ACT.V: Falling

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ISAK E EVEN ESTÃO MAIS PRÓXIMOS DO QUE NUNCA. A cada dia que se passa, Isak fica mais confortável com Even e Even gosta ainda mais da companhia de Isak. Eles começaram a se transformar em melhores amigos, aos olhos do público, mas ninguém sabe exatamente o que se passa nos bastidores. Duas semanas já se passaram e eles continuam a ensaiar a valsa e o beijo, mesmo que não precisem mais.

"But If I know you, I know what you'll do..." eles cantam juntos enquanto valsam pelo quarto de Even. Agora, Isak o encara com olhos bem abertos e sorriso largo estampado, como se realmente estivesse olhando para um sonho.

Ao final da canção, Even virou Isak e o jogou para baixo, apoiando-o em seus braços de forma romântica. Isak tomou um susto, mas não se importou, pois confia em Even. Então ele apenas sorriu e se deixou beijar suavemente antes de ser erguido novamente. Caminharam abraçados até o batente na janela e se sentaram lá olhando para fora.

"Quem é você? Qual é o seu nome?" Even ainda seguia a personagem.

"Meu nome..." Isak encostou sua cabeça no peito de Even e logo foi abraçado por ele. "Bem, meu nome..." essa era a fala e sabia o que viria a seguir, mas queria aproveitar mais alguns segundos, longos segundos, nos braços de Even. "Oh, não!" afastou-se intensamente (e lamentando muito) após quase meio minuto. "Meu nome... não posso!"

"Mas por que?" Even puxava Isak de volta para si.

"Devo ir! Adeus!" Isak se afastou e fingiu que corria.

"Mas quando a verei outra vez?"

"Oh, nunca, nunca!" Isak parecia realmente estar nervoso, estava transformado na própria Aurora.

"Nunca?!" Even seguia Isak pela casa.

"Bem... talvez um dia".

"Quando? Amanhã?"

"Oh, não! Esta noite!"

"Mas aonde?"

"No chalé do vale!"

Even deveria deixar (ou pelo menos fingir que deixava) Isak ir embora, mas ao invés disso, ele o puxou fortemente para si, um ato que fez o coração desse último acelerar. Com um sorriso terno, ficou encarando-o e mordeu o lábio para conter o desejo de beija-lo outra vez.

"Acho que essa parte não está no script", brincou Isak. Ambos riram e deram as mãos ao retornarem para o quarto. Só que, no caminho até lá...

A porta se abriu repentinamente. No mesmo instante, Isak e Even largaram as mãos e encararam o corredor com o cenho franzido, o semblante confuso. Uma sombra se movimentou pela casa e foi tomando proporções maiores até irromper diante deles. Era o pai de Even, vestido em trajes de policial. Isak ficou tímido imediatamente.

"Filho", o rapaz cumprimentou Even com um aceno duro de cabeça e olhou analiticamente para o garoto ao seu lado.

"Pai, o que tá fazendo aqui?" Even perguntou confuso e seguiu o olhar do pai. "Oh, esse é Isak. Estamos fazendo uma peç..." ele engole em seco antes de prosseguir, "uma pesquisa juntos... para a escola".

"Hum. Tudo bem, moleque?" o pai de Even deu um forte tapa na costa de Isak para cumprimenta-lo, o que fez com que esse engolisse qualquer cumprimento que havia planejado. "Vim trazer isso pra você comer", foi passando para a cozinha com uma sacola, "não sabia que teríamos visita."

"Ah, não se preocupa c-comigo", Isak limpou a garganta após falar rispidamente. "Não vou ficar muito tempo aqui".

"Você quem sabe, moleque", o pai retirou algumas caixas de alimento da sacola e colocou na geladeira e no congelador. Ao terminar, bateu as mãos e passou pelos meninos, mas não sem antes olhar firme para seu filho e perguntar: "Qual é a nossa regra?"

An Act of Kindness (EVAK Short Fic)Onde histórias criam vida. Descubra agora