela com toda a força - Eu te amo, Mel. Fiz tudo isso porque eu amo você!

A polícia não atende, é inútil... Mas agora sei o por quê de ele nunca ter me deixado entrar aqui, o quarto é repleto de armas por todas as paredes, desde facas mais simples até as armas mais sofisticadas.

Ele continua tentando abrir a porta e ele vai conseguir logo, então eu pego uma arma que estava alí e a escodo nas minhas costas. Quando ele abrir essa porta, eu vou atirar nele. Ele matou tudo o que eu tinha de mais precioso, ele acabou com a minha vida e eu vou acabar com a dele.

Não demora muito para ele conseguir derrubar a porta e vir caminhando até mim devagar.

-Mel, por favor, me ouça.

-Você matou todos eles, Henry! Eu odeio você! Você acabou com a minha vida! - grito e tiro a arma da minhas costas apontando para ele - E eu vou acabar com a sua.

Sem nem pensar duas vezes eu atirei em sua cabeça e ele caiu no chão, morto.

{...}

A polícia chegou uma hora depois, os vizinhos testemunharam tudo e contaram tudo. Eu não tinha forças para falar, para chorar ou para ao menos pensar. Toda a minha força, eu usei para matar aquele cara.

E aqui estou eu, sozinha, no mesmo quarto de hospital do meu irmão, esperando que ele acorde para que eu possa abraçá-lo e chorar em seu ombro. E rapidamente (um dia depois), ele faz isso.

Bom, minha vida provavelmente nunca vai ter um final feliz, mas ao menos estou livre agora, e meu irmão está comigo.

ObsessãoWhere stories live. Discover now