O Talismã

25- Desaparecido.

|||||||||||||||||||||||||||||||||||
KAHL

Eu estava triste, chorava bastante, por culpa do Aaron a Gabriela morreu. Chovia tanto mas eu só queria sair do povoado, custe o que custar.

Horas depois cheguei no povoado, na estação de ônibus e tudo estava fechado.

Busquei um lugar para ficar, a chuva foi ficando mais forte.

Fui para uma pensão, a senhora me ajudou com as roupas e tudo.

Passei a noite toda chorando e pensando. Ainda não acreditava que Aaron foi capaz de fazer isso.

No dia seguinte bem cedo, já havia parado de chover, levantei cedo e fui para estação de ônibus e as estradas estavam todas fechadas porque a chuva do outro dia inundou vários lugares.

Passei todo dia na pensão, estava triste e com os olhos roxo.

Sai para comprar algo para comer, me encontro com o Paulo no mercado.

Paulo: Kahl tudo bem?

Eu: estou ótimo.- disse passando por ele.

Paulo: espera, queria te felicitar, Aaron te pediu em casamento.

Eu: não haverá casamento nenhum.- disse furioso passando por ele.

Fui até o hospital ver a Rosângela.

Eu: porque você aceitou fazer aquilo?

Rosângela: a verdade é que eu precisava do dinheiro, eu não conhecia você, e não pensei duas vezes.

Eu: eu amava a Gabriela, eu ia fazer o pedido de casamento para dela no dia seguinte, ela era a minha vida, era tudo para mim, e vocês tiraram ela de mim.- disse gritando e chorando.

Rosângela: desculpa Kahl, eu me arrependo de tudo que fiz, eu juro que me arrependo, todos os dias desde o dia que aconteceu aquele acidente.

Eu: você viu meu sofrimento, eu passei meses me culpando da morte dela.

Rosângela: eu tentei varias vezes contar para ti, mas o Jack sempre vinha me ameaçando, por isso que não podia, eles iam me matar. Ninguém nesse povoado ouse a desafiar o patrão.

Dei uma risada forçada.

Eu: claro! Ninguém nunca desafiou o dono da TALISMÃ, como eu fui um tonto.

Rosângela: no princípio eu não entendia porque o Aaron queria separar-te da Gabriela, depois que vocês começaram a sair juntos, tudo se encaixava, Aaron queria você para ele, e a Gabriela era um obstáculo..- explicava ela chorando.

Eu: ele foi um egoísta, só pensou nos seus sentimentos, no seu desejo.

Rosângela: desculpa Kahl por favor.

Eu: preciso ir.

Sai do hospital e fui até a estação de ônibus e as vias iam ficar fechadas por dois dias, e não se sabia quando as águas iam reduzir.

Fui andando no povoado. Meu celular começa a tocar, era a Bianca. Ignorei a chamada e continuei andando.

- olá.- disse Vitorino aparecendo.

Eu: olá!.- respondi triste.

Vitorino: para quem daqui a pouco vai se casar, não apresenta um sinal de alegria.

Eu: estou triste e não haverá mais casamento.

Vitorino: aconteceu alguma coisa?